Num aeroporto que há vários anos não recebe voos nocturnos, porque a pista não tem iluminação, a questão de segurança preocupa a administração da ENASA, ainda mais quando está para breve, a auditoria da Organização Internacional da Aviação Civil. «Até agora é impossível fazer-se voos nocturnos para São Tomé e Príncipe», diz o Presidente do Conselho de Administração da ENASA. O mesmo aeroporto, continua a ser invadido por animais porque as obras de vedação iniciadas em 2008 pararam por falta de verba.
A unidade de engenharia das forças armadas, assumiu a missão de vedar o aeroporto internacional. As obras que se iniciaram nos primeiros meses de 2008, não chegaram ao fim, porque a verba que foi orçamentada esgotou antes da conclusão dos trabalhos.
A administração da ENASA que explicou as razões do atraso, disse que os trabalhos de vedação reiniciaram recentemente e espera para breve a sua conclusão. Enquanto isso, cabras, porcos e outros animais continuam a invadir o espaço aeroportuário. A solução segundo Aristides Barros tem sido o abate dos animais que vêm pastar no aeroporto.
No esforço para melhorar a segurança, a administração da ENASA, formou novos agentes e conta também como o apoio do destacamento policial e militares do exército.
Com a auditoria internacional a porta, a ENASA, já começou a limpar a casa. A antiga torre de controlo aéreo que simbolizava o primeiro marco aeroportuário no país, já foi demolida. A força de explosivos a engenharia das forças deitou o edifício abaixo.
Segundo Aristides Barros, a antiga torre representava um grande obstáculo para a navegação aérea. Os controladores aéreos posicionados na nova torre não conseguiam ver a totalidade da pista, não sabendo por isso o que poderia acontecer a uma aeronave que deslizava exactamente naquela zona da pista.
Com 2 milhões de dólares cedidos por Taiwan, a ENASA, está a conseguir realizar outras acções que vão dar mais segurança ao tráfego aéreo no aeroporto internacional. Para além da reabilitação da pista de 2200 metros, o dinheiro vai permitir a aquisição de lâmpadas para iluminar a pista que há vários anos deixou de receber aviões durante a noite. «Neste momento em São Tomé e Príncipe, não é possível que o avião aterre ou descole a noite», pontuou.
Declaração do Presidente do Conselho de Administração da EMAE, a comprovar o atraso e a degradação de um sector que a classe política sempre anunciou como sendo estratégico para o desenvolvimento do país.
Abel Veiga