Economia

Agricultores de Ôbô Môrro receberam título de posse de terra no lançamento de novo programa de segurança alimentar

pós 3 meses de resistência contra a decisão do Governo de retirar as suas terras a favor de um grupo privado, os cerca de 200 agricultores consideram que ganharam uma difícil batalha.

Nos últimos meses, os agricultores da localidade de Obô Môrro, contestaram a decisão do governo de expropriar as suas terras a favor de um grupo privado para produção de cacau. O Primeiro-ministro Patrice Trovoada, visitou a comunidade e reconheceu que a produção de milho, mandioca e batata-doce na zona de Obô Môrro, alimenta o país e é a única fonte de rendimento das cerca de 200 famílias de agricultores.

Por isso Patrice Trovoada, ordenou ao sector da Agricultura que fosse cancelada a decisão de retirar as terras cultivadas dos agricultores de Obô Môrro. Ao invés da expropriação os agricultores foram premiados com o título provisório das terras, e a execução de um novo projecto de segurança alimentar financiado por Taiwan. «A nossa luta não foi em vão. Lutamos por esta terra onde derramamos lágrimas por vermos ameaçado o nosso emprego e o pão dos nossos filhos. Hoje recebemos como presente o título provisório dessas terras, e por outro lado como estímulo a execução do projecto de produção de bens alimentares financiado pelo governo taiwanês», afirmou Jaime de Menezes, Presidente da Associação dos Agricultores.

A comunidade de Ôbô Môrro, foi escolhida pelo Governo para o lançamento do projecto de segurança alimentar, que é assegurado por fundos de Taiwan. Nos próximos 6 anos, para além de Ôbô Môrro, outras comunidades agrícolas produtoras de cereais, como milho, e tubérculos nomeadamente mandioca, matabala e batata-doce, vão beneficiar de ajuda financeira e técnica ara aumentar a produção e também o rendimento das famílias. «Acredito que através do trabalho conjunto, esse projecto terá futuro», declarou Jack Chen, embaixador de Taiwan em São Tomé e Príncipe.

Actualmente os agricultores de Obô Môrro produzem 35 toneladas de milho. Através do projecto de segurança alimentar financiado por Taiwan, esperam duplicar a produção.

As terras que estavam em vias de serem expropriadas para plantio de cacueiros, vão continuar como sempre a produzir alimentos. Agostinho Fernandes, Ministro do Plano e Desenvolvimento, também marcou presença no lançamento do projecto. «Nos próximos 6 anos os agricultores que se dedicam a produção de milho, mandioca, batata-doce, e outros produtos terão de facto uma actividade concreta e assistência para levar a cabo as suas actividades», referiu o ministro.

Suinicultura, ou seja, criação de porcos, é outra valência do novo projecto de segurança alimentar, que Taiwan financia no valor de 10 milhões de dólares.

Abel Veiga

23 Comments

23 Comments

  1. malebobo

    17 de Agosto de 2012 at 13:16

    é preciso ter coragem meus irmãos, e nunca sentir intemidados na luta da defesa de interesses colectivos

  2. JOSE CARLOS

    17 de Agosto de 2012 at 13:54

    10 milhões de dólares, parece-me muito para um projecto onde a componente exportação não foi referida….Seja como for é uma boa noticia apoiar as comunidades mais desfavorecidas

  3. ANCA

    17 de Agosto de 2012 at 14:10

    Antes de mais somente um reparo.

    A fotografia está fora do contexto da notícia, nada tem haver, com a notícia em epígrafe.

    Mas esta é uma boa notícia, caso para se dizer;

    Muito bem

    Ao Sr Primeiro Ministro, ao Sr Ministro do Plano e Desenvolvimento, aos Presidentes das Autarquias, aos responsaveis do sector agricóla, agricultores, á sociedade civil organizada

    Caros cidadãos

    Recursos temos, para aumentar o PIB nacional juntamente, com o sector dos serviços, a Terra arravél e o Mar, Capital Humano, necessário se torna, organização, planeamento, investimento, gestão/fiscalização e gosto pelo tarabalho árduo, pois o gosto pela disciplina, rigor, organização e muito trabalho árduo, coesão nacional, são ferramentais essenciais para a modernização, engrenagem, crescimento e desenvolvimento sustentável.

