PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
PMA revelou que desnutrição aguda regista o nível mais alto dos últimos 15 anos; agência precisa urgentemente de mais de US$ 6 milhões para oferecer ajuda durante este mês.
Mais de 16,6 mil cabeças de gado diverso foram perdidas o Zimbabué. Foto: Ocha
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, quer alargar a sua assistência ao Zimbabué onde pelo menos uma em cada três pessoas das zonas rurais vai sofrer insegurança alimentar em março.
Cerca de 2,8 milhões de pessoas não têm o que comer, no que reflete um aumento de 1,3 milhões, em relação à avaliação dos modos de vida no campo que foi lançada há um ano.
El Niño
O Governo do Zimbabué declarou estado de desastre nacional a 4 de fevereiro devido à seca causada pelo fenómeno climático El Niño.
Os resultados preliminares de uma análise rápida revelam que a insegurança alimentar rural aumentou entre 16% a 30%. A desnutrição aguda em todo o país ronda os 7%, o que representa o nível mais alto registado em 15 anos.
A agência da ONU disse ter alcançado perto de 432 mil pessoas com a assistência durante as distribuições feitas em janeiro. Entretanto, são necessários US$ 6,1 milhões para prestar ajuda em março.
Plano de Resposta
Após a Revisão da Avaliação Rápida do PMA, a agência disse que prepara um plano de resposta para o país.
Até dezembro, será preciso US$ 1,5 mil milhão para oferecer ajuda humanitária em todos os setores.
As províncias mais afetadas são Manicalândia, Matabelelândia e Mashonalândia Ocidental. Os níveis de precipitação nas áreas de Midlands, Masvingo e Mashonalândia Central foram metade do normal na atual época chuvosa.
As dificuldades nessas regiões incluem a morte de animais como resultado da seca. Mais de 16,6 mil cabeças de gado diverso foram perdidas.
De acordo com a agência da ONU, as famílias vendem os bens que usam para produzir devido à diminuição das suas oportunidades de rendimento com a venda de grãos e com o trabalho ocasional.
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