Uma comissão clínica do ministério da saúde reuniu-se de urgência terça-feira, para definir acções para evitar que a gripe suína que já matou dezenas de pessoas no México, entre no território nacional. Segundo Eduardo Neto, director dos cuidados de saúde, vai haver máximo controlo no aeroporto internacional. A comissão clínica propôs que o governo importasse rapidamente medicamentos que combatem as infecções gripais, mais violentas.
Com o surto de gripe suína a ameaçar o mundo, a comissão clínica do ministério da saúde, anuncia que o país não tem medicamentos para lidar com a infecção gripal que no México já matou mais de uma centena de pessoas. «Nesse momento não temos medicamentos. Por isso temos que reforçar o stock de medicamentos para esta gripe, e também refrescar o conhecimento dos técnicos de saúde sobre esta gripe», declarou o director dos cuidados de saúde.
Eduardo Neto, acrescentou que por se tratar de medicamentos que praticamente não se utiliza no país, não houve necessidade de se constituir stock. «São anti-retrovirais caros. Há o taniflu, que é um dos medicamentos que se utiliza para essas situações, mas que não temos stock no país. É uma questão que o governo vai resolver adquirindo esses medicamentos. Quem fala de tamofil, fala também de outros antibióticos que são necessários», frisou.
Medidas preventivas vão ser adoptadas sobretudo no aeroporto internacional. Os visitantes vão ser rastreados, e os casos suspeitos serão conduzidos ao hospital Ayres de Menezes. «Podem aparecer turistas ou viajantes oriundos de países onde existem casos. Temos que intervir de forma a identificar pessoas que possam ter algum sintoma parecido com a gripe suína. Criamos também as condições no sentido de fazermos folhetos informativos, e vamos realizar inquéritos», reforçou Eduardo Neto.
Em termos de diagnóstico laboratorial da doença, o médico reconhece que o país não tem competências. Por isso vai recorrer ao laboratório de regional de referência, localizado na capital dos Camarões Yaoundé. «Há competências para fazer o diagnóstico clínico, o mais difícil para nós é o diagnóstico laboral. Nesse momento temos que recorrer ao nosso laboratório da sub-região em Yaoundé. Nesse caso a OMS está a nos apoiar no sentido de colher as amostras dos casos suspeitos e enviar para o nosso laboratório de referência», conclui.
São Tomé e Príncipe previne-se contra a gripe que está a ameaçar o mundo inteiro.
Abel Veiga