Economia

“Operação Pensionista”: Com o BISTP em silêncio o director da segurança social diz que nenhum funcionário foi detido

Cerca de uma dezena de carros de topo de gama, diversos objetos em ouro, relógios avaliados entre 300 e 5 mil euros cada, e grandes quantidades de dinheiro em dobras e euros foram apreendidos na sequência da “Operação Pensionista”, desencadeada pelo Ministério Público, pela Polícia Judiciária e com o apoio da Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe.

Em causa está o desvio de aproximadamente quatro milhões de euros em créditos da Segurança Social. Estão já detidos três suspeitos, mas a operação ainda não terminou.

Seguimos presentes no terreno, e a investigação encontra-se em curso”, afirmou Kelve Nobre de Carvalho, Procurador-Geral da República.

Entre os detidos está um funcionário do BISTP – Banco Internacional de São Tomé e Príncipe. A administração do banco privado que tem o Estado santomense como um dos accionistas ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.

Por sua vez o diretor do Instituto de Segurança Social confirmou que a instituição foi alvo de buscas e apreensões no âmbito da operação. O Director Gilmar Benguela, garantiu que «nenhum funcionário da Segurança Social foi detido ou constituído arguido».

Sobre a origem do dinheiro em causa, não foram, por agora, avançados detalhes.

Prefiro não entrar em detalhes sobre o processo. Como mencionei, as contribuições feitas na conta da segurança social estão sob o controle da instituição,” enfatizou o Diretor da Segurança Social.

As buscas e apreensões passaram também pelo restaurante “A Tentadora”, no centro da capital, e pelos estúdios da Santola TV – uma estação online onde foram encontrados equipamentos de ponta avaliados em cerca de um milhão de euros.

Em causa estão factos que indiciam crimes de abuso de confiança qualificada, burla informática e branqueamento de capitais, previstos e punidos pela legislação penal são-tomense.

Detidos na última segunda-feira, os 3 suspeitos foram constituídos arguidos, e segundo um comunicado do ministério público, foram mandados para a cadeia central em regime de prisão preventiva.

Abel Veiga / José Bouças

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