Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
Vice-secretário-geral das Nações Unidas afirmou que é necessária uma “hidro diplomacia” para lidar com os problemas do setor; Jan Elliasson disse que 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico.
Jan Eliasson em discurso no debate de alto nível. Foto: ONU/Mark Garten
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU alertou que 783 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e quase 2,5 bilhões não têm acesso a saneamento básico.
Para combater o problema, o vice-secretário-geral das Nações Unidas, Jan Eliasson, falou sobre a necessidade da implementação de uma “hidro diplomacia”.
“Água para Vida”
Na abertura do debate de alto nível “Água para Vida” promovido pela Assembleia Geral da ONU, esta segunda-feira, Eliasson disse que “historicamente, o compartilhamento de recursos hídricos tem unido os países e que a comunidade internacional deve continuar neste caminho”.
A reunião tem como objetivo avaliar os progressos alcançados no setor entre 2005-2015, nomeada como década de ação em prol da água.
Segundo a ONU, nos últimos 10 anos, foram registrados avanços significativos na promoção do acesso à água e ao saneamento, além da cooperação sobre questões relacionadas ao bem natural.
O vice-chefe das Nações Unidas disse que “em vez de se ver o compartilhamento da água como um problema, o mundo deve tratar isso como uma solução potencial com a ajuda de uma nova e dinâmica hidro diplomacia”.
Eliasson disse que “a comunidade internacional deve desenvolver estratégias que façam da água uma fonte de razão para cooperação e não para conflito”.
Desafios
O presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, também mencionou os progressos alcançados em relação ao acesso à água e ao saneamento nos últimos 10 anos.
Apesar disso, o presidente do órgão disse que o mundo ainda enfrenta vários desafios relacionados à água.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, as recentes crises que envolvem o bem natural são vistas como um dos maiores riscos globais.