Sociedade

ONU: “nenhuma mulher deve morrer por ser mulher” 

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Feminicídio mata 12 mulheres por dia na América Latina; região tem 14 dos 25 países com os mais altos índices assassinatos de mulheres no mundo; 98% dos homicídios relacionados ao gênero não chegam à justiça.

Em 2016, mais de 4 mil mulheres foram mortas na Argentina, em El Salvador, na Guatemala, em Honduras e no México.

Nesta quarta-feira, o feminicídio na América Latina foi tema de um encontro de alto nível na Assembleia Geral. O evento organizado pelas Nações Unidas e pela União Europeia marcou o lançamento da iniciativa Spotlight nestes cinco países.

Spotlight

De acordo com a ONU, 12 mulheres na América Latina são mortas diariamente por serem mulheres. A região tem 14 dos 25 países com os mais altos índices de crimes relacionados a questões de gênero no mundo.

A inciativa Spotlight, que iniciou há um ano, faz parte de uma parceria entre as Nações Unidas e a União Europeia, para eliminar todas as formas de violência a mulheres e meninas.

Investimento

Um investimento de €50 milhões foi anunciado no encontro para acabar com o feminicídio na região. A reunião teve a participação de líderes mundiais, dos chefes de Estado dos cinco países que serão beneficiados e de ativistas da sociedade civil.

O feminicídio na América Latina foi tema de um encontro de alto nível na Assembleia Geral, by ONU Mulheres/Dzilam Mendez

A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, disse que a “iniciativa é uma resposta ousada e abrangente para as tragédias” que acontecem em todo o mundo todos os dias. Para Amina Mohammed, “nenhuma mulher deveria morrer porque é mulher.”

Compromisso

Amina Mohammed acredita que a iniciativa reafirma o compromisso de eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas até o ano de 2030. A vice-secretária acrescentou que os cinco países que serão beneficiados com a verba mostraram coragem política para acabar com o feminicídio.

O dinheiro será usado para abordar lacunas legislativas e políticas, fortalecer instituições que lidam com o feminicídio, fornecer serviços de qualidade para as sobreviventes, indenização para as vítimas de violência e suas famílias e capacitação dos movimentos de mulheres desses países.

 

Irinea Buendía luta há oito anos por justiça para a filha que foi assassinada, by Foto/Gustavo Martínez Contreras

Violência

A vice-chefe da ONU disse ainda que “quando uma mulher ou menina morre por causa de seu gênero, isso reflete as normas sociais e atitudes que têm raízes na desigualdade e nos desequilíbrios de poder entre homens e mulheres.”

Para a respresentante, é preciso acabar com a impunidade dos agressores e garantir que nenhuma mulher ou menina tenham que sofrer “violência em casa, de um parceiro ou em qualquer espaço público, incluindo de gangues, traficantes ou outros”.

FEMINICÍDIO|VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES|INCIATIVA SPOTLIGHT|AG73

 

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