Pela Dra. Matshidiso Moeti
Esta semana, na 28ª Cimeira da União Africana em Adis Abeba, ficámos orgulhosos quando os Chefes de Estado aprovaram a Declaração de Adis sobre a Imunizaçãogarantindo que todas as crianças africanas – independentemente da sua origem ou do lugar onde vivem – possam ter acesso às vacinas de que necessitam para sobreviver e prosperar.
As vacinas são, indubitavelmente, entre os instrumentos de saúde pública disponíveis, os mais eficazes e económicos, salvando entredois e três milhões de vidas todos os anos. As vacinas concorreram para a erradicação da varíola, a redução de 99,9% dos caos de poliomielite em todo o mundo e a redução drástica de outras doenças como o sarampo, a difteria e o tétano.
A imunização está igualmente baseada num compromisso para a equidade e está entre os meios mais simples para a fazer avançar. Ao garantir que todas as crianças, ricas ou pobres, recebam as mesmas vacinas que salvam vidas, os países podem assegurar que a geração futura começa já numa situação mais equitativa em termos da sua saúde.
Para além dos efeitos individuais da imunização, os efeitos positivos em cascata são enormes. Quando as crianças são vacinadas, as famílias, as comunidades e os governos podem poupar ou reinvestir o tempo e o dinheiro que teriam sido gastos a cuidar de crianças doentes. As crianças vacinadas têm mais probabilidades de ficar na escola e, em última análise, enriquecer a economia. Não é de admirar que cada dólar gasto nos programas de vacinação de crianças resulte em um rendimento de $44 em benefícios económicos.
O compromisso assumido esta semanapelos líderes africanos para agir sobre esta grande evidência não podia ter chegado em melhor altura. Embora muitos países em África tenham registado ganhos extraordinários em matéria de cobertura da imunização nos últimos 15 anos – contribuindo para reduzir a mortalidade infantil para metade – os progressos estagnaram, deixando uma em cada cinco crianças africanas sem acesso a vacinas que salvam vidas. São necessárias medidas concretas para atingir as metas de cobertura de imunização em 90% em todos os países e a cobertura de 80% em cada distrito até 2020, como consignado no Plano de Acção Mundial sobre Vacinas.
Nunca antes houve tantos esforços para garantir que todas as crianças em África tenham acesso a vacinas que salvam vidas. A maior geração de jovens que o mundo viu até agora está prestes a chegar à idade adulta, e a população jovem africana está a crescer mais depressa do que a de qualquer outra região no mundo. Em 2015, 226 milhões de jovens entre os 15 e os 24 anos viviam em África. Em 2030, prevê-se que esse número aumente em 42%. Em 2050, a população activa na África Subsaariana será mais que o dobro.
Ao investir nos jovens hoje, começando com vacinas que mantenham as crianças vivas, saudáveis e na escola, as nações africanas têm uma oportunidade incrível de aproveitar o “dividendo demográfico” – o aumento de uma força produtiva constituída por adultos saudáveis, instruídos e qualificados, que pode catapultar os países para um período de rápido crescimento e estabilidade económica. É a tónica colocada pela Cimeira da UA este ano – e a razão pela qual este compromisso de alto nível relativamente à imunização tem tanto interesse.
O primeiro requisito para acelerar os progressos sobre a imunização já estão em curso: aumento da vontade política. Agora, essa vontade deve ser seguida de medidas, nomeadamente sob a forma de aumento do financiamento interno. Em alguns países, poderão desaparecer em breve duas fontes importantes de financiamento: o financiamento para a erradicação da poliomielite diminuirá à medida que se registam progressos e os casos diminuem, e os países com economias mais robustas receberão menos ajuda da comunidade internacional nos próximos anos. Em resposta, os governos devem disponibilizar meios financeiros para sustentar o seu apoio verbal – especialmente porque cercade 15 países africanos financiam actualmente mais de metade dos seus programas nacionais de imunização.
Finalmente, os esforços de imunização devem ser suportados por sistemas de saúde robustos que sejam preparados ao nível dos cuidados primários de saúde e prestem serviços com base nas necessidades e não na capacidade de pagar.
Deixamos esta Cimeira da UA deste ano cheios de optimismo e determinação, prontos para vencer os desafios que temos pela frente. Com compromissos aos mais altos níveis, nunca estivemos mais convencidos de que a África pode fazer e fará das doenças evitáveis com vacinas uma questão do passado.
Pôr as ideias no papel foi apenas o começo. Agora, devemos aproveitar a dinâmica deste compromisso histórico para criar um futuro mais saudável para todas as crianças em África.
A Dra. Matshidiso Moeti é Directora Regional da Organização Mundial de Saúde para a África.
Diosdato Gomes da Fonseca
1 de Fevereiro de 2017 at 12:24
O nosso, infelizmente meu Presidente, pelo facto de não ter Espinha Dorsal, não se fez presente.
Delegou a sua responsabilidade e missão para outro, o seu chefe de partido e líder da Revolução pálida PT.
ANCA
1 de Fevereiro de 2017 at 17:52
Excelente Noticia.
É tempo de África Unir-se, para a concretização de objetivos Concretos?
De acabar com a Guerra no Continente.
De acabar com a fome no Continente.
Cerrar fileiras nos desafios nos cuidados de Saúde.
O desafio da educação/formação de excelência, para sua população, crianças, jovens, adultos.
Valorização das suas línguas culturas do bem nativas, gastronomias, o saber popular, o seu sensos comuns, pois aí estará também a ciência, libertação, independência moral cultural, identidade cultural Africana no Mundo.
Valorização do desporto.
Transformação económica e financeira.
A construção de sociedade de uma verdadeira democracia liberdade garantia e respeito pelos direitos humanos, respeito pelo ambiente, respeito Planeta.
Boa Governação, Transparência.
A questão da segurança dos Estados
Em suma todas as questões ligadas a Paz(Investiguem o conceito de Paz)
Se se queres ver o teu País(Território/População/Administração) bem.
Acredita em ti
Juntos somos capaz, juntos somos mais forte
Sê forte procura trabalho, trabalha , cria tua empresa, faz algo por ti.
És capaz, SãoTomense
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe África
Deus abençoe São Tome e Príncipe