Embaixador do país apresentou iniciativa num discurso nas Nações Unidas; aposta das autoridades é dar maior poder económico às mulheres; estudo coloca o país em 11º lugar em termos de participação e oportunidade entre os géneros.
Bandeira de Cabo Verde
Eleutério Guevane, da ONU em Nova Iorque.
Cabo Verde apresentou ao mundo o Observatório de Género on-line, recentemente lançado no país, como um instrumento importante para monitorar políticas de igualdade.
Falando na 61ª sessão da Comissão sobre o Estatuto das Mulheres, CSW, o embaixador cabo-verdiano junto à ONU, José Luís Rocha, citou várias medidas do governo para criar políticas de assistência social.
Trabalho
A meta é impulsionar o avanço feminino integrando as pessoas envolvidas no trabalho vulnerável e permitir que as atividades não pagas sejam consideradas nas contas nacionais.
O embaixador mencionou um estudo recente do Fundo Monetário Internacional, FMI, que coloca o país no 50º lugar entre as 145 nações do Índice sobre Disparidades de Género do Fórum Económico Mundial.
A pesquisa coloca Cabo Verde na primeira posição, ao lado da Finlândia, na categoria de saúde e sobrevivência, mas na 11ª em termos de participação e oportunidade entre os géneros.
Formação
As medidas para ultrapassar os desafios incluem a aposta das autoridades para dar poder económico às mulheres, reforçando o acesso e a qualidade da educação, as oportunidades de formação profissional e de aprendizagem.
As outras áreas que estão a ser reforçadas são os sistemas e cuidados de saúde, além de integrar perspetivas de género nas políticas, no planeamento e no orçamento.
O representante cabo-verdiano falou de uma transição demográfica que o país enfrenta com impactos económicos e sociais na qual as autoridades consideram essencial manter “investimentos fiáveis e sólidos”.
Na fase de mudanças o foco está na juventude e nas mulheres para que participem num crescimento económico sustentável e na criação de mais empregos produtivos e decentes.
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