PARCERIA – Téla Non / Rádio ONU
Chefe da agência quer prioridade aos civis nos esforços para restaurar estabilidade e Estado de direito; cinco jornalistas de televisão e um profissional de imagem perderam a vida em situações distintas.
Unesco quer liberdade de expressão. Foto: ONU/Evan Schneider
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, apelou esta sexta-feira ao respeito à liberdade de imprensa na Líbia após a confirmação da morte de seis jornalistas nos últimos meses.
Em nota publicada em Paris, Irina Bokova revela a sua grande preocupação com a segurança dos profissionais de informação no país do norte de África.
Instabilidade
A chefe da Unesco destaca que as liberdades de imprensa e de expressão devem ser protegidas, especialmente em tempos de insegurança e de instabilidade, quando a necessidade de informação pública “torna-se absolutamente crucial”.
Trata-se dos jornalistas televisivos Muftah al-Qatrani, Khaled Al Sobhi, Younes Al Nawfali, Abdallah Al Karkaai, Yousef Boh e do fotógrafo egípcio Mohamed Jalal.
Para a representante, a segurança dos civis, incluindo a desse grupo de profissionais, deve ser tida como uma prioridade em todos os esforços para restaurar a estabilidade e o Estado de direito na Líbia “.
Jornalistas de Televisão
No dia 22 de abril, foi encontrado o corpo do correspondente Muftah al-Qatrani, da TV Al-Wataniya em Bengazi, no escritório da produtora que era gerida por ele.
Poucos dias depois, os corpos de quatro jornalistas líbios e do egípcio que, trabalham para TV Barqa, foram achados por militares numa área de floresta no leste de Benghazi.
A identidade dos cinco jornalistas foi revelada oito meses, após o seu desaparecimento em agosto passado. Agências de notícias dizem que a descoberta foi feita em Al Bayda, perto do local do rapto.
Quando o grupo foi sequestrado estava a viajar no território controlado maioritariamente por milícias extremistas.