Política

Príncipe autónomo há 16 anos ainda sente-se marginalizado e injustiçado

Príncipe está mais próximo do continente africano do que São Tomé, mas não vai beneficiar do cabo submarino que contorna o continente e chega a São Tomé no próximo ano. É uma das razões da contestação do Governo Regional nos festejos do décimo sexto aniversário da autonomia.

Príncipe entoou pela primeira vez no último fim-de-semana, o seu hino e hasteou a sua nova bandeira. Símbolos de uma região autónoma, que se confirmou no ano passado com a aprovação do estatuto político e administrativo.

O Governo regional chefiado por José Cassandra realçou os progressos alcançados nos últimos 5 anos, nos domínios da educação e saúde. No entanto os cerca de 6 mil habitantes da ilha do Príncipe, continuam a dizer que a ilha está a ser marginalizada e injustiçada.

José Cassandra, deu o exemplo do cabo de fibra óptica que deve chegar a São Tomé no próximo ano para revolucionar todo o sistema de telecomunicações. Príncipe que está mais próximo do continente africano do que São Tomé, ficou de fora. «Aos que por omissão ou acção se declaram hostis ao nosso futuro, não compreendemos em função desta declaração que num contexto como este de dupla insularidade e periferização da nossa comunidade tenham criado condições políticas para assinatura com entidades estrangeiras
de um acordo de construção e manutenção do projecto de cabo submarino de fibra óptica que irá proporcionar uma autêntica revolução tecnológica com impacto no crescimento económico e social dos países envolvidos excluindo no entanto por motivos desconhecidos ou pouco convincentes a ilha do Príncipe desta iniciativa»,
contestou o Presidente do Governo Regional.

Uma manifestação de injustiça e de marginalização do Príncipe, que para o Governo Regional não tem qualquer justificação. «Não vejo nenhuma explicação política convincente para esta tomada de decisão e não creio que qualquer dirigente político ou estadista de um país arquipelágico com características e diversidades insulares igual ou superior ao nosso pudesse tomar uma decisão similar com o interesse de prejudicar, provocar atraso, ou amplificar a periferização de uma das suas unidades insulares perante o silêncio ensurdecedor da sua elite partidária nacional», fundamentou José Cassandra.

Um facto que por se só desperta a consciência dos naturais do Príncipe, para ameaças em relação ao seu desenvolvimento. A ilha vê reforçada a sua determinação de combater contra os que tentam relegada para a periferia do desenvolvimento. «Por isso mesmo Príncipe tem a obrigação moral e política de estar por vontade própria na primeira linha de combate contra todas as formas de injustiça e marginalização que têm contribuído para hipotecar o futuro de todos os habitantes destas duas ilhas e expropriar a esperança das gerações vindouras», enfatizou o Presidente do Governo Regional.

José Cassandra, recordou o papel desempenhado pelo ex-presidente da Assembleia Nacional Francisco Silva, e pelo Presidente da República Fradique de Menezes, na conquista da actual autonomia da ilha do Príncipe. Emoção ao recordar de Francisco Silva, deixou o Presidente do Governo Regional, a soluçar. Fradique de Menezes, Presidente da República e Chefe de Estado, que presidiu a cerimónia no centro da cidade de Santo António, prometeu continuar a luta pela defesa da autonomia do Príncipe, mesmo depois de abandonar o cargo de Chefe de Estado, no dia 3 de Setembro próximo. «Quero assegurar que mesmo após o término efectivo do meu mandato, não deixarei de estar atento, interessado e disponível para contribuir utilmente para a efectivação de uma autonomia que dignifique o Príncipe, e que exalte a República Democrática de São Tomé e Príncipe. Não deixarei jamais este sonho e certamente, não me calarei, se ele algum dia for posto em causa», assegurou Fradique de Menezes.

Príncipe autónomo, exige o respeito pelas autoridades centrais, do seu novo Estatuto.

