PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Alerta consta do Panorama Mundial do Emprego 2016 para jovens, que mostra tendência de alta; relatório mostra que 40% dos jovens empregados no Brasil estão no mercado informal; entre os adultos, o índice é de 20%.
Desemprego global entre os jovens deve atingir 71 milhões em 2016, de acordo com relatório da OIT. Foto: ONU/Evan Schneider
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O relatório Panorama Mundial do Emprego 2016: Tendência para a Juventude, preparado pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, mostrou que o desemprego global entre os jovens deve atingir 71 milhões este ano, indicando uma tendência de alta.
Segundo o documento, o índice de desemprego desse grupo deve chegar a 13,1% em 2016 e se manter nesse nível até o ano que vem. Em 2015, a taxa foi de 12,9%.
Brasil
Em entrevista à Rádio ONU, o diretor do escritório da OIT em Nova York, Vinícius Pinheiro, falou sobre a situação no Brasil.
“No Brasil, por exemplo, 40% dos jovens estão em empregos informais. O que é fundamental é que o desemprego é somente a ponta do iceberg. Por exemplo, no mundo, aqueles que têm o privilégio de ter um emprego, 38% ganham menos do que US$ 1,90 por dia, que é o patamar inferior à linha de pobreza. E os jovens também estão mais propenso a empregos precários e empregos temporários.”
O relatório da OIT diz ainda que 156 milhões, ou 37,7% dos jovens trabalhadores vivem em pobreza extrema ou moderada, comparado com 26% dos adultos.
Segundo a agência da ONU, “o alarmante crescimento do desemprego nesse grupo e os níveis preocupantes dos jovens que trabalham mas ainda vivem na pobreza representam a dificuldade para se atingir o objetivo de acabar com a pobreza até 2030”.
Homens e Mulheres
O documento mostra ainda grande disparidade entre a participação de jovens, homens e mulheres, no mercado de trabalho.
No caso dos homens, essa participação chega a 53,9%, e em relação às mulheres, apenas 37,3%, uma diferença de mais de 16 pontos percentuais.
O desafio é ainda maior no sul da Ásia, no Oriente Médio e no norte da África, onde a presença feminina no mercado de trabalho varia entre 30% e 32%.
A previsão do desemprego somente na América Latina e no Caribe deve chegar a 17,1% em 2017, o que representa 9,3 milhões de jovens.
A situação também motiva a migração. No mundo, em média, 20% dos jovens entre 15 e 29 anos disseram que estão dispostos a ir para outros países permanentemente.
Mas esse índice é muito maior se analisado por regiões, por exemplo, na América Latina e no Caribe e na África Subsaariana, a taxa sobe para 38%, seguida de perto pelos jovens do leste europeu, com 37%.
Novo Enviado
No início de agosto, o secretário-geral da ONU anunciou o novo enviado especial para o Emprego de Jovens. É o ex-chanceler austríaco Werner Faymann.
Seu objetivo vai ser aumentar os esforços das Nações Unidas para lidar de forma consistente com os altos índices de desemprego nesse grupo no mundo inteiro.
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Jorge Trabulo Marques
26 de Agosto de 2016 at 10:07
O liberalismo selvagem, que tem os seu seguidores em todo o planeta, através da chamada da Nova Ordem Global, é no que dá: trabalho precário e desempedirnamos, em qualquer momento o patrão pode chutar com o empregado; quem não lamber as botas ao grande capital e seus testas de ferro, é saneado, não arranja trabalho: S. Tomé e Principie, vai pelo mesmo caminho: no retrocesso económico, social e politico – Pois, pela primeira vez, nos seus 41 anos de país, livre e independente, vai ter um presidente da República, que foi um dos quadros do tempo colonial – E depois ainda dizem que os colonistas negros, acabam de sair.