PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Relatório afirma que crescimento nos países em desenvolvimento deve ser impulsionado pelo baixo preço do petróleo e por uma forte economia dos EUA; fatores divergentes que podem pôr em risco progresso.
Relatório prevê melhora na economia global. Imagem: Banco Mundial
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Banco Mundial prevê que a economia global deve melhorar em 2015 com um crescimento de 3%, um pouco mais do que os 2,4% registrados no ano passado.
A conclusão consta do relatório Perspectiva Econômica Global, lançado esta terça-feira. O documento diz ainda que a tendência de alta deve continuar em 2016 e 2017 com um avanço de 3,3% e 3,2% respectivamente.
Risco
Em Washington, o diretor de Perspectivas e Desenvolvimento do Bird, Ayhan Kose, falou sobre os riscos existentes.
Kose disse que “os riscos contra uma recuperação econômica frágil são substânciais”. Segundo ele, os Bancos Centrais dos países em desenvolvimento precisam encontrar um equilíbrio entre metas de crescimento e de inflação e estabilidade financeira.
O diretor afirmou que ao mesmo tempo, “uma política fiscal pode ser uma ferramenta para estimular as economias dessas nações no caso de uma piora da situação”.
Preço do Petróleo
Os especialistas do Banco Mundial disseram que os países em desenvolvimento devem se beneficiar, em parte, pelo baixo preço do petróleo, por uma economia americana mais forte e pelas contínuas baixas nas taxas de juros.
O relatório mostrou que os países em desenvolvimento cresceram 4,4% no ano passado. A previsão para 2015 é de um avanço de 4,8% e de mais de 5% para os próximos dois anos.
O presidente do Banco, Jim Yong Kim, afirmou que “num ambiente de incertezas econômicas, os países em desenvolvimento precisam liberar seus recursos para apoiar programas sociais para os mais pobres e realizar reformas estruturais que invistam na população”.
Kim disse ainda que “é fundamental que os países removam barreiras contra os investimentos do setor privado”. Segundo ele, o setor privado é “de longe” a maior fonte de criação de empregos e que pode retirar milhões de pessoas da pobreza.
O relatório mostra ainda que as atividades econômicas nos Estados Unidos e no Reino Unido estão ganhando força.
Mas os especialistas alertam que o avanço tem sido lento na Europa e no Japão. A China registra uma desaceleração do crescimento que deve chegar a 7,1% neste ano em comparação aos 7,4% de 2014.
O relatório do Banco Mundial diz que a economia chinesa deve continuar perdendo fôlego nos próximos dois anos com uma alta de 7% e 6,9% para 2016 e 2017, respectivamente.