Opinião

São Tomé e Príncipe 43 anos de Independência

São Tome e Príncipe, Celebra mais um ano da sua história como país independente, já lá vão os 43 anos da Independência, onde a pobreza, e a desigualdade tem afectado a maioria das populações. Tudo por causa da negligência Politica, fez com que o mesmo não atingiu a sua Autos suficiência, ficando sempre dependente da bondade do terceiro. O mais tocante é que no período pós a independência, a nação era um exemplo para todos da sua região, mais hoje ela se encontra numa situação lastimável, uma vez que as linhas mestras traçadas pós independência não conseguiram acompanhar gradualmente as dinâmicas e os desafios que novo mundo rege.

Nesta senda, questiona -se será que foi para isso que os nossos Combatentes das Liberdade lutaram? Dando os seus ideias até mesmo as suas vidas?

Acredito que a luta foi com intuito de trazer esperança, democracia, liberdade de expressão, dignidade, bem-estar, dentre outros, com vista a garantir uma vivência mais coesa para o povo. Mais infelizmente estes fatores ainda não se vive claramente na sociedade São Tomensse.

Hoje o pais, encontra numa situação de anarquia total, marcada pela ambição desmedida, a luta pelo poder, a falsa democracia, demagogia politica, o odio, ambições de grupos, a crise politica, incostitucionalidade,  corrupção, mau senso, tudo isso tem sido como ferramenta da governação dos decisores políticos, o que tem traduzido em retrocesso ao desenvolvimento sociopolitico e economico da nação.

Ciente dos muitos problemas ainda existentes, cada um na sua dimensão mais acredito que ainda é tempo de mudar o roteiro desta história, assim como melhorar a qualidade da nossa democracia e da nossa prática política. Nesta ordem de ideias,  governar a base de transparencia e eficientemente tanto a nível central, regional e  local.

O país precisa, de uma governação eficiente, uma democracia funcional, da justiça social e equidade de direitos.  Mais para que isso aconteça, temos de mudar o roteiro da história, e mudar significativamente todas as indiferenças e colocar o interesse do pais em primeiro plano, ou seja resolver os problemas do povo.

Portanto, há necessidade de quebramos paradigmas existesnte na nação e traçar novas metas para o país.

No futuro próximo teremos um novo desafio. É do nosso conhecimento que avizinham-se as eleições, e o povo será chamado mais uma vez, para decidir o futuro da nação, portanto, o próximo líder terá como obrigação e dever de responder os anseios dos cidadãos e do país. Para tal o seu projeto de governação terá que ser de responsabilidade social e para o bem comum.

Então, essas responsabilidades deverão estar pautadas pelas seguintes ideais:

  • Melhor relações humanas;
  • Uma liderança que dê resposta aos novos desafios;
  • Gestão criteriosa da coisa publica;
  • Emprego condigno;
  • Diminuição da desigualdades sociais, o acesso equitativo à saúde e aos serviços públicos em geral, a qualidade da educação, a segurança, a transparência, melhoramento das politicas publicas;
  • Melhoramento e inclusão de politicas do desenvolvimento local com vista a diminuição do êxodo rural;
  • Politicas de cidadania e de incentivos fiscais;
  • Inclusão das comunidades emigradas no processo do desenvolvimento do país;
  • Melhoramento dos Serviços de Saneamento e das Infraestruturas e Transportes;
  • Mais água canalizadas;
  • Eficiência na distribuição da energia pública;
  • Política de gestão e seleção por competência e inclusão de todos os indivíduos no processo do desenvolvimento, independentemente da sua cor partidária;
  • Uma comunicação social mais eficiente e mais próxima da população.

Admito se conseguirmos materializar estes ideais, acredito que estaremos a lançar as bases para alavancar o país da situação que se encontra.

Face a situação, nesta data de comemoração de mais um 12 de Julho, quero lançar um apelo a todos decisores políticos e a toda sociedade civil, e não só, no sentido de junto fazermos uma reflexão profunda, sobre São Tomé e Príncipe em 3 dimensões: STP de Ontem,STP de Hoje e STP no futuro, e tentar tirar ilações e decidirmos na verdade oque queremos, para juntos lançarmos a alicerce rumo ao desenvolvimento.

