Embaixador brasileiro foi reeleito para mais quatro anos à frente da Organização Mundial do Comércio, OMC; Roberto Azevêdo citou acordos de Bali e Nairóbi; ele afirmou que quadro atual do comércio internacional não é fácil.
Roberto Azevêdo. Foto: ONU/Eskinder Debebe (arquivo)
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo afirmou que a prioridade para seu segundo mandato como chefe da Organização Mundial do Comércio é fazer com que a OMC continue alcançando resultados importantes. Azevêdo foi reconduzido ao posto, na terça-feira, após aprovação do Conselho-Diretor da agência.
De Genebra, em entrevista à ONU News, Azevêdo citou conquistas dos últimos quatro anos e falou de planos para o próximo mandato que deve ir até 2021.
Benefícios
“Nós fechamos o Acordo de Facilitação do Comércio, que pode aumentar o comércio mundial em cerca de US$ 1 trilhão se for perfeitamente implementado. Eliminamos os subsídios da exportação de produtos agrícolas, levamos a zero mais de 200 linhas tarifárias de produtos de tecnologia da informação, que é um comércio de US$ 1,3 trilhão.”
O chefe da OMC quer que os benefícios do comércio atinjam o maior número de pessoas possível, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas.
Roberto Azevêdo falou ainda sobre a situação do comércio internacional.
“Não é fácil porque o comércio quase sempre está muito proximamente ligado à expansão da economia mundial. Na medida em que a economia mundial desacelera e cresce de uma maneira tão modesta como está crescendo agora, o comércio tende a seguir o mesmo padrão. Ele também cai nas suas taxas de expansão e isso não é bom.”
Conferência
Azevêdo disse que a Conferência Ministerial marcada para dezembro, em Buenos Aires, vai ser muito importante. Segundo ele, os membros da organização vão discutir temas tradicionais e difíceis, como a agricultura.
Mas ele afirmou que muitos estão debatendo também a facilitação de serviços e investimentos, sobre subsídios à pesca e comércio eletrônico.
Na sua opinião será um encontro interessante para saber como os ministros vão atuar para sinalizar o caminho que será seguido no futuro.
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