A oradora foi interrompida por uma das presentes no 1º encontro nacional das mulheres ex-governantes de São Tomé e Príncipe com vista a candidatura feminina as próximas eleições de Julho, explicando da ausência das três figuras enunciadas no lote das únicas quatro mulheres que fizeram parte da história governativa do país durante os primeiros quinze anos da independência.
. Maria do Nascimento Amorim – Ministra dos Negócios Estrangeiros
. Maria do Rosário Barros – Ministra da Informação
. Lígia Costa – Ministra da Educação e Cultura
A oradora foi interrompida por uma das presentes no 1º encontro nacional das mulheres ex-governantes de São Tomé e Príncipe com vista a candidatura feminina as próximas eleições de Julho, explicando da ausência das três figuras enunciadas no lote das únicas quatro mulheres que fizeram parte da história governativa do país durante os primeiros quinze anos da independência. Enquanto não houve tempo para o contacto com uma delas, outra declinou o convite na medida que se sente desiludida com a política e os políticos do país. Queixou-se das suas mágoas concernente a recusa do Governo santomense em apoiar no final do ano a transladação dos restos mortais do seu marido, 1º Ministro do país, 1988/1991, aquando da mudança pacífica e exemplar de São Tomé Príncipe ao multipartidarismo. Disse ainda que os exemplos do Magreb, da Costa do Marfim, de Madagáscar, de Zimbabué e de muitos outros países africanos, deviam ser chamados a análise pela nova geração de políticos da praça são-tomense.
A ex-governante no uso da palavra pediu encarecidamente que fosse respeitado um minuto de silêncio em memória a D. Alda do Espírito Santo, a matriarca da Nação, o que foi feito de imediato com todas de pé em volta das mesas em oval na sala.
Cortado o silêncio com uma salva de palmas que ecoou para fora do edifício secreto, a orientadora do encontro continuou com o controlo das presenças, em ordem cronológica do exercício governamental da IIª República, identificando os nomes às respectivas pastas governamentais.
. Alda Bandeira – Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades
. Alda Melo – Ministra da Justiça, Reforma do Estado e Administração Pública
. Maria das Neves – 1ª Ministra
. Maria dos Santos Tebús – Ministra do Plano e Finanças
. Maria Fernanda Pontífice – Ministra da Educação e Cultura
. Claudina Cruz – Ministra da Saúde
. Elsa Pinto – Ministra da Defesa
. Célia Pereira – Secretária de Estado da Administração Pública
. Maria do Carmo Trovoada – 1ª Ministra
. Cristina Dias – Ministra da Economia
. Maria de Cristo – Ministra do Trabalho, Solidariedade, Mulher e Família
. Maria de Fátima Almeida – Ministra da Educação, Cultura, Juventude e Desporto
. Valdemira Tavares – Ministra da Economia
. Mariana Rute Leal – Ministra da Educação, Juventude e Desporto
. Ângela Santiago – Ministra do Plano e Finanças
. Maria Tomé Araújo – Ministra do Trabalho, Solidariedade e Família
A interlocutora fez lembrar as suas concidadãs em não se esquecerem de que algumas estiveram em mais de um Governo, mas de nada a comparar com alguns dos conterrâneos que dançam nos Executivos que nem as bailarinas do tempo de Coimbra de Riboque. Lembrou-lhes também que a desgraça do país deve ser imputada somente aos homens, porque na lista de quase 200 governantes, apenas 20 mulheres fizeram parte dos vários Governos.
Feito o controlo virtual, uma outra protagonista explicou exaustivamente as presentes do propósito das mulheres de uma vez por todas «saírem di kantxim di cama» para acima das convicções partidárias e outras, unirem os seus esforços de mães e batalhadoras a volta de uma candidata a ser eleita Presidente da República no próximo acto eleitoral, a ficar na história como mais um exemplo das ilhas de São Tomé e Príncipe no concerto das Nações.
