Sociedade

Instituto Marquês de Valle Flôr homenageia Doutora Julieta da Graça Pinto do Espírito Santo

Primeirdoutora-julieta.jpga médica são-tomense, Julieta do Espírito Santo, deixou o mundo dos vivos no dia 2 de Janeiro de 2008, aos 86 anos de idade. Considerada como mãe da enfermagem são-tomense devido ao papel desempenhado na formação dos quadros de saúde do arquipélago, Julieta do Espírito Santo, foi homenageada terça-feira pelo instituto marquês de Valle Flôr, entidade para qual trabalhou a partir de 1995, através da colocação de um busto no jardim do Ministério da Saúde.Após a formação em medicina e cirurgia pela faculdade de medicina da universidade de Coimbra-Portugal, em 1955 Julieta do Espírito Santo, regressou três anos depois para a sua terra natal, para nunca mais dela sair.

Dedicou grande parte da sua via ao trabalho abnegado em prol da melhoria das condições de vida das populações, sobretudo no domínio da saúde. O Presidente da República Fradique de Menezes que marcou presença no acto de apresentação do busto da médica colocado no jardim do ministério da saúde. No interior do edifício também vinga uma fotografia de Julieta do Espírito Santo mesmo no centro do átrio principal.
Referência para o sector da saúde, Julieta Graça, foi no período colonial, médica de cabeceira, docente da cadeira de enfermagem, chefe dos serviços de ensino hospitalar, e médica inspectora do serviço de saúde.
Segundo o Ministro da saúde Arlindo Carvalho, depois da independência nacional a 12 de Julho de 1975, ela continuou a exercer funções importantes no sector da saúde, como directora geral dos serviços de saúde e coordenadora dos programas da OMS no país. «A sua dedicação ao trabalho foi de tal forma extrema que depois da reforma não se contentando com a ideia do descanso merecido continuou a brindar os sucessivos ministros da saúde com a sábia assessoria técnica», declarou o Ministro da Saúde.
Por sua vez o Presidente da República, deixou transparecer alguma vergonha das autoridades nacionais, pelo facto de o próprio estado não ter tomado a iniciativa de homenagear a ilustre personalidade são-tomense. Fradique de Menezes espera que quando for assinalado o primeiro aniversário sobre a morte de Julieta do Espírito Santo o estado são-tomense possa agir no sentido de fazer algo em nome da médica que fez marca a história do sector da saúde.
Abel Veiga

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