Sociedade

Unicef: “mundo falhou em proteger as crianças em 2018”

Parceria – Téla Nón / Rádio ONU

Agência destaca abusos ocorridos em vários conflitos, incluindo a pobreza extrema; comunicado ressalta que atrocidades acontecem de forma quase impune e situação está piorando.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alerta que o futuro das crianças está em risco em nações onde ocorrem conflitos devido às violações cometidas pelas partes envolvidas nos confrontos.

Em comunicado emitido esta sexta-feira em Nova Iorque, o diretor de Programas de Emergência do Unicef, Manuel Fontaine, aponta que líderes mundiais falharam em  responsabilizar os autores dessas violações.

Unicef alerta que crianças que vivem em zonas de conflito em todo o mundo continuam sofrendo com a pobreza extrema. Foto: Unicef/ Aaref Watad

Zonas de Conflito

Para o representante do Unicef, as crianças que vivem em zonas de conflito em todo o mundo continuam sofrendo com a pobreza extrema.

Fontaine destacou que por muito tempo, as partes envolvidas em confrontos têm cometido atrocidades com quase total impunidade, uma situação que “está piorando”.

O responsável disse que “muito mais pode e deve ser feito para proteger e ajudar” crianças que vivem em países em guerra, que “estão sendo atacadas diretamente, usadas como escudos humanos, mortas, mutiladas ou recrutadas para combater”.

Síria

Fontaine mencionou crimes como estupro, casamento forçado e sequestros que se tornaram um padrão de táticas nos conflitos como na Síria, no Iêmen, na República Democrática do Congo, na Nigéria, no Sudão do Sul e no Mianmar em 2018.

Ele também cita o Afeganistão, onde “a violência e o derramamento de sangue ocorrem diariamente”. No país, mais de 5 mil crianças morreram somente no primeiro semestre do ano.

Acnur/Hélène Caux

Refugiados nigerianos fogem da violências causada pelo Boko Haram.

Nigéria

A nota destaca ainda o conflito no nordeste da Nigéria com grupos armados, incluindo facções do grupo terrorista  Boko Haram, que usam meninas como alvo. Elas são estupradas, forçadas a se tornarem esposas de combatentes ou usadas como “bomba humana”.

Nos Camarões aconteceu uma escalada do conflito nas regiões do noroeste e sudoeste. Nesses locais, “escolas, alunos e professores  são frequentemente atacados”.

Na República Centro-Africana o conflito piorou e duas em cada três crianças  precisam de assistência humanitária.

Iêmen: dois terços da população enfrenta insegurança alimentar. Foto: PMA/ Marco Frattini

Escolas

O representante do Unicef pediu aos países que cumpram suas obrigações sob a lei internacional “e parem imediatamente com as violações contra crianças e ataques contra infraestruturas civis, incluindo escolas, hospitais e fontes de água”.

Fontaine disse que “muito mais precisa ser feito para prevenir as guerras e acabar com os vários conflitos armados que arrasam a vida das crianças de forma desastrosa”. Ele declarou que “ataques contra crianças nunca devem ser admitidos”.

O diretor apela que as partes nos confrontos sejam obrigadas a cumprir a obrigação de proteger as crianças, caso contrário “elas, suas famílias e comunidades continuarão sofrendo consequências, agora e por muitos anos.”

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