    Há que organizar, planear, investir, modernizar o sector agricóla, para aumento da produção agricóla nacional.

    Há que modernizar, os processos de produção agricóla, desde calibração dos produtos, embalagem, rotulagem, certificação e garantia de qualidade, denominação de origem, sustentábilidade ambiental, gestão agricóla, etc,etc,…

    Há que organizar, planear, investir, construir, Mercados Abastecedores Distritais/Regional, para o escoamento da produção, dos productores agricóla ou agricultures.

    O conceito de Mercado Abastecedor, implica um espaço, uma infra-estrutura, a titulo de exemplo, com a dimensão do “Mercado Feira de Ponto”, onde o Produtor Agricóla Distrital/ais, dispõe de infra-estruturas, de frio, ar condicionados, refrigeradores, para a preservação e conservação de seus productos, de um espaço de venda/escoamneto para sua produção, troca comercial com os retalhistas e feirantes, de maneira organizada, numa determinada hora do dia.
    Isto implicará, a organização, planeamento, investimento, desenvolvimento do setor dos transpotes e comunicação.

    Pois os grandes productores, terão que transportar em camiões ou carrinhas, próprias e equipadas, com sistema de frio, os produtos agricólas de campo até o mercado abastecedor, por sua vez os feirantes, os retalhistas, terão que se deslocar, em carrinhas, nos meios de tramsporte próprios, ao mercado abastecedor, onde vão adquirir, os produtos para serem comercializados nos mercados municipais, nisto tudo a possibilidade de criação de postos de trabalho e produção.

    Quem diz sector agricóla, diz sector agro-pecuário, pesqueiro, sector da economia do mar.

    Devemos saber tirar partido, dos recursos á nossa disposição, de uma forma sustentável de modo a jamais onerar o ambiente e desenvolvimento sustentável futuro da geração vindoura.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    Bem haja

    • ANCA

      17 de Agosto de 2012 at 14:26

      A questão do Ordenamento do Território, da organização das actividades dos cidadãos, no espaço, das funcionalidades, dos territórios é crucial, para a modernização, dos processos de produção, seja ele na esfera do sector primário(agricultura/pescas/agró-pecuária), sector secundário( indústria) ou no sector terceário, (serviços), pois esta distinção de funcionalidades territóriais, define e diferência o campo da cidade, o urbano e o rural, para o bem de País(Território, Mar, População).

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Deus abençõe São Tomé e Príncipe

    • Joker Voz do Povo

      17 de Agosto de 2012 at 16:17

      Até que enfim estou lendo um comentário sem macula. Pois, parece que nós os santolas só sabemos criticar e nunca apontar alternativa.
      Felizmente e graças a Deus que ainda existe gente como você ANCA, não vê só o lado mau da coisa, procura ver o bom e apontar alternativa. Muito bem, é caso para dizer 10 pontos.
      Pois, os comentários aqui em Telanon tem servido ora para apoiar/criticar a Oposição ora para apoiar/criticar Governo, ou pessoas individuais.
      Quase nunca apontam alternativas, o que realmente queremos é solução.
      Outra, grande verdade, que disseste ou alguém disse é que os novos donos das dependências e roças devem começar a dar emprego de verdade e não usar apenas como quintas de fim de semana.

