PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Após aparecer na Turquia, há três anos, dermatite nodular se espalhou rapidamente pelo sudeste da Europa; seis países foram afetados até o momento por vírus que não ataca humanos, mas pode causar grandes perdas econômicas.
Gado na Nigéria. Foto: Arne Hoel/Banco Mundial
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Trinta e seis especialistas de 22 países europeus começam nesta segunda-feira um treinamento nos laboratórios da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, sobre como detectar rapidamente a dermatite nodular, uma doença que afeta o gado.
A doença é altamente contagiosa e está se espalhando em rebanhos da Europa, após contaminar rebanhos inteiros na África e na Ásia.
Europa
A dermatite nodular, como é conhecida, foi notificada na Turquia em 2013.
Desde então, a doença se espalhou rapidamente pelo sudeste da Europa e foi detectada até o momento em seis países europeus: Grécia, Bulgária, ex-República Iugoslava da Macedônia, Sérvia, Albânia e Montenegro. Novos casos são registrados semanalmente.
Transmissão
O vírus, altamente contagioso, é transmitido através do contato direto com animais infectados e produtos contaminados, além de moscas e carrapatos.
Embora não represente uma ameaça a humanos, a dermatite nodular pode se espalhar entre animais e fazendas, causando grandes perdas econômicas.
Os sintomas da doença são lesões na pele. Nos países afetados, houve impacto sobre a produção de leite, de carne e do couro. Desde 2015, mais de 600 surtos na Europa foram notificados à Organização Mundial da Saúde Animal, OIE.
A crise levou ao abatimento de mais de 10 mil. Segundo o chefe do laboratório conjunto de proteção e saúde animal da Aiea e da Organização das Nações Unidas para Agricutura e Alimentação, FAO, a dermatite nodular “sempre foi considerada exótica na Europa”.
Por isso, de acordo com Giovanni Cattoli, “muitos laboratórios da região não estão preparados para detectar o vírus ou diferenciar suas várias cepas”.
Treinamento
O treinamento de duas semanas está sendo realizado em um laboratório conjunto da Aiea e da FAO em Seibersdorf, na Áustria. As sessões são uma resposta aos pedidos dos Estados-membros por apoio urgente na preparação e controle da doença.
Os participantes, a maioria de países da Europa central e oriental, vão aprender a usar técnicas que podem detectar o vírus em três horas e ajudar a rastrear sua origem e propagação.
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ANCA
18 de Agosto de 2016 at 6:49
Acham que o resultado deste estudo vai estar disponível de imediato aos Países Africanos?
As instituições de Países Africanos afectados devem mobilizar saber mais, contribuir, investigar, ir a procura o conhecimento sobre a doença.
Se a perdas económicas avultadas na Europa de que está a espera a África? Ou instituições Africanas?
A solução ou soluções, jamais deve/devem ser única ou a mesma, mediante a características do clima, alimentação, habitat de cada espécies animais.
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