PARCERIA – TÉLA NON / RÁDIO ONU
Editor-chefe do jornal Diário de Notícias foi enterrado esta terça-feira após ter sido morto a tiros; Machava foi repórter na Rádio Moçambique e num dos semanários independentes do país.
Foto: Unami
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Irina Bokova, pediu esta terça-feira uma investigação sobre o assassinato do jornalista moçambicano Paulo Machava em Moçambique.
O editor-chefe do jornal eletrónico Diário de Notícias perdeu a vida após ter sido baleado na manhã de quinta-feira em Maputo.
Medidas Imediatas
Os relatos referem que homens não identificados deram quatro tiros quando a vítima fazia a sua caminhada habitual. Agências de notícias locais informaram que a polícia local estava a apurar o caso.
Em nota, Bokova exorta as autoridades moçambicanas a tomar “medidas imediatas para lançar luz sobre o crime”.
Assassinatos sem Rosto
Um apelo no mesmo sentido foi feito pelo secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas de Moçambique, Eduardo Constantino, que falou à Rádio ONU, de Maputo, momentos após o enterro do profissional de informação.
“O funeral já teve lugar. Que as autoridades policiais possam investigar com isenção este assassinato do colega Paulo Machava e levar à justiça os seus autores materiais e morais, de modo a que possam ser punidos exemplarmente. Não podemos continuar nesta senda de assassinatos sem rosto neste país, que se pretende que seja democrático”.
Informação
Conforme Irina Bokova, não deve ser permitido que as armas silenciem os meios de comunicação e privem as pessoas da informação de que têm direito de receber das mais várias fontes.
Paulo Machava trabalhou para a estação pública, Rádio Moçambique, e para o semanário independente Savana.
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