Abel Veiga

26 Comments

26 Comments

  1. Victor Figueiredo

    3 de Maio de 2011 at 9:59

    Isso mesmo. Este país sempre teve mania de perseguição. Existe uma elite política que pensa que a Terra é deles e tentam fazer de nós todos parvos e burros.
    É assim mesmo senhor Presidente do Governo Regional, segue o seu caminho e ajuda o seu povo a resolver os problemas da sua região. Vamos ficar nesta coisa, até quando?
    O senhor precisa de ajuda de todos nós. Se os governos centrais não quiserem ajudar não desanime. Procure alternativas, dentro e fora do país. Não conte com esta gente má-índole que só querem ver o país a regredir para que eles fiquem cada vez mais ricos.
    Lute pela sua Terra com toda a energia. O povo reconhecerá em senhor um homem de carácter e recoreda-lo-á para toda a vida.
    Eu sei que esta gente da minha terra, foros como eu, irão criá-lo muitos problemas. Eu conheço-os todos, muito bem, muitos foram meus colegas de outras lutas.
    Há necessidade para que um país pequeno como o nosso, só com duas ilhas, se faça ligação de cabo submarino para liga-lá ao resto do mundo, e tentam excluir o Príncipe deste processo? Para quê estas coisas? É assim que se faz a união entre nós? Qual foi o governo que fez isto? Foi o governo do senhor Rafael Branco ou do senhor Patrice?
    Olha, deviam aprender com Cabo Verde. Eu duvido que os Caboverdianos fossem capaz de fazer isto para prejudicar uma das suas ilhas. Eles não são burros nem tão pouco solidários como nós. Eu juro que não percebo a razão disto. Porquê fazerem isto? É raiva contra a ilha do Príncipe ou contra o governo? Lá não existem pessoas nossas irmãs. Sinceramente, isto deixa-me revoltado, muito revoltado. E ninguém compreende que se o Príncipe é a região que está mais marginalizada, com mais problemas de isolamento, seja, ainda por cima, aquela que fica de fora do projecto de cabo submarino. Isto não é fazer política, minha gente. Esta gente devia estar presa. Todos eles.
    Também já fizeram o mesmo aos habitantes de Porto Alegre. É sempre assim. Resolvem os seus problemas e cricificam o povo.
    Deus há-de fazer justiça nesta terra.
    Um bem haja para si e para o povo do Príncipe

    Victor Figueiredo
    S. MAMEDE DE INFESTA – PORTUGAL

  2. Amem!!!!!!!

    3 de Maio de 2011 at 11:41

    Governo Central quer la saber do desenvolvimento regional?

  3. Monte Cara

    3 de Maio de 2011 at 11:44

    Autêntica PA-LHA-ÇA-DA!!
    Sei que alguns me condenarão de morte pelo que vou escrever. Mas, sei que muitos partilham comigo essa ideia de que a “autonomização” da ilha do Principe não passa de uma palhaçada defendida por alguns políticos sôfregos de populismo barato. O que acontece é que ficou moda ser-se politicamente correcto, pelo que não se deve dizer a verdade para não se ferir susceptibilidades.Eu mesmo que o faço neste momento, faço-o sob pseudónimo, pois ainda corro o risco de ser sujeito a um auto-da-fé nas minhas próximas férias na ilha; e este é um risco que não posso correr pois curto muito a minha ilha.
    Ja está mais do que provado de que os políticos e classe dirigente de STP só sabem imitar e frequentemente fazem-no mal. E a ideia de se elevar o Príncipe a Região Autonoma é exemplo disto. Ouviram falar dos Açores e da Madeira e para mostrarem que se preocupam com a nossa ilha foi ocorreu-lhes este disparate. Disparate que veio juntar-se aos outros consubstanciados na divisão administrativa da República com seis distritos, ao nível da ilha de São Tomé. Com “cidades” muito proximas uma da outra e sobretudo sem os requisitos para serem erguidas a esta qualidade.
    Na verdade, a autonomia do Principe só serve para afagar o ego dos meus irmãos que acreditam que a nossa ilha tem futuro separada de São Tomé.A estes faço a seguinte pergunta: Em consciencia, acreditam que ha condições geo-económicas para sermos uma Região Autonoma?

    No início, embora opondo-me a ideia, convivi com ela incluindo-a na lista dos muitos actos ireflectidos dos ditos políticos. Mas, em seguida, comecei a ficar preocupado com a actuação dos nossos dirigentes (os dos Orgãos da Região) que começaram a se sentir como representantes de um novo estado com todos os tiques que disto decorre ( ja se inventou uma bandeira e um Hino!!!!!!!!), sobretudo quando constatei que para eles a promoção do Príncipe só pode se fazer em atitude de confronto com as autoridades nacionais. Alguem ja reparou nos discursos dos nossos dirigentes regionais??? Lembram-se da arrogancia reflectida nas suas intervenções públicas?? Parece que a estratégia que encontraram é a de vitimização permanente apontando o dedo acusador “aos de São Tomé”. Reparem só no que diz o nosso PR (Presidente da Região)neste artigo do Telanon:”… tomar uma decisão similar com o interesse de prejudicar, provocar atraso, ou amplificar a periferização de uma das suas unidades insulares perante o silêncio ensurdecedor da sua elite partidária nacional” Mas, o Tozé acha mesmo que se o cabo submarino não passa pelo Príncipe tem como fito intencional o de estorvar o desenvolvimento do Príncipe??? Ele acha que existem pessoas “hostís ao futuro e ao desenvolvimento do Principe”. Pensamento Maquiavélico!!!
    Lembrem-se STP é um todo do qual somos uma apêndice com cerca de 3% de massa territorial e pouco mais de 16% de população. Todos queremos um desenvolvimento homogeneo da RDSTP sem divisões.
    Meus caros, não confundam as coisas. Não se embemedem na vossa teoria de conspiração contra Ié, e me cataloguem como um opositor ao desenvolvimento da ilha de Príncipe. Sei que muitos se apressarão para me colar tais adjectivos, mas acreditem que tal como vocês AMO o PRINCIPE, como AMO a R(D)STP.
    Fui!!!

