Alertas foram lançados para as próximas 72 horas devido ao risco de cheias nos rios Búzi, Púngoe e Save; segundo a agência, “o rio Búzi já transbordou as margens matando centenas.”
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, disse esta terça-feira que a situação em Moçambique é “uma grande emergência humanitária que aumenta a cada hora que passa.”
Segundo as estimativas do governo, 600 mil pessoas foram afetadas pelas cheias depois do ciclone Idai nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia, Inhambane e Tete. Esta terça-feira, as autoridades moçambicanas decretaram emergência nacional e luto oficial de três dias.
Chuvas fortes estão previstas para as províncias de Sofala e Manica para esta terça, quarta e quinta-feira. Também foram lançados alertas para as próximas 72 horas devido ao risco de cheias nos rios Búzi, Pungoé e Save, que “podem provocar mais destruição e potencial perda de vidas.”
Segundo a agência, “o rio Búzi já transbordou as margens matando centenas.”
Uma avaliação aérea do Vale do Búzi “mostrou aldeias inteiras destruídas.” Estima-se que mais de 500 mil pessoas vivam nesta bacia nas províncias de Sofala e Manica. Operações de resgate para comunidades isoladas são a principal prioridade do governo.
Falando a jornalistas em Genebra, o porta-voz da agência, Hervé Verhoosel, disse que o PMA “está a enviar comida e outra assistência em grandes números para pessoas desesperadas e isoladas pelas águas da cheia que sobem rapidamente.”
Neste momento, helicópteros estão distribuindo biscoitos energéticos, água e cobertores para pessoas isoladas no topo de edifícios e terrenos elevados na cidade da Beira.
Cerca de 4 toneladas de biscoitos serão distribuídas esta terça-feira, depois de 1,2 tonelada ter sido entregue na segunda. Durante o fim de semana, um carregamento de 20 toneladas desta ajuda alimentar foi trazido para o país. Esta ajuda imediata deve chegar a meio milhão e 600 mil pessoas em Tete, Nhamatanda e Beira.
O porta-voz disse que “as pessoas que podem ser vistas do céu são as pessoas com mais sorte, porque a maior prioridade neste momento é resgatar o maior número de pessoas e trazê-las para segurança.”
Meios
A agência tem um helicóptero no terreno e outros dois devem chegar antes do final da semana. Negociações para trazer dois aviões, incluindo um Hercules C-130, estão em fase avançada.
Segundo o porta-voz, o armazém do PMA na Beira ficou muito danificado, mas alguma ajuda alimentar ficou intacta e está sendo distribuída em 18 abrigos localizados em escolas e igrejas. Cada centro acolhe até mil pessoas.
O PMA também planeia levar ajuda à cidade de Dondo, a norte de Beira, e mobiliza ajuda alimentar de outros locais em Moçambique e da África do Sul.
Drones da agência estão a postos para fazer um mapeamento da emergência, assim que o tempo permitir. Esta avaliação é um desafio devido ao acesso muito limitado a algumas comunidades e a falta de serviços de eletricidade e comunicações, que se se espera devem continuar nas próximas semanas.
A agência também aumentou o seu pessoal no país, com coordenadores de emergência, programadores e especialistas em comunicações e logística.
O porta-voz terminou a mensagem dizendo que, com a continuação de chuvas fortes, “cresce a preocupação sobre mais cheias à medida que as águas descem nos principais rios.”
Maláui e Zimbabué
Imagens de satélite mostram que cerca de 920 mil pessoas devem ter sido afetadas no Maláui. Cerca de 82 mil deslocadas encontraram abrigo em cerca de 300 locais, sobretudo escolas. O PMA quer aumentar a ajuda alimentar de forma rápida, pretendendo chegar a cerca de 650 mil vítimas nas áreas mais afetadas.
No Zimbabué, o ciclone atingiu 15 mil pessoas, sobretudo nos distritos de Chimanimani e Chipinge, onde centenas de casas foram destruídas e pelo menos oitro pontes.
O PMA explicou, no entanto, que com a maioria destas regiões inacessíveis, é difícil perceber o número exato de pessoas afetadas e deslocadas.
PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
ANCA
20 de Março de 2019 at 13:58
Antes de mais sentimentos de pêsames aos familiares que perderam seus irmãos, amigos e familiares.
De ano para ano, tem acontecido em moçambique fenómeno desta natureza sem que as mentes humanas pudessem despertar, para a necessidade de prevenção, organização, controlo, pesquisas, estudos, viabilidades, etc. etc…quem diz moçambique diz a toda África, como vimos nos países adjacentes, de uma maneira geral, e São Tomé e Príncipe não foge a regra…pois que os gestores, os políticos a sociedade civil organizada estão mais preocupados com seus umbigos, o salva-se quem puder…contudo que o Continente na sofreu, ao longo dos séculos.
Pós que o ditado é antigo…
Nas costas dos outros vemos a nossa
E nesta matéria internamente, tendo em conta as alterações climáticas, enquanto Ilhas com dupla insularidade, com recursos escassos e frágeis, com dupla insularidade, deve-nos servir de antemão, tais realidades de mudanças climáticas, para qual nenhum País(Território/População/administração), sai ileso.
Assim, um bom ordenamento do território, com um bom plano nacional, com planos directores municipais, planos de pormenor, medidas de protecção costeira, de protecção ambiental(ecossistemas, a biodiversidade, o ambiente, o ar, a água, os rios, a floresta, o solo), protecção dos corais que envolvem a nossa costa marítima, protecção e segurança marítima, protecção da flora e faunas, quer terrestres quer marítimas, dos rios, melhor controlo das actividades humanas, com atenção para a sensibilização para os riscos dos resíduos urbanos(lixos), o saneamento do meio, a questão das doenças associadas, a cólera a diarreia, a anemia associada ao paludismo, aumento dos números do caso de paludismo, infecção da pele, doenças gastro-intestinais, as causas da surdez etc, etc…constituem sinais e factores de riscos, que devem-nos fazer reflectir, enquanto povo, comunidade, estado, território, administração.
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Principe