Sabemos que a tarefa é árdua, mais com a contribuição e o engajamento de todos junto alcançaremos um São Tome e Príncipe digno e Inclusivo.

Viva 12 de Julho;

Viva Independência;

Todos Juntos Por um São Tomé e Príncipe Digno e Melhor.

Reflexão e Análise de um jovem preocupado com o desenvolvimento do seu País.

Hidilberto Dias

Cabo Verde/ Praia

 

2 Comments

2 Comments

  1. Seabra

    14 de Julho de 2018 at 0:31

    ” Quando a ORDEM é a INJUSTIÇA a DESORDEM é já um princípio da JUSTIÇA”.
    Romain ROLLAND
    STP , tornou-se um país com licença para matar, sem que haja justiça, onde os criminosos são protegidos pelos que têm poder,em troca de favores. Chegámos a este estado… e vai-se agravando o tipo de crime, onde já há mesmo professionais que sabem como torturar e fazer morrer sem deixar traços corporais. É imensamente preocupante esta situação caótica de uma selvajaria sem nome.
    É de lembrar que ninguém está à abrigo.
    O último crime odioso e atroz,passou em junho de 2018,o assassinato do malogrado economista Jorge Pereira dos Santos…não mataram um animal mas sim um homem em plena forma. Ceifaram a vida de um irmão, de um pai ( 2 filhas Syndavi e Josiane ),de um tio,de um padrinho,de um muito bom amigo…que não deixaram o tempo de voltar a ser feliz,amado por uma mulher de bem,como ele próprio tinha como projeto (Jorge não estava mais com a mulher Élisabeth há já muitos anos…). Foram ruins!
    Que haja JUSTIÇA, para o nosso saudoso e amado BARBOY!

  2. Ralph

    18 de Julho de 2018 at 0:28

    É triste ler artigos como este porque não há dúvida de que a história são-tomense não se tem corrido como se esperava. O autor diz que a tarefa é árdua – não há dúvida disso. Com o benefício de retrovisão, a independência foi atribuida antes que o território estivesse pronto para a aceitar. Sem dúvida que todas as colónias querem tornar-se independentes das suas potências coloniais. Ao mesmo tempo, no entanto, uma colónia tem de ser capaz para estar de seus próprios pés sem ter de recorrer à ajuda financeira de outros simplesmente para sobreviver. Querer ser independente não é suficiente – nem para o governador, nem para o governado.

    Talvez tivesse sido melhor se a colónia de STP tivesse esperado mais alguns anos até que a economia estivesse num estado melhor antes de ter aceitado a independência. A nação independente de Pápua Nova Guiné aceitou a sua independência do meu país, a Austrália, em 1975 (o ano do meu nascimento), o mesmo ano que STP se tornou independente. Eu defenderia que PNG não estava pronto naquela áltura para ser independente da Austrália, assim como STP não estava pronto para ser independente de Portugal em 1975. Desde então, os dois países têm seguido caminhos muito semelhantes, requerendo assistência financeira contínua dos seus ex-governadores e de muitos outros doadores também. Tenho de dizer que o futuro de PNG como um país independente parece ser cada vez mais lastimável, com um governo corrupto, uma economia insustentável e dependendo da ajuda de outras nações para pagar as contas. Aquele país é independênte em nome só, não em realidade.

    Se os governos da Austrália e de Portugal tivessem esperado mais algum tempo e insistissem que as economias de ambos os territórios tivessem melhorado e diversificado as suas economias antes de as independências terem sido concedidas, talvez o futuro de ambos os países atualmente independentes tivesse muito mais brilho do que é hoje. Nada disto vai para dizer que não há esperança para o futuro ou que STP não deveria esforçar-se para melhorar a sua situação. Com certeza que deveria continuar a trabalhar esforçosamente para alcançar tudo o que puder. Só estou a dizer que muitas das causas dos problemas de hoje para STP e outros países semelhantes jazem no passado e serão muito difíceis resolver.

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