Cultura

VII BIS abriu com força

Pinto da Costa reconheceu o seu envolvimento pessoal desde a primeira hora no lançamento da VII Bienal. Facto confirmado por João Carlos Silva e Sindika Dokolo, responsáveis das duas instituições que materializaram o evento que projecta São Tomé e Príncipe como epicentro cultural em África durante 3 meses.

João Carlos Silva, o sonhador que fez nascer a bienal de São Tomé e Príncipe, foi o primeiro a usar da palavra na abertura da VII Bienal Internacional. O escultor e pintor, Presidente da Fundação Roça Mundo, proprietário do Espaço Cacau agora remodelado em parceria com a Fundação Sindika Dokolo de Angola,  não usou as suas palavras para abrir o evento.

João Carlos Silva preferiu partilhar com o público rimas e versos do texto curatorial da VII Bienal. Uma obra da Jornalista e Poetisa São de Deus Lima, que manifesta a alma das ilhas, palco da bienal. Palavras escritas com arte, declamadas por João Carlos Silva na abertura da bienal.

Sindika Dokolo, dono da Fundação angolana do mesmo nome que se juntou à Fundação Roça Mundo e a Fundação Carlos Delfim Neves, para redesenhar o maior evento cultural do país, manifestou sentimento de orgulho por participar num momento que disse ser histórico. « Eu costumo dizer que uma pessoa não pode ser mais forte fora do que dentro, e acho que é realmente o que está a acontecer cá em São Tomé e Príncipe. Está-se a criar uma cena artística uma série de eventos culturais realmente de primeira qualidade», declarou Sindika Dokolo.

São Tomé e Príncipe e Angola que a história uniu, há mais de 500 anos, abrem novas rotas culturais no século XXI. «Eu acho que estamos a materializar novas rotas culturais e cooperação entre os países africanos. Espero que vamos continuar a enriquecer esta dinâmica cultural», prosseguiu o patrono da Fundação Angolana, que financia parte dos projectos da VII Bienal.

Tanto Sindikha Dokolo, como João Carlos Silva, realçaram o envolvimento de Pinto da Costa no lançamento da cooperação entre as duas instituições culturais e a realização da própria bienal. «Queria em meu nome próprio, em nome da minha Fundação, agradecer o senhor Presidente da República, como disse o João Carlos Silva, ele foi testemunho disso, envolveu-se pessoalmente no sucesso deste grande evento», frisou Sindika Dokolo.

Facto confirmado pelo Chefe de Estado. «Esta é a sétima Bienal à qual me associei, desde a primeira hora, através do meu alto patrocínio, num sinal claro do apoio que este acontecimento merece por parte do Estado que represento», disse Pinto da Costa.

O Presidente da República considerou que o sucesso da bienal  extravasa o lado cultural. « A parceria estabelecida à volta desta bienal e que vai estender-se a outras iniciativas nos próximos anos é um excelente exemplo de como é possível concretizar formas de cooperação mutuamente vantajosas mostrando como é possível passar das palavras aos actos e dar corpo às relações fraternas e de amizade entre Angolanos e Santomenses, dois povos irmãos com laços históricos tão profundos», pontuou o Chefe de Estado são-tomense.

Cerca de 30 mil pessoas deverão visitar a BIS até Fevereiro de 2014. Diversas manifestações culturais, vão preencher o espaço de tempo em que São Tomé e Príncipe, pretende estar na boca do mundo como palco de arte e cultura.

Para o Presidente da República, o combate a pobreza, uma das principais bandeiras do seu projecto político, está subjacente num evento cultural de tamanha envergadura. «Esta bienal pelos significativos impactos na economia, nomeadamente através da promoção do turismo é também nesse âmbito um bom exemplo do que tenho afirmado», sublinhou, Pinto da Costa.

O leitor tem acesso ao discurso do Presidente da República na abertura da VII BIS, para compreender a visão política que faz da cultura um factor de desenvolvimento. CLIQUE –DISCURSO DO PR NA BIENAL

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. A.B.

    2 de Dezembro de 2013 at 12:01

    Força, BIS!

    Que o evento seja um grande êxito que projecte em cheio as artes e a cultura de São Tomé e Príncipe.

    Obrigado a todos os que tornaram possível a realização da VII Bienal.

  2. C.C.

    2 de Dezembro de 2013 at 12:25

    Juntar sinergias, São Tomé e Príncipe e Angola juntos, com fraternidade, mútuo respeito e solidariedade. Venceremos.

  3. Venó

    3 de Dezembro de 2013 at 11:47

    Isso não quer dizer que pinto fez muita para desenvolvimento do país ele tem que trabalhar muito para tirar o país na pobresa.

  4. Helder Leitão

    3 de Dezembro de 2013 at 15:24

    É isso que o País precisa, gente trabalhadora e com imaginação, mas meu caro não se esqueça de mostrar ao mundo a cultura do povo de sul que são os primeiros a habitar na ilha.

  5. Gustavo P.

    4 de Dezembro de 2013 at 15:41

    Cultura africana no seu melhor! Aproveito para deixar link para entrevista de Sindika Dokolo ao português Jornal de Negócios, diretamente de S. Tomé
    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/reduzir_a_imagem_de_angola_a_corrupcao_e_uma_manipulacao_desonesta.html

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top