    • Monte Cara

      3 de Maio de 2011 at 11:56

      Errata:
      …nossa ilha foi ocorreu-lhes = …nossa ilha ocorreu-lhes

      embemedem = embebedam

    • Kundu Muala Vé

      3 de Maio de 2011 at 12:43

      Excelente “Monte Cara”!!!

      Estou 100% de acordo.

    • Alfredo

      3 de Maio de 2011 at 13:07

      Como é que o senhor não haveria de ficar aborrecido com o discurso do Presidente do Governo Regional do Príncipe?
      O senhor deve ser um daqueles governantes que nos governa desde 1975 e passam a vida a encher-se e deixar o povo na miséria.
      O que o Presidente do Governo Regional disse tem toda a razão. Eu, mesmo não sendo do Príncipe dou-lhe toda a razão. Como é possível que se assine um contrato de cabo submarino e se deixe de fora a ilha do Príncipe que, em princípio ndeveria ser aquela, como alguém já disse, que deveria ser objecto desta atenção tendo em conta a sua situação de isolamento? Com este acto vamos isolar ainda mais esta ilha irmã. O senhor não acha? O senhor acha que Cabo Verde faria isto com uma das suas ilhas? Isto é cooperação e justiça entre as ilhas?
      É por isso que estamos atrasados e Cabo Verde está a evoluir, cada vez mais. Eles não são maus e egoíostas como nós. Querem bem para o seu povo todo.
      O senhor não ama nada a ilha do Príncipe. Porque se o senhor amasse a ilha do Príncipe deveria manifestar repúdio e revolta com esta atitude dos nossos governantes. Sempre foi assim, nesta terra. Existe uma mania de perseguir e maltratar os outros. Fizeram o mesmo com a população de Ilhéu das Rolas, cá em S.Tomé.
      Para quê? Porquê?
      Eu gosto de ouvir o Presidente do Governo Regional porque ele diz verdades que incomoda muita gente. Vocês estavam habituados com gente mole do Príncipe que não vos aquecia o rabo, agora que têm alguém que não tem papa na língua e defende o seu povo vocês estão atrapalhados.
      Eu não lhe condeno a morte coisissima nenhuma, porque sei que o senhor, da maneira como escreve e defende estes corruptos, é um deles e passa a vida a viver a nossa custa querendo passar por ser do Príncipe. Se o senhor fosse mesmo do Príncipe não diria estas coisas. Eu sou de S.Tomé e acho que o senhor Presidente do Governbo Regional tem toda a razão.
      Quem assinou este contrato de cabo subamarino deveria estar preso. Digo e volto a repetir: deveria estar preso. Não se faz isto. Isto é uma forma de criar animosidade entre irmãos da mesma terra. É isto mesmo que vocês andam a fazer desde a independência. Quem assinou este contrato? Foi o senhor Rafael Branco e seus amigos.
      Eles é que têm desgraçado esta terra, desde a independência.
      Deus é grande. Ele há-de de dar aos senhor Presidente do governo regional e todos os outros líderes novos que começam a aparecer cá em S.tomé, forças para acabar com esta especíe que nos atormenta desde 1975.
      Alfredo

    • Nicolau d´Almeida

      3 de Maio de 2011 at 13:59

      Mas quem mandou Rafael Branco assinar este contrato, meu Deus? Porquê que ele fez isso?
      Fui
      Nicolau

