Cultura

Almada Negreiros regressa a São Tomé e a sua roça natal-Saudade

O artista que marcou a arte e a cultura portuguesa, nasceu em São Tomé mais concretamente na roça saudade, exactamente a 7 de Abril de 1893. Entre Maio a Junho próximos, Almada Negreiros, vai regressar a sua terra natal.

Um regresso a convite do Programa “ A Ilha do Meio do Mundo”, que está a ser produzido e realizado por João Carlos Silva e Kalu Mendes.

Almada Negreiros que deixou São Tomé com 2 anos de idade, regressa a sua terra natal na pele do actor português João Grosso.

Uma viagem de regresso, que permitirá a Almada Negreiros, revisitar e conhecer a ilha de São Tomé, saborear os pratos típicos da terra, matar saudades da roça saudade, e dançar ao ritmo do Socopé, da Ússua, mas também da Puíta ou da Tafua, cujo batuque continua a ser repicado nas montanhas da roça Monte Café e da sua dependência Saudade, desde séculos.

Fica o leitor em alerta para saber se desta vez Almada regressa, ou fica por cá. Até lá …ficamos a espera da chegada do Programa “ A Ilha do Meio do Mundo”.

Abel Veiga

13 Comments

13 Comments

  1. Atento

    8 de Abril de 2015 at 10:16

    Meus caros, mas quem foi o grande Almada Negreiros??
    Para quem estiver interessado em saber aqui vai um pouco deste grande Santomense.
    “José Sobral de Almada Negreiros, artista plástico e escritor, nasceu em 1893 em São Tomé e Príncipe, onde o pai era administrador do concelho da cidade. Em Portugal, estudou no colégio jesuíta de Campolide, para onde entrou em 1900, aos sete anos de idade, após a morte prematura da mãe, em 1896, e a partida definitiva do pai para Paris nesse mesmo ano. Aí realizou os jornais manuscritos “República”, “Mundo” e “Pátria”. Após o encerramento do colégio, frequentou entre 1910 e 1911, o liceu de Coimbra, de onde passou para a Escola Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Em 1915, integrado no grupo “Orpheu”, centrou a sua polémica ideológica numa crítica cerrada a uma geração e a um país que se deixava representar por uma figura como Júlio Dantas. Mostrando se convicto de que «Portugal há de abrir os olhos um dia», lançou, em 1917, um “Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX”, precavendo as contra a «decadência nacional», em que a «indiferença absorveu o patriotismo».
    Entre 1919 e 1920 retomou os estudos de pintura em Paris. De regresso a Lisboa, adquiriu uma serenidade bem expressa na sua afirmação de que «entre mim e a vida não há mal entendidos». Mas, em 1927, de novo desgostoso com a falta de abertura do país às novas correntes ideológicas e culturais, foi para Madrid. Aí, como já antes o fizera em Lisboa, a par da sua actividade nas artes plásticas, colaborou com a imprensa. Com o agravamento da crise económica e social espanhola, após a proclamação da República, Almada regressou a Lisboa, em Abril de 1932. À consciência nacional que Paris lhe trouxera acrescentava agora uma «consciência ibérica culturalmente definida por valores líricos de uma certa lusitaneidade». Em 1934, casou com a pintora Sara Afonso.
    Almada Negreiros, conhecido como «Mestre Almada», colaborou nas revistas de vanguarda “Orpheu” (de que foi co fundador), “Contemporânea”, “Athena”, “Portugal Futurista” e “Sudoeste” (que dirigiu). Participou em exposições de arte, nomeadamente na I Exposição dos Humoristas Portugueses (1911), a primeira do modernismo nacional. Como artista plástico, são de realçar os seus murais na gare marítima de Lisboa, os trabalhos para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima (mosaico e pintura) e o célebre retrato de Fernando Pessoa. Pintor do advento do cubismo, a sua actividade artística estendeu se ainda à tapeçaria, à decoração e ao bailado.
    Como escritor, publicou peças de teatro (“Antes de Começar”, 1919; “Pierrot e Arlequim”, 1924; e “Deseja se Mulher”, 1928); o romance “Nome de Guerra” (escrito em 1925, mas publicado apenas em 1938, e que é considerado um dos romances fundamentais do século XX português e o primeiro em que se manifesta já a arte modernista); os poemas “Meninos de Olhos de Gigante” (1921), “A Cena do Ódio” (escrito em 1915 durante a Revolução de Maio contra a ditadura de Pimenta de Castro e publicado apenas em 1923, que consiste numa descrição violenta do Portugal da época, em que se exprime uma dialéctica de amor ódio que seria a tónica dominante das relações do artista com a pátria), “As Quatro Manhãs” (1935) e “Começar” (1969); e uma série de textos de crítica e polémica, dispersos pelas publicações em que colaborava. De entre estes, destacam se o “Manifesto Anti Dantas” (1915), verdadeiro libelo de reacção ao ambiente cultural estagnado e academizante da época, o “Manifesto” (1916), o “Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas” (1917) e “A Invenção do Dia Claro” (1921), conferência sob a forma de poema. A sua obra representa uma síntese, única na sua geração, das tendências modernistas e futuristas de então, não apenas por, como artista, ser multifacetado, mas também pela sua capacidade de fusão e conjugação, nas letras e na pintura, das vertentes plástica, gráfica e poética. Almada Negreiros faleceu em 1970.
    Em 1970 e 1988, foram publicadas duas edições de “Obras Completas de Almada Negreiros”, comemorando a última o centenário do autor.
    Artista da novidade e da provocação, em demanda de «uma pátria portuguesa do século XX», atento à busca de uma unanimidade universal e profundamente marcado pela herança e o sentido da civilização europeia, foi uma das grandes figuras da cultura portuguesa do século XX. Artisticamente activo ao longo de toda a sua vida, o seu valor foi reconhecido por inúmeros prémios.”
    E pronto, foi o que consegui apurar na net e que copiei para o nosso jornal digital, para quem estiver interessado conhecer um pouco mais dele.
    Efectivamente devemos ter muito orgulho deste homem da nossa terra.
    Um abraço para todos.

