Sociedade

“Cauíque está doido”

Assim re  sao-tome.jpgage o Director da Polícia de Investigação Criminal (PIC), em relação a denúncia de Aurélio Silva, mais conhecido em São Tomé por Cauíque. Aurélio Silva que é secretário-geral do sindicato da função pública, disse ao Téla Nón que foi detido ilegalmente pela PIC, assim como outros 4 colegas seus. O líder sindical, acusou também o Presidente da República de ter sido o mandante da detenção, por alegado conluio para realização de um golpe de estado. A direcção da PIC, considera tudo como maluquice de Cauíque, e apresentou para o Téla Nón outras versões dos factos.

Segundo o director da PIC, Lázaro Afonso, desde Outubro do ano passado que a polícia tem acompanhado as movimentações do líder do sindicato da função pública, e do grupo de choque por ele criado, alegadamente para fomentar acções de protestos. No entanto explicou Lázaro Afonso, recentemente três membros do tal grupo que trabalha com o líder sindical, apresentou uma queixa na PIC contra Aurélio Silva.

Queixa fundamentada com um documento que foi mostrado ao Téla Nón, onde Aurélio Silva, planeia uma alegada operação de desobediência civil em todo o território nacional. O plano operativo que deveria envolver todos os trabalhadores das antigas empresas do estado, os chamados licenciados, colocava a população nas ruas de todos os distritos do país, e a seguir aconteceria uma aglomeração diante do palácio do povo a exigir a queda do Presidente da República.

O documento apresenta também o orçamento da operação por cada distrito. Os activistas que teriam a missão de movimentar a população para a alegada revolta, receberiam valores que ultrapassam os 2000 dólares.

Segundo o Director da PIC, diante dos factos a instituição decidiu intimar o secretário-geral do sindicato da função pública, para junto aos seus colegas já detidos pela polícia por um período de 24 horas, fornecer mais esclarecimentos a volta do assunto.

Lázaro Afonso, acrescentou que após algumas horas de interrogatório e confrontação dos elementos com os factos produzidos no documento da queixa, houve um entendimento com o líder sindical que logo a seguir regressou para a sua casa. O Director da PIC, garante que em nenhum momento Aurélio Silva esteve detido. Aliás segundo o Director da PIC, o próprio líder sindical fez saber que a questão estava resolvida e que não teria necessidade de manter-se o clima de tensão entre ele e os membros da sua equipa.

A PIC, manifesta-se surpreendida com as declarações de Aurélio Silva, segundo as quais tinha sido detido a mando do Presidente da República. Lázaro Afonso esclareceu que nem mesmo o ministro de tutela sabia do caso, porque a instituição não é obrigada a dar explicações sobre as investigações ao governo. Em termos criminais a PIC obedece a Procuradoria-geral da República e não ao governo que tem apenas responsabilidades administrativas sobre a instituição, precisou.

Por tudo isso, Lázaro Afonso chega a conclusão que o líder do sindicato da função pública, está doido.

Abel Veiga

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