Financiamento do Fundo Global pretende reduzir as mortes e novas infeções do vírus da sida em 40% até 2020; os casos de tuberculose devem ser reduzidos para metade; intituição é parceira das Nações Unidas.
Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque
O Fundo Global de combate ao HIV, à tuberculose e à malária associou-se ao Estado moçambicano e organizações cívis para lançar seis novas iniciativas contra as três doenças que mais matam no país.
O investimento de US$ 515 milhões pretende reduzir as taxas de infeção e morte por malária em 40% até 2022; por HIV em 40%, até 2020, e cortar para metade o número de mortes e infeções por tuberculose no mesmo período.
Parceria público-privada
Os projetos começam a ser implementados de imediato pelo Ministério da Saúde de Moçambique e seis organizações não-governamentais do país.
Segundo o Fundo, as parcerias internacionais foram responsáveis pelo aumento de pessoas em tratamento antirretroviral para o HIV no país. Em 2013, este tratamento chegava a apenas 300 mil pessoas e no ano passado chegou a mais de 1 milhão.
Este financiamento também foi responsável pela distribuição de 16 milhões de redes de mosquito nos dois anos anteriores e pelo tratamento de 73 mil pessoas com tuberculose em 2016.
Progresso
A ministra da Saúde do país, Nazira Abdula, disse que desde 2002, p apoio do Fundo Global “tem sido fundamental na luta contra o HIV, tuberculose e malária em Moçambique” e prometeu “gerir estes fundos de forma eficiente para a população.”
O líder do fundo para África, Linden Morrison, disse que é possivel acabar com estas três epidemias em Moçambique ate 2030.
Em 2016, 1,8 milhões de pessoas viviam com HIV em Moçambique. No mesmo, perto de 2 mil pessoas morrrem devido a malária e cerca de 30 mil com tuberculose, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde.
O Fundo Global foi fundado em 2002, com financiamento privado, e tem o estatuto de observador nas Nações Unidas.
O fundo atribui US$ 4 mil milhões todos os anos a organizacoes locais, com o objetivo de acabar com o HIV, tuberculose e malária no mundo.
Pedro Thomas
15 de Dezembro de 2018 at 11:43
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