PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Declaração foi feita pela agência da ONU para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade para Crimes contra Jornalistas, este 2 de novembro; os criminosos ficam impunes em 90% dos casos.
Dia Internacional pelo Fim da Impunidade para Crimes contra Jornalistas. Imagem: Unesco
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, afirmou que na última década, mais de 800 jornalistas foram assassinados, em todo o mundo, por causa de suas reportagens.
Isso representa, em média, uma morte por semana, sendo que em 90% dos casos, os responsáveis pelas mortes não são punidos.
Sistema Judiciário
A agência da ONU fez a declaração para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade para Crimes contra Jornalistas, este 2 de novembro.
Segundo a Unesco, “a impunidade leva a mais assassinatos e é geralmente um sintoma da piora de um conflito ou da falência do sistema judiciário”.
A agência afirmou que a impunidade causa danos a toda a sociedade cobrindo sérios abusos de direitos humanos, corrupção e crimes.
Esforços
Segundo o Comitê para Proteger Jornalistas, somente neste ano foram assassinados 52 profissionais da imprensa. Isto leva 2016 a registrar 3 vezes mais o número de mortes do que anos anteriores.
Governos, sociedade civil, imprensa e todos os preocupados em garantir o Estado de Direito estão sendo convidados a participar dos esforços para acabar com a impunidade.
Em reconhecimento às consequêcias da impunidade, especialmente em relação aos crimes contra jornalistas, a Assembleia Geral da ONU adotou resolução criando a data.
Somente em 2015, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, condenou o assassinato de 115 trabalhadores da mídia, em 2012, o pior ano para o setor, o número de mortes registradas oficialmente chegou a 123.
Segundo relatório da agência, menos de 7% dos 593 assassinatos de jornalistas foram esclarecidos entre 2006 e 2013.