Sociedade

STP tem clima propício para a instalação de mini-hídricas

A constacascata.jpgtação é do professor Frederico Mauad, da Universidade de S. Carlos, que ministrou esta semana um curso de dois dias sobre a possibilidade de instalação de mini-hídricas no arquipélago. Este professor brasileiro considera as mini-hídricas como alternativa para minimizar o problema energético no país.

Na opinião deste professor universitário uma das vantagens de STP é que apresenta caudais resultantes de um período prolongado de nove meses de chuva. Além disso possui desníveis consideráveis onde facilmente se pode instalar uma sequência em cascata de mini-hídricas no país. “As mini-hídricas não competem com as térmicas, mas elas vêm a somar já que a água e as quedas são santomenses, ao passo que as termoeléctricas necessitam de importação do petróleo que acarreta em divisas para o país”, explicou o professor.

Para Mauad trata-se de um projecto que pode ser viável de duas maneiras: “ ou através de uma iniciativa governamental, ou através de outra iniciativa governamental aonde se estabeleçam leis para que produtores independentes não sejam pessoas físicas ou jurídicas e venham a ter a garantia de compra da energia pelo estado e não pelo governo, fazendo com que tenham segurança para investir capital já que o retorno se dá em curto espaço de tempo. Retorno de um ano e meio, a mini-hídrica ela já está paga, sendo que a estimativa de vida útil em mini-hídricas no caso de Brasil é de cem anos”explicou Mauad..

Frederico Mauad acha que o projecto tem pernas para andar, mas para tal há a necessidade de se rever o sistema de transmissão que está um pouco desfasado em relação a outros sistemas de distribuição. No caso das comunidades isoladas, onde a linha de transmissão não chegue, a possibilidade é que a mini-hídrica abasteça aquela localidade de forma isolada, sem depender da rede.

Em comunidades afastadas onde exista rede, a possibilidade de mini-hídrica é que a energia vá até lá possibilitando inclusive a exportação desta energia para os grandes centros. Lembra o professor que a matriz energética de um país determina a instalação de indústrias, a melhoria do turismo, educação, ou seja, em todas as áreas sem energia não há desenvolvimento.

O professor está em S.Tomé com a intenção de ajudar tanto o governo como os empresários são-tomenses através de experiências vividas durante longos anos de estudo no Brasil.

Embora ser curta a duração da formação o professor considera que serve para despertar a consciência para a aplicação de alternativa renovável.

Fernando Ramos

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