Conhecido como o carnaval tradicional de São Tomé e Príncipe, o “Tlundo”, continua a animar o período carnavalesco no arquipélago, apesar do estilo brasileiro de celebração do carnaval ter invadido o país.
Antigamente, vários grupos de “Tlundo”, percorriam os bairros e comunidades de São Tomé e Príncipe, durante os 3 dias de carnaval. A mensagem normalmente carregada de críticas sociais é transmitida através do crioulo fôrro.
Valé, Butter, Candonga foram os nomes sonantes de actores do Tlundo de São Tomé e Príncipe. Actores do teatro carnavalesco, que levavam comédia, laser, e mensagens de moralização da sociedade, a todos os cantos e recantos da ilha de São Tomé.
No último domingo, o Téla Nón descobriu na Praça da independência o grupo carnavalesco “Fono Pele” da vila da Ribeira Afonso.
Composto por 6 elementos, o grupo de Tlundo, resiste ao modernismo que transformou o período carnavalesco de São Tomé e Príncipe, numa fotocópia desajustada do carnaval brasileiro. As músicas em dialecto fôrro, contam histórias ocorridas na sociedade são-tomense. A pausa da música dá voz aos actores do Tlundo, para interpretarem os acontecimentos que ocorreram no seio de uma família.
O grupo de Tlundo é composto apenas por homens. Dois ou três deles fantasiam-se de mulheres. «Graças a Deus o carnaval tradicional está a ser preservado. O sector da cultura nos envolve em muitas actividades. O carnaval tradicional ajuda a moralizar a sociedade. A mensagem é sempre no sentido de aconselhar os que têm praticado o mal a deixarem de fazer isso. É uma forma de mudar a mentalidade das pessoas», afirmou Helder Godinho, que interpreta o papel de Marina no Tlundo Fono Pele.
Tlundo é uma manifestação cultural são-tomense, que está ameaçada de extinção. « Os nossos avôs não ensinaram os mais novos a participarem no carnaval. Nós temos a missão de transmitir este valor cultural as novas gerações», assegurou Helder Godinho.
Na sua exibição na praça da independência, o grupo Fono Pele da Ribeira Afonso, pôs o público em delírio com o relato de histórias que marcaram a sociedade são-tomense em 2018.
Abel Veiga
manuel pontes
6 de Março de 2019 at 19:16
Estes grupos remanescentes de tlundo tambem devem andar pelas localidades a receberem alguma coisa para pagar o trabalho e o tempo.
Vos de ra
6 de Março de 2019 at 19:40
Este grupp deveria ser apoiado pelo governo e ter mais patrocinio
Martelo da Justiça
28 de Março de 2019 at 12:24
Vai resistir atá quando???