Ariston Pires dos Santos, vulgo Kaisha, e Paulo Jorge da Cruz Neto Fonseca, vulgo Pajó, evadiram-se da cadeia central de São Tomé, na manhã de 20 de Julho. Segundo a direcção do estabelecimento prisional, os dois reclusos estiveram presentes na formatura às 5 horas da manhã. Mas depois, com ajuda de um serrote abriram o gradeamento da janela da biblioteca da cadeia central e evadiram-se.
O cadastro homicida dos dois reclusos, deixou a população em pânico. O recluso Pajó que em Setembro de 2023, já tinha agredido e sequestrado uma cidadã portuguesa foi o primeiro a ser capturado, e segundo a polícia nacional já se encontra no estabelecimento prisional.
Ariston Pires dos Santos, Kaisha foi o fugitivo que deu mais trabalho às forças de segurança. No último domingo terá alegadamente roubado uma motorizada e esfaqueado mortalmente uma mulher na localidade de Almeirim, próximo da cidade de São Tomé.
Apesar do pânico, a população joga papel determinante na captura dos delinquentes em São Tomé e Príncipe. Sempre foi assim, os reclusos perigosos que fogem da penitenciária acabam por ser capturados ou pela população directamente ou com ajuda da população. Na década de 90 do século XX, o medo instalou-se na ilha de São Tomé, quando dois reclusos condenados por homício evadiram-se da penitenciária, nomeadamente Ventura e Vaciler.
Vaciler foi detido pela população da localidade de Pau Sabão e Ventura entregou-se a um conhecido na Roça Prado.
Desta vez Kaisha foi detido na manhã de 25 de Julho, quinta- feira pela população da roça Fernão Dias no nordeste da ilha de São Tomé.
A população chamou a polícia do distrito de Lobata, que conduziu Kaisha para o comando central na cidade capital. O Téla Nón apurou que a Polícia Nacional recusou em entregar o recluso directamente a Polícia Judiciária. A vice-Comandante Geral da Polícia Nacional Teresa Santiago disse ao Téla Nón que aguardava orientações superiores para dar destino a Kaisha. Pouco tempo depois a Polícia Nacional levou o recluso para o Ministério Público.
A presença de Kaisha no ministério público durou poucos minutos. O recluso homicida foi recambiado pelo ministério público a polícia judiciária para investigações e a conseguente elaboração do processo crime.
Abel Veiga
Sem assunto
25 de Julho de 2024 at 16:41
Tinha que ser mesmo a população a pegar este delinquente. As nossas polícias parecem não estar preparados para estas andanças.
Olhando para a barriga do policial, de trás, percebermos logo existência de muitos comes e bebes pouco trabalho, nenhum treino e preparação. O homem está pesado e lento. Que vexame!
O meliante fugiu da cadeia, instalou pânico na população, é suspeito de ter morto alguém e ninguém será responsabilizado?
Porquê que neste país tudo dá em nada?
Os ministros, directores e demais líderes não sabem que o falhanço na sua direção é da sua responsabilidade logo deve arcar com as consequências?
Temos que mudar o status quo desta nação, afinal estamos a completar 50 anos de autonomia absoluta.
Santo António
25 de Julho de 2024 at 16:41
Kaisha é militar. Como é que ele está fardado?
Jorge Semeado
25 de Julho de 2024 at 16:51
Já sugeri, inúmeras vezes neste portal, para cortarem a mão direita aos criminosos com direito aos cuidados médicos até a cicatrização do corte. Em caso de reincidência, corta-se a mão esquerda. Na minha opinião, não se deve prender nenhum criminoso nem ladrão. Implicam custos elevados ao estado (alimentação, vestuário, água, luz, pessoal de guarda, etc, etc. O Estado não pode nem deve gastar os parcos recurso com guarda/proteção dos criminosos e ladrões comprovados e confessos. É preciso legislar, criar uma nova lei sobre a pena a imputar aos criminosos e ladrões: pela primeira vez, corta-se a mão direita e em caso de reincidência corta-se a mão esquerda. Cadeia, não. Dirigentes cabeça água-água.
Mepoçom
26 de Julho de 2024 at 9:47
Como que eles tiveram acesso ao serrote, para que servem os guardas presionais? Ou então praticaram o auto em conivência com algum guarda.