PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho custam US$ 105 mil milhões por ano para a África Subsaariana; relatório do Pnud revela que taxa de casamento precoce é relativamente alta no continente.
Na África Subsaariana, a responsabilidade de procurar e colher água é, em 71% dos casos, de meninas e de mulheres. Foto: ONU/Albert González Farran
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, divulgou este domingo um relatório sobre a situação em África. A agência da ONU revela que o continente só alcançará as suas metas de desenvolvimento a partir do momento em que as mulheres tiverem as mesmas oportunidades que os homens.
A região da África Subsaariana, por exemplo, precisou gastar em 2014 quase US$ 105 mil milhões para arcar com os custos das desigualdades de género no mercado de trabalho.
Diferença Salarial
Na região, entre as mulheres que não estão no sector agrícola, 66% têm empregos informais. E para cada US$ 1 que homens trabalhadores ganham nas indústrias de manufatura, serviços e comércio, as mulheres recebem o equivalente a US$ 0,70.
Atualmente, as mulheres africanas conseguem obter apenas 87% dos benefícios de desenvolvimento humano na comparação com os homens. Ainda na África Subsaariana, a responsabilidade de procurar e colher água é, em 71% dos casos, de meninas e de mulheres.
ODS
Se a autonomia feminina for respeitada no continente, será possível colocar África num bom ritmo de crescimento económico e garantir o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
O Pnud defende que os países africanos acelerem ações e leis em prol da igualdade entre homens e mulheres, uma vez que as medidas terão impactos diretos no desenvolvimento.
Outro dado interessante do relatório está ligado à taxa de casamentos precoces, que gira em torno dos 40% na África Ocidental e na região central do continente.
*Apresentação: Denise Costa.