Sociedade

MLSTP/PSD dá alegria aos habitantes de Vista Alegre

vista-alegre-5.jpgLocalizada numa elevação no centro da ilha de São Tomé, a roça com mais de 100 habitantes, oferece aos seus habitantes e aos visitantes uma vista maravilhosa de grande parte da ilha de São Tomé, por isso o nome Vista Alegre. Há bastante tempo que a roça passou a ter vista moribunda, o nível de degradação das infra-estruturas, dá a sensação de um lugar que teria siso alvo de um bombardeamento. Para além das residências dos trabalhadores a roça tem um edifício de grande valor histórico e arquitectónico, também em degradação. Na última semana o partido do Primeiro Ministro, Rafael Branco MLSTP/PSD decidiu repor alegria no rosto dos habitantes da Roça Vista Alegre.

O sorriso regressou ao rosto dos habitantes da Roça Vista Alegre, graças a intervenção do partido MLSTP/PSD. Numa altura de pré – campanha para as eleições legislativas, o partido no poder, fez obras em Vista Alegre. Construiu 8 casas para os moradores que tinham como lar, casas em ruínas, ameaçando a vida de várias famílias.

Uma acção de pré – campanha mas de grande impacto social, na vida da população carente, e por isso mesmo merecedora de destaque. As 8 famílias que viviam em casas coloniais arruinadas, com paredes a cair e tecto praticamente aberto permitindo a entrada da chuva, têm agora novas residências construídas de madeira. Cada residência tem 2 quartos e uma sala comum. Os moradores têm a oportunidade de alargar os compartimentos.

Antigos assalariados da empresa Santa Margarida, antiga sede da roça Vista Alegre, os habitantes saíram assim dos escombros das antigas casas e pelas mãos do MLSTP/PSD encontram um novo tecto de zinco.

vista-alegre-4.jpgAlegria contagiante em Vista Alegre, Roça que conserva também em avançado estado de degradação uma imponente mansão que no passado era considerada como um palácio dos colonizadores portugueses (residência na foto).  É sem dúvida uma das mais luxuosas residências coloniais. Oferece uma vista paradisíaca de grande parte de São Tomé.

Ainda nos primeiros anos da independência, a casa de Patrão de Vista Alegre, funcionava como uma pousada. Dava conforto as delegações estrangeiras que visitavam São Tomé. A chamada nova República, nascida em 1991 (mudança do regime mono partidário para o pluripartidário), tirou vida ao Palácio de Vista Alegre. Os recheios foram saqueados, e lentamente a degradação foi tomando conta do luxuoso edifício, enquanto as autoridades do país falavam e falam persistentemente no desenvolvimento do turismo ecológico, ou turismo rural.

Vista Alegre pela sua posição geográfica na ilha de São Tomé, e pelas infra-estruturas que tem, só poderia ser um excelente ponto para o desenvolvimento do turismo rural. A antiga residência do patrão e uma outra construída mesmo ao lado do vista-alegre-3.jpgquintal da roça, na década de 90 quando uma empresa francesa explorava cacau em Santa Margarida, são duas unidades que poderiam se transformar numa pousada de referência, coberta de paisagem verde, alimentada por ar puro da montanha, lugar onde os visitantes poderiam ter muitos atractivos. Conhecer o cacau e a forma como ele é produzido, ou então passear pela floresta, bem como outras aldeias agrícolas da zona.

Poderia ser assim, dizem os habitantes, que em consequência da actividade turística, poderiam aumentar o rendimento familiar. Mas na prática o que aconteceu e continua a acontecer é a degradação de tudo. «Ninguém move uma palha para travar a degradação destas casas de valor arquitectónico e histórico», referiu para o Téla Nón um dos habitantes de Vista Alegre.

O retrato do potencial para o desenvolvimento do turismo rural, que é feito de Vista Alegre é o mesmo que se pode fazer de outra comunidade vizinha, trata-se de Gratidão. Outro lugar para nascer pousadas, no entanto transformado em ruínas e matagal.

vista-alegre.jpgTalvez por causa do subaproveitamento do enorme potencial que o país tem, mais ainda, por causa do abandono das infra-estruturas, ou da apropriação delas por parte de muita gente que depois não faz nada, assistindo a sua degradação, é que o Téla Nón tem registado tantas interrogações de são-tomenses e estrangeiros. «Mas o que é que essa gente quer fazer com esse país?».

Abel Veiga

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