Os governos são-tomense e nigeriano que se reuniram na última sexta-feira, na capital são-tomense, em mais uma reunião do conselho ministerial conjunto, decidiram pela redução em mais de 2 milhões de dólares do orçamento do órgão que gere os recursos petrolíferos e não petrolíferos da zona de exploração conjunta.
O conselho ministerial conjunto é o órgão criado pela Nigéria e São Tomé e Príncipe para decidir sobre todos os aspectos relacionados com a exploração de petróleo na zona conjunta. O décimo nono encontro realizado em São Tomé foi inconclusivo.
Segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Salvador dos Ramos, vários assuntos inscritos na agenda acabaram por ficar pendentes. As duas partes decidiram marcar para início de 2011, uma reunião extraordinária para decidir sobre tais assuntos, nomeadamente a construção do edifício sede da organização em Abuja.
No que concerne a exploração propriamente dita de petróleo, para além do bloco 1 que foi perfurado no ano 2006, e que recentemente saiu das mãos da companhia americana Chevron Texaco, e passou para as mãos da francesa TOTAL, 3 outros blocos de petróleo da zona conjunta foram perfurados no ano 2009.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros Salvador dos Ramos, foi parco em palavras sobre o futuro dos respectivos blocos de petróleo. «Nós estamos a fazer progressos, mas era bom que viéssemos ao público dizer coisas mais concretas. Mas há progressos assinaláveis», referiu o ministro.
No fundo apenas o orçamento da Autoridade Conjunta órgão que gere os recursos na fronteira comum, mereceu tratamento na reunião de São Tomé. Os dois países decidiram reduzir o orçamento da Autoridade Conjunta em mais de 2 milhões de dólares. «O orçamento que foi-nos presente e em execução até final de 2010, é um orçamento de mais de 14 milhões de dólares. Mas tendo em conta as medidas de contenção que se toma hoje por toda a parte, o conselho ministerial conjunto decidiu reduzir o orçamento proposto para 2011. A redução atinge cerca de 2 milhões e meio de dólares», explicou salvador dos Ramos.
No entanto em caso de urgência, as duas partes comprometeram-se em injectar mais dinheiro na autoridade conjunta. «Naturalmente que alguns engajamentos que a organização terá, se o cumprimento desses engajamentos exigir valores adicionais, nesta altura o conselho de administração da autoridade conjunta, solicitará a devida autorização do conselho ministerial conjunto que depois agirá em conformidade», concluiu.
Desde o ano 2003 que São Tomé e Príncipe e a Nigéria colocaram blocos de petróleo da sua zona económica exclusiva no mercado internacional, sem resultados práticos em termos de exploração real dos recursos.
Abel Veiga
MASCARADO
6 de Dezembro de 2010 at 15:04
O povo exige mais transparência.
A autoridade conjunta tem que fazer publicações mensais sobre as suas actividades. Por enquanto as coisas estão muitos escuras. Gostaria de saber quem faz quê nesta organização? Qual é função deste organismo? Gerir dossiês? Quais dossiês?
Já existe exploração de petróleo na zona conjunta ou não?
Se existe, o que se tem feito do montante (o valor da venda de baril de p.)?
Qual diferença entre a autoridade conjunta e a organização que gere a exploração do petróleo da ZEE? São duas organizações diferentes ou 1 em 2?
É que estive no site desta organização e não aprendi nada.
QUERO SABER MAIS!
Macarofe
6 de Dezembro de 2010 at 16:37
Embora em matéria petrolífera envolve muito dinheiro, entendo que é muito dinheiro, 11.500 milhões de dólares? Orçamento para um ano?
Credo…….! 10% do orçamento Geral do Estado. Eu também quero esse emprego na Zona conjunta….
Alberto Nascimento
6 de Dezembro de 2010 at 16:50
A Assembleia Nacional Nigeriana é constituida por 500 pessoas, consomem 25% do budget annual num pais a onde existem mais de 150 millions de pessoas.
Os Politicos em Sao Tome têm feito muito bem com os seus objectivos de seguir a Nigeria.
Todo este negocio do petrol em STP tem me mostrado o perfil das pessoas que Lideram esse pequeno berço.
Bando de Intelectuais…
Pumbu
6 de Dezembro de 2010 at 20:47
… isso de negocios com o nosso petroleo esta que nem uma gaita!!! os membros da comissao conjunta nao representam stp: parecem ser nacionais da “petrogeria”
Obama
7 de Dezembro de 2010 at 11:58
O acordo alcançado com a Nigéria foi de facto algo histórico mas n devemos ficar apenas por aí. Devemos aproveitar ao máximo todas as suas potencialidades, nomeadamente na obtenção de conhecimentos, experiencias no mundo dos petróleos e projectar o País numa expansão a larga escala. O petróleo n pode ser apenas para meia dúzia de gatos pingados que so defendem os seus próprios interesses em vez de responderem pelo País. Cabe também ao Povo, exigir dos políticos uma maior clarificação das coisas e n andar a especular como se verifica.