Responsável da Comunidade dos Países da África Austral prevê papel especial, mas adverte para transparência a gerir recursos; área socioeconómica identificada como prioridade a par da paz e segurança.
Foto: ONU/Brownie Harris
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola e Moçambique podem dar um contributo especial na sua região com a forma como avançam em termos de democracia, reformas económicas e gestão transparente dos recursos naturais de que dispõem.
A opinião é do diretor de Planeamento de Políticas e Mobilização de Recursos da Comunidade dos Países da África Austral, Sadc. Ângelo Mondlane falou à Rádio ONU, em Nova Iorque, após apresentar o bloco à comunidade internacional. Angola é o segundo maior produtor africano de petróleo.
Potencial
“Angola, em primeiro lugar, e agora Moçambique que descobriu importantes reservas na área de gás que vão mudar as transformações económicas no país. A forma como (ambos) fazem a gestão desse potencial pode trazer um contributo bastante sólido para o desenvolvimento da Sadc como organização.”
Na reunião foi discutido o papel das Comunidades Económicas Regionais para consolidar a paz, a segurança, a governação e o desenvolvimento em África.
Para o perito, a área socioeconómica cria conflitos e a integração no setor é fundamental para abordar desafios de insegurança.
Relevância
O debate ocorreu nas vésperas do arranque da Semana de África na ONU, a decorrer a partir de 13 de outubro. O representante da União Africana junto das Nações Unidas, Téte António, falou da relevância dos blocos regionais em África.
“Pensar que vamos desmantelar os blocos, não. Pelo contrário, vamos reforçá-los para fazer com que evoluamos para uma integração sustentável. A integração é um processo evolutivo, determinar quando é que isso vai se consolidar penso que o melhor preciso partir dos atos.”
No encontro, a ONU reafirmou a parceria para apoiar o cumprimento da Agenda 2063 da União Africana. A visão continental, definida em 2013, destaca a ação dos todos os estratos da sociedade para a prosperidade e união nos próximos 50 anos.
Parceria – Téla Nón – Rádio das Nações Unidas