    • Carlos Ceita

      18 de Agosto de 2012 at 12:03

      Meu caro joker Voz do Povo deve ser novo por aqui. Já li comentários que vão no mesmo sentido ao que produziu o Anca.
      Basta procurares pelo comentário por exemplo do Isidoro Porto.
      O que governo fez é de louvar mas a duvida é: fê-lo por ter tido já uma um plano estratégico para o sector de agrícola ou simplesmente porque houve contestação dos populares?
      Não sou muito adepto de governo ou de uma oposição que reagem e toma decisões a reboque de contestação. Que vai tapando furos aqui acola. Que vai apagando fogos quando o incêndio já esta activa.
      Do governo ou da oposição que improvisa que cede ao populismo fácil e a demagogia.
      Sou sim defensor de um governo ou oposição que tenha ambição e visão estratégica para um desenvolvimento sustentado a curto médio prazo e longo prazo.
      Deixo aqui um pequeno excerto do que escreveu e bem o Isidoro Porto quando comentava sobre o crescimento da economia de São Tome e Príncipe.

      Isidoro Porto diz:
      21 de Dezembro de 2011 às 0:10
      1.Não entendo porque razão, STP não produz sal (quer de cozinha, quer de mesa, quer para produção de peixe seco, etc) e continua a importá-lo;
      2.Não entendo porque razão STP não produz água mineral, bem como de mesa e continua a importá-la.
      3. Não entendo porque razão STP não massificou a produção do chocolate a fim de dar maior valor acrescentado ao nosso cacau no Mercado Internacional ou Regional, e continua a exportá-lo massivamente, em forma bruta;

  4. Gato Preto

    17 de Agosto de 2012 at 14:51

    10 milhoes de dolares? Espero que haja tribunal de contas em STP!

  5. Abúbè & Gíquitxi

    17 de Agosto de 2012 at 14:52

    Quem diz gente pisô-mo, é burro.
    Esperto que merece respeito diz assim: tira o pé de cima do meu.
    Quando tiram o pé ainda dão mais qualquer coisa.

  6. F.Moniz

    17 de Agosto de 2012 at 14:53

    Téla Nón e RTPÁfrica!
    Nós vos agradecemos de fundo do coração.
    Toda esta conquista,nós devemos à Vós,sem o qual não seria possível.
    Um nosso muito obrigado.

  7. ANCA

    17 de Agosto de 2012 at 15:01

    A que obrigar os cidadãos detentores de grandes Roças e Melhores terrenos agricólas a produzir, gerar emprego.

    Existe muitas espécies de frutas, flores, plantas medicinais ha que organizar, planear e investir no País.

    As roças jamais devem ser somentes para comes e bebes, mulheres, cortar madeira e deixar criar ôbos.

    Pois há que trabalhar

    Pois é hora de arregarçar-mos a manga.

    Trabalhar, trabalhar

    Produzir

  8. Gato Preto

    17 de Agosto de 2012 at 15:07

    O povo santomense devia destruir e queimar todos os bens de luxo dos nossos governantes, porque enquanto eles desfrutam de luxos à nossa custa, nós e os nossos filhos sobrevivemos na miséria. Criemos coragem para isso, para o bem dos nossos filhos e netos!

    • vontade não falta

      18 de Agosto de 2012 at 7:16

      Dá vontade de fazer isso sim.
      O problema é que os grandes ladrões têm bens nos bancos estrangeiros. Valor para muitas casas. Se queimarmos uma ele vai viver noutro sítio e o país e fica com bens queimados.

    • pagagunu

      18 de Agosto de 2012 at 18:41

      O primeiro que devia ser queimado é o seu , o grande problema do Santomense é a inveja.

  9. Fuba

    17 de Agosto de 2012 at 15:18

    Minha gente, ainda há muita coisa pra descobrir, pergunta Américo ministro de finanças como é que ele conseguiu o Mercedes topo de gama que está escondido em casa dele. a Socobrise lhe deu por ter aceite a adenda das obras de estrada do sul.mercedes e um jeep fortuna que está com um amigo dele deputado do ADI que guarda os carros dele. isso não é corrupção. há muita coisa pra esclarecer por isso que o governo tem medo de ir ao parlamento.

  10. Lévé-Léngue

    17 de Agosto de 2012 at 16:04

    Pelos vistos, a cabeça do director da agricultura não foi eliminada em vão… A luta continua!!!

