O tremor de terra sem precedentes que arrasou o Haiti, tendo provocado milhares de mortos, chocou São Tomé e Príncipe. Arquipélago de 150 mil habitantes, número inferior ao número de vítimas mortais do terramoto haitiano. As igrejas católica, evangelista e adventista do país, reuniram-se na última semana num culto de oração pelo Haiti. Sara Graf cidadã americana de origem Haitiana, foi um dos impulsionadores do acto de solidariedade que contou com a presença do Chefe de Estado Fradique de Menezes. A cruz vermelha são-tomense tem aberta uma conta bancária a favor de Haiti.
A conta bancária da Cruz Vermelha de São Tomé e Príncipe, a favor do povo haitiano, tem o número 2872729/101/102/103. A conta em dobras, euro, e dólares, é uma oportunidade que todos os são-tomenses têm para ajudar Haiti. Segundo a Cruz Vermelha de São Tomé e Príncipe o montante arrecadado até 31 de Janeiro, será enviado para a Cruz Vermelha do Haiti.
O Presidente da República Fradique de Menezes, já anunciou a sua colaboração. «Fiquei muito satisfeito em saber que Cruz Vermelha criou conta bancária para que cada um de nós possamos contribuir, eu pessoalmente contribuirei», assegurou o Presidente da República.
No entanto desde que o terramoto devastou o Haiti, só na última semana, São Tomé e Príncipe organizou um evento público de solidariedade para com as vítimas. Orações e súplicas a deus, marcaram a concentração dos são-tomenses no palácio dos congressos. As igrejas católica, evangelista e adventista, se uniram no acto solidário para com o povo haitiano. Sara Graff, cidadã norte americana de origem haitiana que trabalha há alguns anos em São Tomé e Príncipe, foi um dos promotores da iniciativa de solidariedade. «Estou bastante comovida com o apoio que me deu o povo de São Tomé e Príncipe. É muita dor e pesar pelo que aconteceu com o povo Haitiano», afirmou Sara Graff.
Face a dimensão do terramoto o Presidente da República ficou sem palavras. «Não há palavras que podem qualificar o que aconteceu», declarou o Chefe de Estado, para depois explicar porque é que não tomou qualquer iniciativa no sentido de envolver o estado numa campanha de solidariedade para com o Haiti. «Acontece que no que diz respeito a mim enquanto Chefe de Estado pensei em fazer algo, em promover uma onda de solidariedade no país. Mas todos compreenderão que a situação em que nos encontramos, muito próximo das eleições, e a troca de palavras entre nós, um gesto deste do Presidente da República em promover um acto de solidariedade poderia ser interpretado com um acto de promoção política», sublinhou.
Abel Veiga