Uma das mais novas das mulheres ex-governantes que tomaram de assalto o anfiteatro do Jardim Sun Secreta, sugeriu que o fórum devia ser aberto a todas as mulheres do país, independentemente do seu extracto social e económico e que devia ser aproveitado a presença de São de Deus em Portugal para convidar a Inocência Mata e a Olinda Beja a juntar ao movimento das mulheres as presidenciais. Aproveitou a deixa e sugeriu que as três figuras intelectuais da literatura moderna das ilhas, deviam servir de porta-vozes do fórum feminino junto das mulheres com peso no Mundo para conseguirem apoios financeiros que lhes permitissem entrar em pé de igualdade na imaginária corrida com os homens apesar do banho das consciências. Michelle Obama, Angela Merkel, Hilary Clinton, Oprah Winfrey, Dilma Rousseff, Cristina Kirchner, Ellen Johnson-Sirleaf, Indra Nooyi, Cinthia Carroll e Carla Bruni Sarkozy, foram alguns dos nomes avançados. Adiantou ainda de que no final do encontro e aproveitando-se da data, 8 de Março, deviam tornar público uma mensagem de solidariedade aos povos e em especial as mulheres do Magreb, da Costa do Marfim e da África em geral endereçada pelas mulheres santomenses para com a sua luta por um Mundo mais justo e sem discriminação.
Foi sugerido a criação de uma comissão para um encontro nos próximos dias com o Presidente da República, Fradique Menezes, na intenção de enaltecer e agradecer os seus préstimos a frente da Nação, porque foi da sua iniciativa, o único Governo e chefiado por Gabriel Costa que em toda a história das ilhas, contou com mais mulheres no seu elenco, num total de cinco. Apesar do aborto já no sétimo mês da gestação, as mulheres elegeram o diálogo com Fradique Menezes num gesto que serviria essencialmente para solicitar o apoio do mais alto magistrado a candidatura feminina, já que mantém em segredo dos deuses o seu substituto. Em sentido contrário circularam palavras do inconformismo para com o Primeiro-Ministro Patrice Trovoada que prometeu durante a última campanha eleitoral uma quota para as mulheres, mas no seio do seu Governo apenas uma está representada, tão pequena e isolada entre os homens que, por vezes nem se apercebe da sua existência, aflorou a mulher de meia-idade.
Por sua vez, a mais velha das mulheres presentes na sala informou que a decisão de todas irem mascaradas para o encontro de nada tinha a ver com a terça-feira de Carnaval, nem tão pouco para não serem identificadas, mas sim, para demonstrar ao mundo o descontentamento das mulheres santomenses para com o estado de destruição em que os homens têm conduzido as ilhas do Equador.
Quando a protagonista do 1º encontro das mulheres ex-governantes agradecia as convidadas que honraram com a presença e agendava uma próxima reunião que devia acontecer num sábado de manhã, ainda no mês de Março, aproveitando-se do horário que normalmente os maridos, disfarçando-se em desportistas, em encontros de amigos ou de militantes partidários, refugiavam-se nas quintas e em casas de outras, geralmente jovens que se lhes aproveitando da pobreza familiar, eles violam a juventude transtornando-lhes o futuro, uma colega vestida de traje africano de cabeça aos pés que se manteve calada ao longo do encontro saltou de vista para dar do seu juízo, opinando que apesar de mulheres constituírem a maioria da população e já serem largamente superiores aos homens nos sectores da Saúde e da Educação, eles não podiam permanecer a margem da corrida eleitoral das mulheres são-tomenses. Um trabalho de base também deve ser intensificado junto as mulheres, nas ilhas e na diáspora eleitoral e, muito especialmente junto das boquitas da praça para que fosse dado um ultimato aos homens, senão mesmo uma prerrogativa nacional com legitimidade democrática.
Um silêncio tomou conta da sala seguido de um forte aplauso de palmas corroboradas pelas presentes com que a reunião teve o seu fim quando foi conhecido o ultimato sugerido.
Caso a candidata a cadeira presidencial não fosse eleita na próxima eleição ao mais alto cargo da Nação, a partir desse dia, seria instaurado nas ilhas e respeitado por todas as mulheres a abstinência sexual por um período de noventa (90) dias.
UH (Última hora) – Soubemos no fecho deste trabalho que as mulheres no máximo conforto imaginário já realizaram um segundo encontro, mas não foi eleita a candidata as eleições presidenciais, tudo porque o encontro foi aberto a sociedade civil e uma das porta-vozes convidada baralhou o consenso das ex-governantes, sugerindo que a candidatura feminina devia recair em alguém descomprometido com o poder dos 35 anos de independência. Soubemos de fonte oficiosa que a proposta da sociedade civil recaiu na mulher mais mediática da actualidade nas ilhas. Para não avançar com especulações, prometemos manter o público do Téla Nón informado das movimentações femininas a cadeira presidencial aquando de mais um hipotético encontro no Jardim Sun Secreta no qual será, finalmente, eleita a candidata.
