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Estudo alerta para o potencial de aceleração das infeções e mortes pelo HIV

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Onusida quer mais investimento para o fim das contaminações e um maior acesso ao tratamento antirretroviral em  países mais afetados; tratamento e prevenção requerem até 2% do Produto Interno Bruto dessas economias.

 

Maior acesso ao tratamento antirretroviral. Foto: Unaids

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um relatório publicado esta quinta-feira pede foco dos países mais afetados pelo vírus da sida no combate a novas infeções e na expansão do acesso ao tratamento antirretroviral. Caso contrário, estes correm o risco de registar uma aceleração da epidemia.

O estudo Vencendo a Sida – Avançando a Saúde Global foi lançado em Londres pela Comissão do Programa das Nações Unidas sobre o HIV/Sida, Onusida, e do boletim médico the Lancet.

O copresidente do grupo, Peter Piot, disse que com a atual taxa de infeção as medidas em curso vão continuar insuficientes para deter as mortes em vários países.

O pesquisador lembrou que mais de 2 milhões de infeções anuais foram confirmadas em 2014. O Onusida anunciou ainda cerca de 1,5 milhão de mortes devido à sida no ano passado.

Além de expandir o tratamento sustentado, a sugestão de Piot é que sejam impulsionados os esforços de prevenção em especial entre populações de maior risco. O outro factor é acabar com a discriminação legal e na sociedade.

Mais Investimento

O documento chama a atenção para a necessidade de mais investimentos, particularmente nos países de baixa renda com um elevado fardo do HIV.

Uma das conclusões é que para sustentar os esforços atuais de tratamento e prevenção do HIV seriam precisos até 2% do Produto Interno Bruto, PIB, nos países africanos mais afetados. Para financiar o tipo de ações, os governos precisariam de pelo menos um terço do total das despesas de saúde até 2030.

O estudo defende que o facto expõe a necessidade de apoio internacional aos esforços para combater a sida  por muitos anos nessas nações. Para as economias de renda média, o estudo revela haver necessidade urgente de garantir que as pessoas não são deixadas para trás.

Populações

Ao grupo de países, o apelo é que mais seja feito para manter a prevenção, o tratamento do HIV e a programação para populações de maior risco que são geralmente marginalizadas.

O diretor executivo do Onusida, que também coordena a comissão, pediu ação imediata ao explicar que os próximos cinco anos dão uma frágil janela de oportunidade para acelerar a resposta e acabar com a epidemia até 2030.

Michel Sidibé disse prever consequências catastróficas em termos de consequências humanas e financeiras se isso não for feito.

Recursos

Para ele, durante o próximo quinquénio a transmissão do HIV e as mortes relacionadas à sida “poderiam ser muito reduzidas e virtualmente eliminadas as contaminações de mãe para filho ” nos próximos 15 anos.

Como forma de se alcançar a meta o chefe do Onusida quer um aumento dos recursos aliado a uma utilização mais estratégica e eficiente.

Serviços de Saúde

O estudo realça o Quénia, por ter programas maximizados pelo efeito de  combinações adaptadas às necessidades e contextos de populações de maior risco e em locais geográficos com alta prevalência do HIV.

Ao mesmo tempo, o estudo recomenda sinergias com os serviços de saúde tradicionais e uma visão de longo prazo para garantir a sustentabilidade das conquistas, incluindo o tratamento antirretroviral de alta qualidade.

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1 Comment

1 Comment

  1. Zé cangolo

    26 de Junho de 2015 at 12:20

    Falta de nocicias TELANON?????

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