A gestão financeira danosa que ocorreu na empresa de água e electricidade (EMAE), de 2005 a 2007 e do período que vai de Janeiro a Março de 2008, está a ser tratada pelo Tribunal de Contas em sessão de julgamento. Segundo o Juiz José António Monte Cristo neste período a empresa conheceu prejuízos sucessivos na ordem de 80 mil milhões de dobras (1 euro equivale a 24.500 dobras).
Os antigos directores gerais da empresa nomeadamente Júlio Silva e Higino Will são demandados no processo que visa apurar a responsabilidade financeira na gestão danosa que marcou a administração da EMAE de 2005 até Março de 2008. Sérgio Carvalho que desempenha as funções de director administrativo e financeiro e André Bragança Gomes antigo director administrativo e financeiro são outros demandados no processo.
Os três estiveram presentes na primeira sessão de julgamento esta terça – feira. Ouviram o juiz António Monte Cristo, anunciar as irregularidades financeiras que foram praticadas. Segundo o Juiz neste período a EMAE adquiriu sem concurso público e por mais de 100 mil euros, um software «a firma RC SOFT. Estamos perante um facto que constitui irregularidade financeira», afirmou o Juiz para depois avançar outras irregularidades, nomeadamente a realização de obras de grande vulto como a reabilitação do hall de entrada da direcção comercial e administrativa da empresa, sem a realização de concurso público no valor superior a 600 milhões de dobras, mais de 24 mil euros.
Acções contrárias a lei que exige a realização de concurso público, na realização de obras ou aquisição de bens e serviços que envolvem tais valores.
Tanto dinheiro foi gasto numa empresa que de acordo a inspecção feita o Tribunal de Contas, chegou a conclusão que a EMAE «encontrava-se em situação de falência técnica como resultado da má gestão financeira».
Por isso o Tribunal de contas obriga os demandados a reposição do valor mal gerido, ou delapidado. A sentença deverá ser conhecida no dia 6 de Abril próximo.
Abel Veiga
.
JOY SEABRA
5 de Novembro de 2010 at 10:20
Isto é um abuso publico perante a populacão sofrida pelos males desses antigos directores da pior empresa do nosso país.
A sentença de pagamento de 3 mil euros,até eu que sou um simples estudante em portugal pagaria esta merda…desculpa a expressão