PARCERIA – Tèla Nón / Rádio ONU
Ex-presidente português faleceu neste sábado em Lisboa aos 92 anos; em nota, o secretário-geral da ONU afirmou ter recebido notícia com a profunda emoção e agudo sentimento de perda”; Guterres defendeu que legado de Soares “ultrapassa em muito as fronteiras de Portugal”.
Mário Soares discursa na Assembleia Geral da ONU. Foto: Arquivo ONU.
Laura Gelbert, da ONU News em Nova Iorque.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou ter recebido com “profunda emoção e agudo sentimento de perda” a notícia do falecimento do ex-presidente de Portugal, Mário Soares, neste sábado em Lisboa aos 92 anos.
Guterres expressou suas “sentidas e amigas condolências” aos familiares de Mário Soares e disse já ter falado com os filhos do ex-presidente português, Isabel e João, a quem expressou sua “solidariedade neste momento doloroso”.
Empenho político
Em nota emitida por seu porta-voz em inglês e português, o chefe da ONU declarou que Mário Soares “moldou a vida política em Portugal de forma indelével”, por “seu empenho político firme e corajoso e pelos princípios e valores que coerentemente prosseguiu ao longo da vida”.
O secretário-geral defendeu que a “liberdade foi sempre valor de referência” de Soares.
Para Guterres, “em grande medida” é ao ex-presidente que deve-se a “democracia, a liberdade e o respeito pelos direitos fundamentais de que todos os portugueses puderam usufruir nas últimas décadas e que são hoje valores adquiridos” ao país.
Homenagem
No comunicado, o secretário-geral afirma prestar sua homenagem a Mário Soares, certo de que ele estará na “memória e na história” de Portugal como “um homem livre que quis que todos vivessem em liberdade e que lutou toda uma vida para que isso fosse possível”.
Mário Soares discursa na Assembleia Geral da ONU.
Para Guterres, “a dimensão do legado” de Mário Soares, no entanto, “ultrapassa em muitos as fronteiras de Portugal”.
Segundo o chefe da ONU, ao ex-presidente deve-se “a plena integração” do país à comunidade internacional. Guterres defendeu ainda que o apego de Soares “à liberdade e à democracia fazem dele um dos raros líderes políticos de verdadeira estatura europeia e mundial”.
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Nuno De Menezes
8 de Janeiro de 2017 at 15:02
Perder alguém que amamos para a morte é injusto e cruel, mas infelizmente esse é o destino de todos aqueles que vivem. Sei que está sofrendo muito, mas a única forma de superar essa dor é aceitando a realidade e tentar encontrar conforto nos braços de quem ficou e nas memórias de quem se foi.
Encare esta despedida como um adeus temporário, pois quem se foi agora apenas partiu mais cedo e na eternidade voltarão a encontrar-se. Tenha fé e força, e continue lutando pela sua vida e assim prestará homenagem a quem partiu.
Nuno Menezes
Reino Unido, Lincoln