  2. fluta cu cocôndja

    8 de Abril de 2015 at 11:01

    quando nasceu este senhor?
    porue se for o ano que aqui relata ele seria a pessoa mas velha do mundo… e não sei se ele saberia a menos reconhencer alguma coisa da seu terra natal ja que saiu de S.Tomé a 120 anos atraz…

  3. Atento

    8 de Abril de 2015 at 11:22

    A todos peço desculpa por não ter mencionado o local onde fui procurar o texto acima.
    Assim o site é o seguinte: http://www.truca.pt/ouro/obras/almada_negreiros.html.
    Pelo meu lapso peço imensas desculpas, pois não é nunca foi e nunca será minha intenção plagiar o que quer que seja.
    Mais uma vez as minhas desculpas.
    Atento

  4. Lindomar

    8 de Abril de 2015 at 14:34

    Almada Negreiros, grande vulto da cultura PORTUGUESA, nasceu em S. Tomé e é bem-vindo à terra onde nasceu, na sua pele ou na pele de outro. Mas não precisamos de inventar – o homem é português. A TVS já chamava ontem a Almada ícone da cultura santomense…tenham dó e um pouco de kutudjá!

    • Atento

      9 de Abril de 2015 at 8:18

      Lindomar.
      O HOMEM, era tão português quanto todos nós que nascemos em São Tomé antes da independência.
      Mas para além de ser português como eu o fui e todos os que nasceram nesta terra antes da independência, não deixa de ser natural de São Tomé, e eu pessoalmente tenho muito orgulho neste sãotomense.
      Provavelmente o Lindomar já nasceu depois da independência e como tal não sente na pele o que é ser são-tomense de nascimento.
      Um abraço.
      Atento

  5. Lindomar

    9 de Abril de 2015 at 10:09

    Atento, a naturalidade do homem não está em causa. Nasceu em São Tomé. Mas é uma referência e um expoente da cultura portuguesa. Este grande expoente da cultura lusa é bem-vindo à terra onde nasceu. Mas nada de ícone da cultura santomense e outros treléleus. Tenhamos a noção das medidas para não cairmos no ridículo.