    • Monte Cara

      3 de Maio de 2011 at 14:43

      Sr. Alfredo!!!! Francamente!!!
      Visto que foi o sr que citou as ilhas de Caboverde como termo de comparação, gostaria apenas de solicitar-lhe qual das ilhas daquele arquipelago tem o estatuto de autonomia???? Pois, como disse e bem, os Caboverdeanos não são inclinados para o o populismo barato.
      O Sr. questiona a minha ligação ao Principe, pelo facto do meu discurso;
      O Sr terá alguma noção dos custos do projecto de Cabo Submarino????? Saberá quanto poderia ficar o projecto total para STP com dois terminais? Não entendo patavina disto, mas suponho que deve ser muito cumbú. O cúmulo de ignorância é deixar entender que pelo facto da ilha do Príncipe estar mais proxima do Continente deveria ser no Principe que se deveria fazer a conexão do Cabo com o nosso país!! Francamente! Não é necessário ser tecnico de telecomunicações para entender que a conexão com a rede deve ser mais fácil e cómodo, do ponto de vista operativo, ter a conexão directamente com a base do operador telefónico (CST) que, como sabe, se encontra em São Tomé. Por outro lado, não acha que uma vez o país conectado com o cabo a partir de Sao Tomé, as comunicações do Principe não comnheceram melhores dias? Ou pensa que as comunicações do Principe para exterior não passam pela Central em ST?
      Em resumo, concordo consigo quando diz que os nossos políticos (de todos os lados)são a causa do nosso marasmo. Censuro-os a todos, nomeadamente aqueles que vieram com esta treta de AUTONOMIA.
      Outra coisa, dá-me piada quando oiço os dirigentes do Principe se exaltarem devido ao orçamento que nos é concedido. Ouve em tempos um deles dizer publicamente, que o orçamento lhes havia sido imposto!!! Como poderia ser contrário? Se não temos produção de receitas o suficiente como podemos ter um orçamento que não o imposto?? O mesmo acontece com a republica, não é?

    • Amem!!!!!!!

      3 de Maio de 2011 at 17:10

      Sr. Monte Cara, vejo que perdeste uma grande chanse de ficar quieto….
      Um bem haja.

    • Alfredo

      3 de Maio de 2011 at 20:35

      Senhor Monte Cara

      O seu complexo com a autonomia do Príncipe revela ignorância, muita ignorância mesmo.
      Eu vou lhe explicar.

      Cabo Verde não pode ser comparado ao nosso caso por muitos motivos. O senhor sabe pouco ou nada de História de S.Tomé e Príncipe. Caso contrário saberia que a ilha do Príncipe dotada de um contexto geográfico e físico próprio tem uma identidade cultural, uma língua própria e outras manifestações de natureza material e simbólica que a torna diferente de S.Tomé. Isto não aconteceu com Cabo Verde.
      O senhor deveria saber que nas duas ilhas (S.Tomé e Príncipe) durante o regime colonial hove disputas entre as mesmas para ser o centro do poder político e administrativo do arquipélago sendo que o Príncipe já foi, também por isso, a capital do país. Portanto é mentira aquilo que os senhores, da sua estirpe nos impigiram, no tempo do seu partido MLSTP, que as ilhas sempre viveram num clima de paz tendo que o Príncipe deveria ficar subordinada ao comando de S.Tomé. É esta a mentalidade que os senhores do MLSTP, que o senhor representa, defende para o Príncipe.
      O senhor acha que em Cabo Verde existiu isto? Quantas línguas existe em Cabo Verde? As manifestações culturais de todas as ilhas de Cab o Verde são assim tão desiguais?
      É esta a sua ignorância, meu caro.

      Outra coisa. O senhor também deveria saber que Cabo Verde também tem cabo submarino e que não deixou nenhuma das ilhas deles sem este cabo. Aliás, só uma delas é que o cabo não passou por causas da orografia muito acidentada do fundo marinho da referida ilha. Eles não são maus e egoístas como nós. Zelam pelo interesse de todo o seu povo. É por isso que estão mais desenvolvidos também.
      Além disso não tendo as ilhas de Cabo Verde o estatuto de autonomia isto não é tão importante porque sabendo que eles tratam todas as ilhas com mesma justiça este problema fica esbatido porque os cidadãos sentem que existe justiça na repartição dos recursos.
      O senhor deveria reflectir a razão que levou a população do Príncipe a lutar pela sua autonomia. Eu não tenho dúvidas, que, provavelmente, deverá ser a forma como eles sentem que sâo tratados pelo governo central. Qualquer pessoa faria o mesmo. Quem não sente não é filho de boa gente. Quer dizer, eles são maltratados, marginalizados e no entanto, o senhor queria que eles não fizessem nada, nem sequer tivessem oportunidade de ir procurar alternativas politicas de resolver a situação deles? É isto que o senhor queria? Credo, credo, credo!
      Eu sou amigo de muitos naturais do Príncipe, estudei com muitos deles, sou professor de História e conheço aquilo que falo.
      E o senhor pode crer. Se a situação do país continuar assim muitas outras zonas do país vão começar a procurar a sua alternativa de desenvolvimento.
      O que me irrita nos nossos políticos é esta mesquinhez. Quer dizer, vocês não fazem nada para o desenvolvimento do Príncipe, criam problemas com orçamento do estado para a ilha, e ainda por cima querem que eles fiquem quietos e não façam nada para o seu desenvolvimento. Sinceramente! Eu nunca esperei que os dirigentes do meu país pensassem assim.