  11. luisó

    17 de Agosto de 2012 at 16:53

    “…O Primeiro-ministro Patrice Trovoada, visitou a comunidade e reconheceu que a produção de milho, mandioca e batata-doce na zona de Obô Môrro, alimenta o país e é a única fonte de rendimento das cerca de 200 famílias de agricultores…”.
    Foi preciso o PM ir lá e verificar isso?
    Onde estão e o que fazem os directores ou o ministro da tutela?
    Credo de País…

  12. sum mé chinhô

    17 de Agosto de 2012 at 19:20

    Falaram em 10milhões de usd? Devíamos todos fincar atenção em comportamento deles(os governantes) para saber até que ponto vai avançar esse projeto.

  13. mosssad

    17 de Agosto de 2012 at 20:59

    Granda reviravolta…a campanha politica deve estar para breve

  14. Vagi Ngola

    18 de Agosto de 2012 at 11:08

    Tudo isto não passa de uma comédia!É uma brincadeira de mau gosto. Nesta terra alunguns nasceram para sobreviver e assistir os outros. Nada mais. So com fogo pra queimar tudo isto e começar de ZERO(0).

  15. fala pouco

    18 de Agosto de 2012 at 11:22

    pois é luiso era preciso ele ir porque primeiro ele nao conhece Sao Tomé se conhecese ja sabia esse que lugar sempre foi centro de fornecimento alimentar, depois a coisa estava ligado a ele o grupo, vc sabe essas coisas teem cache, Argentino coitado estava tentar assegurar mas nao registiu tinha mesmo que sair
    mas estao de pabens os agricultorres, espero que os 10 milhoes de dolares sejam efectivamente para apoio directo ao aumento da produçao agricola, com fertilizantes, maquinas e tranportes,tecnicas para melhoramento e aumento da produçao para transformaçao da produçao
    Espero que este valor nao va 85% para apoio tecnico e apenas 15 para apoio a produçao como o habitual

  16. cccp

    19 de Agosto de 2012 at 20:12

    10 milhoes de usd? os reais agricultores nao vao ver cor destes valores. vamos ouvir que os srs.ministros, deputados tornaram agricultores + pequenas e medias empresas que so existem no papel a usufrirem deste bolo. autentico Vabú, como disse pires neto.

  17. coitado dele

    20 de Agosto de 2012 at 10:22

    Pela próxima vcs pegam na arma e matam alguns dos dirigentes do pais.
    Ainda bem que vcs não dormiram e saíram a rua ,afinal valeu a pena.
    Gentes vamos tds ficar atentos a essas manobras do sr.dentxe betu.
    pois a terra é nossa ,nada dos estrangeiros.
    E peço ao sr.dentx betu que resolva a situação do Ex dir. de agricultura ,pois o infeliz não tinha nada a ver com a retirada de terra aos agricultores ,foi td planeado pelo 1º ministro,pensando que o povo ia engolir na boa.
    Exijo um pedido de desculpa ao ex dir.de agricultura e uma indemnização plo dano causado ao mesmo.

  18. coitado dele

    20 de Agosto de 2012 at 10:34

    Vamos tds sair a rua e pedir que o negocio da loca de peixe entregue aos gaboneses e o 1ºministro seja devolvido aos cidadão S.Tomenses.
    So agora se entende pork que o 1º ministro Patrice trovada cancelou a obra feita pelo sr delfim,afinal o homen tinha interesses naquilo.
    Vamos tds abrir os olhos o Patrice esta a empobrecer este povo com dividas a seu favor.
    Todos sabemnos que a obra no seu td de raiz a topo,custou ao estado santomense 5 milhoes de euros,e agora so pra alteração o patrice trovada gasta 3 milhões e tal?
    Povo abramos os olhos .
    Isto não pode continuar assim.
    Não foi em vão que ele entregou a loca de peixe (nosso património)aos estrangeiros sem passar pelo tribunal de contas ,assembleia nacional e muito menos adjudicar a obra.
    Temos tds o direito de saber a verdade por favor.
    EXPLIQUE NOS SEM NOS COMPLICAR
    ESTAMOS A ESPERA
    SR patrice trovada

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