O ministro das Finanças Engrácio da Graça(na foto) fez as contas entre as receitas e as despesas e apresentou o resultado final. O défice é grande. Segundo o ministro, o Estado gasta mensalmente 5 milhões de euros, com o pagamento de salários na função pública.
No entanto a capacidade de arrecadação das receitas, é de apenas 80 milhões de dobras, cerca de 3 milhões e 200 mil euros.
«Mas precisamos de 132 milhões de dobras, que são equivalentes aos 5 milhões de euros», explicou o ministro das finanças.
Pelas contas de Engrácio da Graça o problema só pode ficar resolvido com o corte nas despesas.
«O problema está do lado das despesas que são enormes. É preciso tomarmos medidas do lado das despesas. Cortar onde deve ser cortado, para termos recursos para aplicar na saúde. Um bem precioso que o governo deve assegurar», precisou.
O ministro das finanças apresentou as contas do Estado, numa entrevista à Televisão São-tomense.
«Nós temos uma despesa mensal de cerca de 5 milhões de euros. Só os salários do pessoal da educação são cerca de 1 milhão 622 mil euros. Temos a saúde logo a seguir, temos a defesa e segurança, o sector das finanças, as despesas com o funcionamento das embaixadas e tudo isso totalizam os 5 milhões de euros», afirmou Engrácio da Graça.
País deficitário no passado São Tomé e Príncipe recorreu a crédito bancário para pagar os salários dos funcionários públicos. País onde o Estado é o maior empregador.
País onde o sector privado não cresce como principal empregador, porque segundo relatos acaba por ser estrangulado pelo próprio Estado.
Abel Veiga