    • Atento

      9 de Abril de 2015 at 12:20

      Lindomar.
      Compreendo a sua posição e ponto de vista.
      Mas permita-me que não concorde consigo.
      A cultura são-tomense não pode ser vista unicamente á lupa da actualidade que vivemos, ou seja contemporaneamente.
      Aliás a cultura santomense não existe na realidade (segundo o meu ponto de vista), pois se reparar meu caro, existem imensas culturas na nossa terra, originarias como sabe das diversas populações oriundas de vários cantos de Africa e europa.
      Repare que a população de São Tomé tem origens cabo verdianas, angolanas, guineenses, portuguesas, moçambicanas e outras.
      Como está a ver estas populações que colonizaram São Tomé, importaram as suas culturas e assim sendo, não se pode falar de uma cultura santomense, pois tal é redutora da diversidade de culturas existentes na nossa terra.
      Por isso e no meu modesto entender, não existe uma cultura que qualifique a população de STP, mas sim uma diversidade de culturas.
      Porém podemos unificar a situação, e assim entendermos que temos uma cultura baseada no multicultural.
      Mas caso assim não se entenda, resta-nos então o berço que nos viu nascer e o berço de Almada Negreiros é São Tomé e Príncipe, e é motivo mais que suficiente, para o elogiarmos como ele na realidade merece, pois foi um lutador incansável contra a ditadura e contra a alta burguesia que imperava á sua altura de vida, nunca esquecendo o seu local de nascimento, com fez questão de várias vezes mencionar nas suas intervenções.
      Pela diversidade de culturas existentes e que sempre caracterizaram as populações de São Tomé, Almada Negreiros é na realidade um ícone de uma das culturas que existiram e existem em São Tomé.
      Este é o meu ponto de vista.
      Um grande abraço meu caro Lindomar.
      Atento

  6. Lindomar

    9 de Abril de 2015 at 17:55

    Meu caro Atento, ao considerar que a cultura são-tomense realmente não existe, identificou-se e posicionou-se como um não são-tomense. O meu caro Atento só pode ser um estrangeiro, com alguma dificuldade em entender as sínteses dinâmicas que moldaram e geraram a nossa não homogénea cultura e as línguas que a identificam. Nossa, dos são-tomenses. Se não consegue identificar uma especificidade cultural são-tomense, fruto do contacto tenso entre várias culturas, não temos um ponto de partida para o debate. Poderia dar-lhe N exemplos da singularidade da cultura são-tomense, mas se não os consegue descortinar vivendo em São Tomé, não será por eu lhos apontar que lhe merecerão atenção. Quanto ao grande Almada Negreiros, reitero o que disse: nasceu em São Tomé, este é o seu berço, que lhe seja dada visibilidade na terra onde nasceu. Mas nada tem a ver com a cultura são-tomense. É um expoente da cultura portuguesa e deve ser tratado como um gigante da cultura portuguesa nascido em São Tomé. As mistificações bem-intencionadas são as mais desastradas em termos de resultados. Um abraço. Lindomar.

    • Atento

      10 de Abril de 2015 at 9:40

      Meu caro Lindomar.
      Utilizou a expressão de “estrangeiro” penso que em sentido figurado, como é óbvio, e eu entendi e não lhe levo a mal, acredite nas minhas palavras, pois quem não vê as coisas do seu próprio país é porque deve ser estrangeiro.
      Contudo prontificou-se a dar-se N exemplos da singularidade da nossa cultura: ” Poderia dar-lhe N exemplos da singularidade da cultura são-tomense, mas se não os consegue descortinar vivendo em São Tomé, não será por eu lhos apontar que lhe merecerão atenção.”
      Por favor Sr.Lindor, eu sou uma pessoa já velha de idade, mas julgo de mente aberta e dinâmica, acredite que não tenho uma mente extática, e como tal, por favor e mais uma vez, aponte-me esse N de exemplos, que eu lhes darei a máxima atenção e aceitarei a sua posição de coração aberto.
      Sempre aquele abraço.
      Atento

    • Atento

      14 de Abril de 2015 at 8:40

      Meu caro Lindomar.
      Não é por nada, mas continuo esperando que o senhor me diga os “N exemplos da singularidade da nossa cultura”.
      Sempre aquele abraço.
      Atento

    • Atento

      16 de Abril de 2015 at 10:30

      Meu caro senhor LINDOMAR.
      Continuo esperando a sua resposta sobre os “N exemplos da singularidade da nossa Cultura”.
      O LINDOMAR não tem um único caso da singularidade da nossa cultura, por isso está caladinho que nem rato.
      Custa a engolir meu caro LINDOMAR, mas a realidade é a realidade e não podem andar a falar somente por falar.
      O senhor como tantos outros que por aqui passam , só sabem Fala, Fala e nada mais.
      Passe bem.
      Atento

  7. Curioso

    21 de Maio de 2015 at 15:20

    ATENTO VS LINDOMAR.
    Esperam-se novos episodios

  8. Maria Ana Neves

    26 de Junho de 2023 at 15:55

    A mãe de Almada era são-tomense, de origem angolana.

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