Parceria Téla Nón / Rádio ONU
Estudo do Banco Mundial revela que alguns países chegaram a notar um aumento de 20% na dívida externa; em Angola e Moçambique, dívida aumentou 4%; endividamento chegou a 15% em São Tomé e Príncipe e diminuiu 3% no Brasil.
O Banco Mundial divulgou nesta semana dados que indicam o crescimento de 12% da dívida de países de baixa renda. O total da dívida atingiu recorde de US$ 860 bilhões em 2020 de acordo com o relatório “Estatísticas da Dívida Internacional”
A publicação anual indica que os países aumentaram suas dívidas diante da resposta à pandemia de Covid-19 com estímulos fiscais, monetários e financeiros. Porém, mesmo antes da pandemia, muitas economias de baixa e média rendas enfrentavam uma desaceleração do crescimento econômico.
Endividamento
O estudo aponta a necessidade de um maior nível de transparência da dívida para enfrentar os riscos representados pelo aumento do endividamento. Para ajudar com esse objetivo, a publicação deste ano inclui dados da dívida externa mais detalhados e desagregados do em anos anteriores.
O relatório também aponta que a média global do Produto Interno Bruto caiu 4,3% em 2020, a maior redução desde a crise de 1929. A região da América Latina e Caribe foi a mais afetada.
Em resposta aos desafios sem precedentes impostos pela pandemia, e a pedido do Grupo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, FMI, o Grupo dos Vinte apresentou, em abril de 2020, a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida, Dssi, para fornecer apoio temporário de liquidez a países de baixa renda.
O Banco Mundial recomenda que os países se preparem para a possibilidade de estresse da dívida quando as condições do mercado financeiro ficarem menos benignas especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento.
Resposta à Covid-19
Desde o início da pandemia, o Grupo Banco Mundial destinou mais de US$ 157 milhões para combater os impactos sanitários, econômicos e sociais da crise.
O financiamento está ajudando mais de 100 países a proteger os pobres, resguardar os empregos e avançar em uma recuperação que também inclua considerações climáticas.
Do Banco Mundial para a ONU News, Bárbara Cruz.