Desporto

UDRA avança com queixa-crime contra a Federação de Futebol

A Federação de Futebol vai ser processada judicialmente pela equipa de UDRA de São João dos Angolares, por ter ficado de fora da Taça dos Clubes Africanos. A Federação de Futebol não conseguiu inscrever o vencedor da Taça de São Tomé e Príncipe, na competição africana.

Depois de tanta polémica a Federação de Futebol não conseguiu que a União Desportiva Rei Amador de São João dos Angolares, fosse inscrita na Taça das Nações Africanas em Futebol.  Isso apesar de ter cumprido com todas as formalidades para a sua inscrição junto a Confederação Africana de Futebol.

António Monteiro, Presidente da UDRA, anunciou no Estádio Nacional 12 de Julho, a frustração dos jogadores e da massa associativa do clube da zona sul de São Tomé que ganhou a taça de São Tomé e Príncipe. «Não fomos tidos nem achados. Num encontro com o Presidente da Federação ele disse que estava a trabalhar para que a UDRA e a Praia Cruz conseguissem um lugar nas respectivas competições. Nós nem se quer tivemos um comunicado da Federação pelo menos a nos consolar, a dizer o motivo da nossa não participação», declarou.

Para que a culpa não morra solteira, a UDRA  diz que vai recorrer a justiça. Já nesta segunda feira uma queixa crime dá entrada no Tribunal. «Estamos com o nosso advogado a preparar um processo para ser submetido ao Tribunal o mais tardar na segunda ou terça feira. Temos que processar a Federação porque a CAF não nos conhece quem nos conhece é a Federação e a Federação é a representante dos clubes além-fronteiras. Caberá a Federação junto ao Tribunal esclarecer quem é culpado, e quem é culpado tem que resolver a situação da UDRA», sentenciou António Monteiro.

O Presidente da UDRA, justifica a queixa-crime com o facto de na última temporada futebolística, ter sido o clube são-tomense que mais dinheiro investiu na preparação dos jogadores, por isso foi vice-campeão nacional e vencedor da Taça de São Tomé.

Segundo António Monteiro, a UDRA investiu mais de 400 milhões de dobras na última época futebolística, quando a média nacional não ultrapassa os 100 milhões de dobras. « Fizemos isso por amor ao desporto a nível nacional e esperávamos da Federação um bom tratamento, e isto não aconteceu», acrescentou.

Pela conquista da Taça de São Tomé e Príncipe recebeu um prémio monetário da Federação de Futebol na ordem de 30 milhões de dobras.

A direcção da UDRA diz que é desprestigiante as equipas são-tomenses vencedoras do campeonato e da taça, terem acesso às competições africanas por desistência de outros clubes. «A Federação é a principal culpada. O Praia Cruz teve acesso porque uma das equipas desistiu. A UDRA deve jogar a taça africana pelo seu mérito próprio, e não porque uma outra equipa desistiu. Não concordo com esse tipo de trabalho», concluiu.

Abel Veiga

10 Comments

10 Comments

  1. carlos

    17 de Janeiro de 2014 at 21:53

    E o nosso leve leve

  2. Odair Costa

    18 de Janeiro de 2014 at 8:38

    Eu desejo muita força a equipa da UDRA e que tenha uma esperança ainda e não tomar decisões ainda,se o Presidente da FSF não comunicou nada a UDRA é porque ele esta trabalhando junto com CAF para conseguir uma solução para participação da UDRA. A esperança é ultima coisa a morrer,tenham esperança.