«Nkosi sikelel i Afrika». (Que Deus proteja África) – Cântico de liberdade sul-africano, 1961
01.04.11
José Maria Cardoso
Voz da nova geracao!
4 de Abril de 2011 at 10:56
Eh sempre bom ver as mulheres Sao-Tomense se unirem por uma boa causa, porque no final de contas eh a nossa democracia que madurece, e eh o pais que ganha com isso. Mas antes de tudo, vcs todas foram governantes e nada fizeram de destaque ao pais. Enquanto isso, vossos maridos sao grandes saqueadores das coisas publicas do pais, e vcs la na assemblea nacional como deputadas nada fazem pra traze-los perante os tribunias criminais pra prestarem contas ao povo.
Estou pronto a dar o meu voto desta vez a uma figura feminina a lideranca da Nacao como presente do pais, mas so faria se senhoras fossem todas limpas sem ligacao nenhuma com saqueadores (vossos maridos) dos bens publicos. Nesse contexto, so escaparia talvez a Olinda Beja e a Inocencia Mata como mulheres limpas do pais. Mudemos a forma de fazer politicas, vamos ser coerentes. Um lider tem de ser um exemplo, gente limpa, com esperito de bem servir o povo do pais.
Viva a democracia em STP! Viva!
Viva as mulhers de STP! Viva!
Viva as mulheres limpas do pais! Viva!
Voz da nova geracao, mas zangado com a vossa geracao (geracao das Marias, Costas, Azevedo, dos Santos, Ameida, Trovoada, Prazeres, Cassandra, Espirito Santo, Leal, Pontifice, Silva, Neves, Carmo, Tebus, Boca Balanca, Diogo, Braganca, Cravid, Rita, Carvalho, etc…)!
Buter teatro esquecido
4 de Abril de 2011 at 11:56
Na minha opinião, as senhoras deveriam entrar no intendimento e, usar está estratégia, e, apoiar só uma pessoa à presidência. Mobilizar todas as senhoras para apoiar e ajudar uma senhora a ser presidente do nosso País.
Helves Santola
4 de Abril de 2011 at 23:18
…mas é isso que está a acontecer…!!!
Virtual
4 de Abril de 2011 at 20:41
É mesmo hipotética essa abstinência durante 90 dias. Kakakakaka
Helves Santola
4 de Abril de 2011 at 23:21
Desejo forças às mulher de STP nesta luta, que ñ será fácil nem impossível! É mesmo preciso se mudar o rumo do país e seria bom darmos um voto de confiança a uma mulher desde que ela seja limpa e isenta de influência de algum partido político do país (cada um pior que o outro)…..
Agora, essa história de abstinência sexual realmente, é mesmo “imaginária”!!!
londres
5 de Abril de 2011 at 2:44
So falta tres senhoras neste meio para completar este teatro sao elas :Chinha cantora, Poxi e Sebastiana teriamos aqui uns bons canidatos..”Um flamu za”.
Ovumabissu
5 de Abril de 2011 at 12:47
Lá estamos nós a comentar um encontro imaginário como se fosse real.
É bem verdade que a nossa realidade tem dado um grande bigode à ficção.
rui medeiros
5 de Abril de 2011 at 17:25
Ja estou a ver a NOSSA QUERIDA Sao Lima como candidata das mulheres [o que seria sem duvida uma mas valia para a nossa viciada democracia]
Filipe Samba
6 de Abril de 2011 at 5:43
Ao
Senhor José Maria Cardoso,
Os meus cumprimentos,
Aproveito este espaço para lhe expressar os meus agradecimentos pelo artigo.
A mulher é o pescoço do homem; as nossas omniscientes, foram e serão sempre uma maravilha, no processo da luta de igualidade e oportunidades.
“A natureza esconde o seu segredo devido à sua essência majestora, nunca para ardil” (A. Einstein)
Com alta estima e consideração
3 macucu
6 de Julho de 2011 at 15:21
para eu acreditar na verdade,que elas vao ficar 90dias sem essa coisa , elas tenhem que durmir no jardin de penssamento durante este tempo todo sinao? eu nao sou nem mustiquero ou musquito so eles a confessar verdade o que se passou durante esse tempo todo hummmm
assis
3 de Outubro de 2011 at 0:01
vdaoces tiveram uma deputada chamada edith collins