Economia

FMI recomenda reforço do aperto na gestão macroeconómica após decisão da Total de abandonar o bloco 1

Ricardo Veloso, representante do FMI para São Tomé e Príncipe, recomendou ao Primeiro-ministro Gabriel Costa, o reforço da política macroeconómica, a luz da decisão da petrolífera francesa Total de abandonar a exploração do bloco 1 da zona conjunta com a Nigéria.

A decisão da total em deixar o bloco 1, acabou por ter impacto negativo nas expectativas financeiras de São Tomé e Príncipe para 2014. O FMI, também tem o dossier petróleo nas suas contas para São Tomé e Príncipe. «É uma recomendação de que é preciso reforçar um pouco mais a política macroeconómica, dado o anúncio recente da Total de que não estaria interessada em continuar a explorar o bloco 1 da zona conjunta com a Nigéria», declarou o representante do FMI, após encontro esta tarde com o Primeiro-ministro Gabriel Costa.

Um reforço de política macroeconómica, para também evitar desequilíbrios no próximo ano, que será um ano eleitoral. «Deduzimos que a curto prazo, nos próximos 12 meses o grande desafio será conduzir o país para as eleições e que isso não tenha uma pressão orçamental muito grande, que seja feito dentro do que existe de recursos para o país», sublinhou o perito do FMI.

Trimestralmente o FMI avalia a situação macroeconómica de São Tomé e Príncipe. Um exercício que já tem 26 anos. Desde 1987, que o país começou a implementar o PAE-Programa de Ajustamento Estrutural.

Ricardo Veloso, em nome do FMI, e como habitualmente deu nota positiva ao desempenho do executivo. Este e todos os outros sempre receberam nota positiva do FMI. Disse que São Tomé e Príncipe, regista actualmente o mais baixo índice de inflação dos últimos 20 anos, que é de 6%.  Um indicador a preservar pelo Governo, que não deve provocar subidas da inflação, assim como manter a reserva externa que está em bom nível.

No entanto o contraste persiste entre as avaliações que o FMI faz da situação macroeconómica do país, e a realidade de vida das famílias são-tomenses,  cada vez mais difícil.

Abel Veiga

14 Comments

14 Comments

  1. Barão de Água Izé

    25 de Setembro de 2013 at 20:18

    O F.M.I., agora mais do que nunca, verificado um adiamento na eventual exploração de petróleo, deveria sugerir, ao Governo que é tempo de rever a nacionalização das roças/empresas agrícolas, através da sua privatização. A continuarem as propriedades agrícolas no estado degradado e sem vitalidade económica para a exportação, a nossa Terra continuará neste marasmo e sem futuro para a população Sãotomense.

  2. Disciplinador

    25 de Setembro de 2013 at 21:41

    Quando a Total abandonou a exploração do Bloco1, eu já havia feito um comentário nesse sentido. Por isso, continuo a dizer que S.Tomé e Príncipe, ou seja, os nossos governantes devem apostar forte em sectores que nos favorecem, por exemplo; fomentar de forma séria a nossa agricultura para que o país possa exportar os produtos, devemos apostar forte no turismo, aposta esta que irá permitir ao país erradicar de uma vez o maldito paludismo, resolver de uma vez por todas os problemas crónicos de energia e o seu fornecimento a toda a população, melhores redes de estradas e infraestruturas e telecomunicações de forma rápida e eficaz com o mundo, melhoria e eficácia dos serviços públicos.O que o FMI nos pede é essencialmente crescimento económico, pleno emprego, estabilidade de preços e controlo da inflação.

    • joão pedro

      26 de Setembro de 2013 at 22:36

      Com que dinheiro meu caro concidadão?

  3. atento ao dossier

    26 de Setembro de 2013 at 0:24

    Aí está o circulo a fechar-se,como é fácil bater nos mais fracos,e sem poder reivindicativo.Povo de S.Tomé abram esses olhos e despertem para a vida, não se deixem enganar por essa cambada de mentirosos e exploradores das desgraças.

  4. Bacano

    26 de Setembro de 2013 at 8:43

    Heeeeeeeee,Wueeeee,
    Meus Senhores,por favor, apertem os cintos e prendem os gatunos,e manda-os devolver os dinheiros.

