Sociedade

Motim na Cadeia Central

Os cerca de 70 reclusos que beneficiaram da medida de clemência do Presidente da República, estão amotinados. A situação é tensa no único estabelecimento prisional do país. Desde 6 de Janeiro que o Presidente da Repúblico publicou o decreto que comuta e indulta na totalidade as penas dos reclusos, que não estiveram envolvidos em crimes de sangue. A demora das autoridades judiciais em emitir o mandado de soltura, é a causa da revolta.

O decreto do Presidente da República comutou e indultou na totalidade as penas de prisão que foram aplicadas contra os cerca de 70 reclusos, quase metade da população prisional do país. O decreto presidencial exigia que a medida de clemência foi aplicada, assim que o mesmo fosse divulgado pela comunicação social.

Já passaram 8 dias, e os cerca de 70 reclusos beneficiários da medida de clemência ainda continuam atrás das grades. Fonte dos serviços prisionais que pediu anonimato, disse ao Téla Nón que os reclusos «não aceitam entrar nas casernas, tiraram os colchões das casernas e puseram na rua», precisou a fonte.

No local, o Téla Nón tentou entrevistar o director da Cadeia mas este, recusou, dizendo que «só a ministra da justiça pode falar sobre este assunto», disse ao Téla Nón um dos guardas prisionais que transmitiu o recado do Director da Cadeia Central.

No entanto para além do desacato as ordens da direcção da cadeia central, os reclusos amotinados, entraram em greve de fome.

Ainda no portão da cadeia central o Téla Nón testemunhou a saída de 5 reclusos cujos processos foram despachados pelo Ministério Público. 

A fonte prisional explicou ao Jornal, que as ordens de soltura estão a chegar a conta gotas. «Não sabemos como é que vai ser esta noite com esta gente tão revoltada lá dentro», desabafou a fonte.

A medida de clemência do Presidente da República, põe em liberdade quase metade da população prisional do país.

 Abel Veiga

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