PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Vice-chefe do Programa das ONU para o Meio Ambiente destaca que caça “não faz nenhum sentido moral, económico e político”; censo mostra que população de elefantes na savana africana diminuiu em 30%.
144 mil elefantes mortos. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Um censo realizado em África mostrou que a população de elefantes nas savanas do continente reduziu em 30% entre 2007 e 2014. No período, 144 mil elefantes foram mortos.
O vice-chefe do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, reagiu aos resultados da pesquisa e condenou a caça. Ibrahim Thiaw afirmou que a prática não faz nenhum sentido moral, económico ou político.
Mali
O representante, que nasceu na Mauritânia, explicou que os elefantes já estão extintos em seu país. Thiaw espera que isso não ocorra em outras nações, apesar de já ser uma possibilidade iminente nos Camarões e no Mali.
O vice-chefe do Pnuma tem esperança, uma vez que em alguns países africanos, as populações de elefantes estão a aumentar. Thiaw lembrou do apoio do público, dos políticos e do sector privado em campanhas como a Feroz pela Vida, uma iniciativa da ONU em prol dos animais selvagens.
Turismo
O especialista avalia que os países africanos estão a ver que essas espécies tem mais valor vivas do que mortas, uma vez que podem gerar renda por meio do turismo. Esses rendimentos tem potencial para financiar projetos de educação, saúde e facilitar o crescimento económico.
Ibrahim Thiaw disse que os números do censo são “deprimentes”, mas é possível resolver a crise e salvar os elefantes desde já.
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