  5. homem honesto

    26 de Setembro de 2013 at 9:06

    A coisa vai mal.
    Peço ao Sr.Presidente da República, 1º.Ministro, os ministros que tutelam, empresas públicas, empresas mistas e organismos para deixarem de comprar carros e pegarem neste dinheiro investir no hospital (compra de aparelhos para que a população possa ter um melhor atendimento e na criação familiar de animais como: galinha, pato, porco, casa, ovelha, coelho etc. e não para que cada fica a esticar cara no carro novo.
    Cada um que quer ter carro novo dirige ao banco e peça o empréstimo.
    Isto é erro do passado.
    Fico a espera de consciência.

  6. adriano rosamonte vaz da conceição

    26 de Setembro de 2013 at 9:08

    Aexpectativa de que as coisas iriam melhorar em 2014 , claro que estava com base na situação que infelizmente a total veio deixar por terra , assim sendo, é fácil aperceber-se que o que nos espera para o ano 2014 ´será muito pior em relação ao presente ano que está prestes a terminar, não é necessário que esperar que qualquer perito da FMI , VENHA ALERTAR -NOS DA SITUAÇÃO EM QUE ENCONTRAMOS , PORTANTO , ACHO O QUE NOS RESTA , É TRAÇAR UMA OUTRA POL´TICA PARA O DESENVOLVIMENTO DESTE pAÍS.

  7. Kuá flogá

    26 de Setembro de 2013 at 11:53

    Apoio plenamente porque temos agricultura, pesca, turismo que bem cuidado e reestruturado pode nos levar ao bom porto junto ao porto de águas profundas e um bom aeroporto, porém, não devemos esquecer de outro fenómeno que nos ameaça e que na altura da Independência, todos gritamos ” abaixo a colonização e o neocolonialismo”. Quero com isso dizer que devemos receber no nosso país pessoas que venham fazer aquilo que nós Santomenses não podemos fazer, que investem na indústria e que fazem impulsionar a nossa agricultura, não negócio que devia ser exclusivo dos Santomenses, na época da expansão colonial, os colonos enganavam os nossos com tecidos e aguardente, agora é só dar uns trocos a alguns gatos pintado e pronto, jantar já eu tenho.Já não vamos ter a independência económica como pedimos, seremos cidadãs da segunda.
    Viva África, viva Roberto Mugabe Presidente de Zimbábue.
    Com povo e para o povo.

    • Pléto LúLúLú

      26 de Setembro de 2013 at 16:07

      Srº Kuá flogá:— Acho muito boa a sua idéia. Peça e exija aos seus governantes, que não aceitem mais ajudas nem negócios, com os ex-colonialista, os néocolonialistas e todos os imperialistas. Só devem aceitar ajuda e apoio, deste grande amigo e irmão de S. Tomé, o democrático Roberto Mugabe Presidente do Zimbábue. Todos nós sabemos, que desde a Independência, a ajuda e o apoio, deste grande amigo e ‘irmão’, o Presidente do Zimbábue, tem sido fundamental e importante, para o desenvolvimento de S. Tomé. Abaixo a colonização e o neocolonialismo. Viva Africa e viva Mugabe que vai continuar a ajudar o nosso Povo.

  8. António Menezes

    26 de Setembro de 2013 at 12:33

    Tudo muito mal contado. O ministro diz que existe petróleo, mas o problema é que as grandes empresas não estão interessadas. Tudo para fazer burro dormir.

  9. Nikilay Monteiro

    26 de Setembro de 2013 at 15:24

    O Pais tem que apreender andar sem petróleo,basta dar atenção aos outros sectores(agricultura, pesca,turismo, as TIC)sem se esquecer como é obvio, da Educação e saúde.

  10. CEITA

    26 de Setembro de 2013 at 16:16

    Agora que são elas, huummmmm, estou vendo como porco vai torcer rabo, eleições próximo ano sem mudar nada até agora…

  11. João Almeida

    26 de Setembro de 2013 at 16:28

    Viva a Troika à Santomense
    Não estavam a rir-se de Portugal?
    Agora toma
    Troika, mais troika, mais troika.
    Daqui a bocado mandam baixar o salário. Este que está em 25 euros mensais, vai ter que baixar para 10 euros
    Comecem a comprar cintos pequenos
    Força

  12. Joaquim Araujo

    27 de Setembro de 2013 at 15:53

    Chamar a Deus em….

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