Sociedade

Terceiro governo do ano ainda não conseguiu resolver a dívida para com os trabalhadores de Monte Café

São 1cafe-1.jpg1 meses de salário que o estado são-tomense deve a cerca de 50 trabalhadores da falida empresa agrícola Monte Café. São mais de 300 milhões de dobras, que deverão ser desbloqueados para aliviar o sofrimento de chefes de família que já não têm pão para dar aos seus filhos. Os sucessivos governos de 2008, foram dando voltas e voltas aos trabalhadores, mas o terceiro executivo do ano, parece não ter margem de manobra. Segundo os trabalhadores, o Primeiro Ministro rafael Branco pediu calma.

Calma é exactamente o que os cerca de 50 trabalhadores de Monte Café, já não têm mais. Há cerca de 2 anos, que aguardam pelo pagamento de 11 meses de salário em atraso. A roça que foi o principal centro de produção de café de São Tomé e Príncipe, tendo granjeado fama a nível internacional, faliu há bastante tempo.

Com a ajuda e orientação do Banco Mundial, a extensa área de cafezal de origem são-tomense, foi eliminada no quadro de um projecto de renovação da produção avaliado em cerca de 20 milhões de dólares. Dinheiro deitado fora, uma vez que a espécie de café introduzida resultou em fracasso.

Os administradores do projecto proposto e financiado pelo Banco Mundial, investiram parte da verba na aqisição de maquinarias que não se adaptaram a área de cultivo são-tomense, compraram jeeps Pajero e quando sentiram que tudo ia descarrilar deixaram Monte Café, sem café e o país com uma dívida externa de 20 milhões de dólares.

O Téla Nón apurou que os Jeeps Pajeros e outros meios adquiridos com a verba, passaram a ser propriedade privada de determinadas pessoas bem posicionadas no aparelho central do estado.

Aliás a mesma delapidação de bens e equipamentos aconteceu noutras empresas agrícolas que estaam sob gestão de projectos internacionais , como Santa Margarida e Uba Budo. Camiões, Jeesps e até mesmo tractores, foram levados por gentes que ocupavam carfgos importantes sobretudo nos governos.

Nunca houve qualquer processo judicial contra tais delapidações, o mesmo estado que facilitou o saque das grandes roças, insiste em não pagar os salários em atraso e outras indeminizações devidos aos antigos assalariados das roças.

Chefes de família da roça Monte Café, já não sabem o que fazer. Sem salário atirados a sua sorte, com filhos que já não estudam, e nem tão pouco têm refeição diária. Porque é que o estado são-tomense, não vendeu os Jeeps Pajeros?

Pelo que o Téla Nón apurou só com a venda de um dos Jeeps, o Governo de Rafael Branco, teria pago os 11 meses de salário em atraso avaliados em 300 milhões de dobras.

Tais Jeeps e outros equipamentos saquedaos de Monte Café, estarão em mãos muito poderosas, disse ao Téla Nón, um dos trabalhadores de Monte Café.

Segundo a comissão dos trabalhadores para já o primeiro ministro, Rafael Branco, pediu calma e garantiu que o processo caminha a bom ritmo.

Note-se que por outro lado o sindicato dos trabalhadores agrícolas tem uma longa lista de membros seus, que deverão ser indeminizados pelo estado são-tomense, após a liquidação das empresas agrícolas.

Abel Veiga

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