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Administração da empresa Terminal Link aprovou projecto final para construção do maior e mais moderno porto em águas profundas da África Ocidental

Vai ser conporto.jpgstruído na zona de Fernão Dias, nordeste da ilha de São Tomé. Segundo Olivier Tretout director geral do grupo empresarial francês CMA CGM proprietária da terminal link, as obras iniciam-se o mais tardar em Setembro de 2010. Os primeiros navios deverão atracar no terminal de contentores de Fernão Dias, no fim de 2012 ou no início de 2013. A infra-estrutura vai oferecer aos são-tomenses 1300 empregos directos, num projecto que de acordo ao grupo empresarial francês, vai transformar São Tomé e Príncipe no principal centro de prestação de serviço aduaneiro no golfo da Guiné.

A paisagem histórica de Fernão Dias, onde centenas de pessoas perderam a vida durante o massacre de 1953, vai mudar de rosto dentro de 1 ano. Após a execução de vários estudos no terreno, nomeadamente a nível náutico, avaliação do vento e da correnteza  do mar, bem como, a viabilidade de manobras dos barcos na zona, e a investigação sobre a natureza da rocha subaquática, a administração da empresa terminal link, aprovou o projecto final para construção do porto em águas profundas na zona de Fernão Dias.

A sociedade Terminal Link – STP, criada após a assinatura do acordo de concessão com o estado são-tomense em 1 de Agosto de 2008, pela voz de Oliver Tretout, anunciou em conferência de imprensa que a obra vai avançar e que será o maior e o mais moderno porto de águas profundas da zona ocidental de África.

Do Senegal até o cabo da boa esperança, não existe nenhuma infra-estrutura portuária com a capacidade que terá o futuro porto de Fernão Dias, garantiu o director geral da Terminal Link. «Não existe na região porto comparável. Será de longe o melhor porto de toda a região, com um standard internacional mais elevado. Os portos existentes actualmente no golfo da Guiné só podem receber navios de tamanho médio. É preciso criar portos de transbordo que possam acolher grandes navios, que deixam os contentores no terminal, e depois transferi-los para os pequenos navios que seguirão para todos os portos distribuindo os contentores», referiu Olivier Tretout.

Com quase 1035 metros de comprimento e cerca de 470 de largura em terra, o terminal de contentores vai ocupar a mesma dimensão no mar, ou seja vai estender-se sobre o mar de Fernão Dias em mais de 1 quilómetro. A profundidade do terminal de contentores será superior a 16 metros.

Uma placa de prestação de serviço aduaneiro no golfo da Guiné, que vai permitir a São Tomé e Príncipe, recuperar a sua categoria de entreposto comercial, como no inicio da colonização. «O volume, a quantidade de contentores que passará por este terminal, não terá nada a ver com as necessidades de São Tomé. Talvez 2 ou 3%, de carga que passará por este terminal terá a ver com a importação ou exportação de São Tomé. No entanto o país vai ter uma posição importante em termos de serviço logístico, isto é, vai ser o entreposto de produtos, um elo atractivo para as empresas que fazem a importação e exportação em toda a região», precisou o director geral da Terminal Link.

Segundo a Terminal Link, para garantir a funcionalidade do terminal de contentores, será necessária muita mão de obra, para manutenção do sistema, bem como para trabalhos administrativos e de gestão. No total 1300 empregos directos estarão disponíveis para os são-tomenses.

Olivier Tretout, disse ainda que não é fácil precisar o número de empregos indirectos. Mas serão milhares, tendo em conta as actividades de apoio logístico que serão necessárias durante as operações do porto.

Com capacidade para receber 1, 9 milhões de contentores de 20 pés, o futuro porto de águas profundas de Fernão Dias, estará operacional o mais tardar no início de 2013, e os trabalhos de construção iniciam-se em Setembro de 2010. O Director Geral Adjunto da empresa francesa, acrescentou que já foi aberto o concurso público internacional para recrutamento da empresa que deverá construir o porto.

Uma obra avaliada em 580 milhões de dólares norte americanos, a maior de sempre em São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

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