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Retrospectiva 2015: o ano nas Missões de Paz da ONU

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Para o diretor do Escritório para Parcerias Estratégicas para Operações de Paz da ONU, general Paul Cruz, os boinas azuis “continuam fazendo a diferença”; em entrevista à Rádio ONU, ele falou sobre missões na África, sobre emprego de tecnologia e sua experiência como comandante das forças da ONU no Haiti.

 

Soldados de paz da ONU no Haiti.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

“Os soldados de paz da ONU continuam fazendo a diferença”. Esta é a avaliação do diretor do Escritório para Parcerias Estratégicas para Operações de Paz das Nações Unidas, general Paul Cruz, em seu balanço sobre 2015.

“Os nossos peacekeepers continuam fazendo a diferença. Muitos esforços foram desenvolvidos pelas Nações Unidas neste último ano. Nós também vimos que o ano de 2015 foi um ano de grandes desafios e, apesar de tudo, as missões continuaram a entregar o resultado dos mandatos. Apesar de terem sofrido ataques assimétricos, das dificuldades do terreno, do isolamento, das restrições até dos países anfitriões, dificuldades de toda ordem, apesar de tudo isso, as missões avançaram e mais acordos foram obtidos, tensões reduzidas.”

Oportunidade da Paz

Para o general, “agora cabe continuar” este trabalho, “no sentido de favorecer o processo político e oferecer às populações a oportunidade de uma paz”.

Sobre 2015, ele destacou os relatórios do secretário-geral e do Painel de Alto Nível sobre Operações de Paz, iniciativas tomadas pelos Estados-membros e mencionou a questão da tecnologia.

Tecnologia

“Nós vimos também já consequências do painel de alto nível sobre o emprego de tecnologia em operações de paz, nós vimos já a aplicação de tecnologias do século XXI. Como diz o nosso subsecretário-geral, [Hervé] Ladsous, operações de paz do século XXI precisam operar com teconologias do século XXI, precisam desenvolver todo o escopo da sua forma de operação empregando estes novos meios que estão disponíveis.”

O general mencionou ainda a introdução do uso de “aeronaves remotamente pilotadas” pela Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, e o emprego de uma força de intervenção por esta missão, o que chamou de “excepcional”, diante de uma circustância “delicada”.

Solução dos Conflitos

A ONU tem no momento mais de 107 mil boinas azuis uniformizados, militares e policiais, de 122 países, servindo em 16 missões.

Na entrevista à Rádio ONU, o general Paul Cruz mencionou que cada missão de paz tem o seu mandato, determinado pelo Conselho de Segurança.

“Esses mandatos procuram chegar na solução das causas do conflito, mediante negociações, todo um dispositivo preparado para que as partes em conflito possam resolver suas questões e que haja um processo de solução política. Entretanto, nós vemos que muitos conflitos têm trazido grande sofrimento para as populações, então, nós vemos que a proteção de civis tem sido presente em praticamente todos os mandatos.”

Ataques

Ele destacou a participação de grupos armados não-estatais nos conflitos, mencionou ataques a forças de paz da ONU e defendeu a importância da manutenção dos princípios das missões de paz.

“A ONU tem sofrido alguns ataques assimétricos, mas ela tem que permanecer, tem que se ater, aos princípios fundamentais das operações de paz. Eu falo do consentimento das partes, de imparcialidade e do não uso da força a não ser na defesa própria ou do mandato. Aí entram as regras de engajamento e as diretrizes para o uso da força, no caso policial. Isso vai determinar todo o planejamento das medidas de proteção.”

Na entrevista à Rádio ONU, o general falou ainda sobre as Missões das Nações Unidas no Mali e na República Centro-Africana e citou a política de “tolerância zero” do secretário-geral em relação a alegações de abusos.

Ele também mencionou sua experiência como comandante das forças da Missão de Estabilização da ONU no Haiti, Minustah, no período após o terremoto que atingiu o país em 2010.

Confira a entrevista completa do general Paul Cruz.

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