  3. Dadán

    18 de Janeiro de 2014 at 10:44

    Concordo com UDRA
    Devem meter a CAF no tribunal.
    Quando foi para multar o nosso País na impossibilidade de participarem as nossas equipas nas competições africanas o ano passado, não pensaram 2 vezes.
    Tanto na liga dos campeões como na liga das taças africanas, Sao Tomé e Principe tem o seu lugar garantido com as duas equipas vencedores destes torneios nacionais. Força

    • floga bodon

      18 de Janeiro de 2014 at 19:09

      Sr. Dadan e Odair Costa. Acordem, já não há trabalho nenhum a fazer. Inscriçoes já estão fechadas. Praia Cruz, apanhou a carruagem não sei como? Talvez, outras pessoas aqui no país, o padrinho do próprio clube deu uma mão e , lá, repescaram o Praia Cruz. Com a UDRA já não há nada a fazer e UDRA, faz muito bem avançar para os Tribunais com a FSF e, lá Pachire vai dizer ao Juíz quem falhou. UDRA não tem nada a ver com a CAF. E é a FS quem pura e simplemente deve responderpela sua incompetência.

  4. Zezinho

    19 de Janeiro de 2014 at 17:18

    Viva UDRA, pela tomada de uma decisão correcta. Anteriormente, até havia alguma esperança, hoje, concluo que essa gente está a fazer pior do que administração do Dênde. Acredito, que, não inscrever as equipas é grave, pior ainda, convidar um treinador, cria-lo expectativas e depois, deixo-lo no campo como um cão: é o que aconteceu com o mister Vady com os III jogos da Lusofonia. Eu sou do Príncipe. Não admito esta pouca vergonha. Aqui na região, somos tratados pior que animal por essa gente de São Tomé. Uma Federação, que, nunca fez nada para Príncipe. Convem dizer que o centro de estágio é obra do Sr. Manuel Dênde. A verdade deve ser dita. E acredita, que, estou muito chateado. Essa gente da Federação, devia, ser destituído com um abaixo assinado, a partir daqui da Região do Príncipe. É inadimissível Sr. Pachire , é demais. Chega. Chega…é muita humilhação.

    • Fókótó

      21 de Janeiro de 2014 at 17:21

      Se você é de Príncipe, ausculta antes a Associação Regional de Futebol de Príncipe antes de dizer baboseiras.
      Só se atira pedradas às mangueiras que dao boas mangas, por isso se justifica este ataque fútil à FSF.
      Força FSF que estais fazendo bom trabalho para este País, mesmo se errar , que nem é o caso, só erra quem faz obras.

    • Fókótó

      21 de Janeiro de 2014 at 17:26

      Na era do Dende, que paz tenha a sua alma, quantos campeonatos se realizaram no Principe durante 14 anos?
      Tinham ouvido sequer falar no Principe sobre a liga dos campeoes africanos e da taça das confederações?
      Com o Dende o centro do estagio no principe era uma ilusao que nunca chegaria ao fim, pois se falava disso ha mais de 6 anos e nada vinha acontecendo.

  5. qua li

    20 de Janeiro de 2014 at 15:08

    meu caro compatriota odair costa, em são tomé e príncipe a esperança de todos os santomenses é a primeira coisa a morrer,porque num país com gentes que agem assim não esperança que perdure.
    não sei se incompetência ou sei la o que,porque quem investe no futebol santomense são pessoas realmente com um certo amor ao desporto.
    e deveriam pelo menos receber um certo respeito.

  6. Falar Direito

    20 de Janeiro de 2014 at 16:33

    É o país que temos infelizmente. A CAF (Confederação Africana de Futebol) ainda não consegue organizar bem as ligas Africanas, é lamentável.

  7. Manú

    21 de Janeiro de 2014 at 16:22

    É muita vergonha, a situação do nss futebol. A CAF já nem nos respeita e, mete Praia Cruz na liga pela porta de cavalo. Alguem tem de pôr termo a esta situação. E a UDRA nemviu a vaga. Nem foi nem tido nem achado, a Federação nem está aí, o Ramon Prazeres quando falou na rádio Jubilar sobre o ”caso Valdir Viegas”, tinha razão os nossso compatriotas do Príncipe são tratado enfim… exemplo foi o desfecho do Sporting do Príncipe na Liga e nem sabem (oficialmente) que foram duas vezes castigados pela CAF. Multa e suspensão de três anos.

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