      Relativamente ao orçamento eles também têm a sua razão. Eu já falei isto com dois secretários do governo regional e entendo o que eles pensam.
      Se o governo central faz acordo com Europa, com Tawain e com outros países para exploração dos nossos recursos naturais, por exemplo, pescas. A grande parte de peixes que os barcos destes países pegam são na água do Príncipe porque eles estão situados numa zona em que a plataforma continental é mais rica. Portanto, sendo recursos deles, e também nossos, eles deveriam ser bem contemplados no orçamento do estado com verbas resultantes deste acordo. Ou não?! Vou lhe dar um exemplo. Imagina que o Príncipe fosse a capital do país onde existia um governo central. Nós aqui em S.Tomé teríamos, por exemplo ouro ou diamante. O governo central, situado no Príncipe, negociava este ouro ou diamante, ficava com grande parte dos proveitos deste contrato e mandava uma parte insignificante para orçamento de S.Tomé. O senhor ficaria satisfeito com isso?
      Nós temos de ter a capacidade de vestir a pele do outro e compreendê-los. Ninguém gostaria que os seus recursos fossem negociados e explorados até ao máximo e eles não verem nada da exploração deste mesmo recurso.
      O problema, no meu ponto de vista, não é impor um orçamento. É fazer regras claras e transparentes de tranferências destas verbas, anualmente, para que cada governo central não faça aquilo que lhe apetece.
      Eu já tive familiares que estiveram no governo deste país e sei daquilo que falo. Há muita pouca justiça na repartição dos recursos neste país. Aliás, se os recurso naturais são deles eu sou da opinião que eles deveriam ter uma voz forte no momento de negociação destes recursos. Eles não são colónias de S.Tomé.

      Alfredo

    • Monte Cara

      4 de Maio de 2011 at 11:00

      Compatriota, va devagar! A sua longa mensagem teve o condão de me proporcionar umas boas gargalhadas, nomeadamente quando, sem nexo nenhum, cataloga-me como sendo do MLSTP e sobretudo pelas baboseiras que diz sobre a história, ao mesmo tempo que arvora-se em historiador. Então como historiador não deveria saber que as razões da transferencia da capital para a ilha do Principe não tem nada que ver com pretensa disputa entre as duas ilhas. Que disputas?? Entre quem? Por acaso sabe qual era a população do Príncipe naquela época???!!! Fica também sabendo que as suas verdades sobre a identidade cultural de Cabo Verde não são tão verdadeiras quanto acha. E isto de dizer que o Príncipe tem uma lingua propria tem muito que se lhe diga, não acha! Vendo a coisa do seu ponto de vista, i.e. terra-à-terra, fica-se com essa imprensão; mas o lungu’yé (infelizmente em vias de extinção) não será na verdade um dialecto da lingua de São Tomé, como é o caso tb do Ngolá? Entenda o dialecto como linguagem particular de uma região, derivada da lingua principal.
      Sugiro que encontre outras respostas à sua mensagem nas mensagens de Telma Trindade e de São Tomé.
      Tenha bom dia!

    • STP # STP

      9 de Maio de 2011 at 20:25

      Bem analisado Alfredo, meu parabens…

    • Albertino Silva Braganca de Sousa

      3 de Maio de 2011 at 15:10

      bonito e franco o seu texto.

    • Alfredo

      4 de Maio de 2011 at 21:48

      O senhor sabe tanto de Línguas que deveria estar a trabalhar como um plantador de batatas.
      Quem lhe disse que o crioulo do Príncipe é uma dialecto de S.Tomé? O senhor não sabe o significado nem de criolo, nem de dialecto muito menos de Língua. É pena que caia no ridículo fazendo com que milhares de pessoas achem que os políticos e quadros de S.Tomé sejam assim tão ignorantes.
      Aconselho-lhe a ler e investigar mais sobre a base lexical dos crioulos de S.Tomé, do Príncipe e de Angolares e não limitar a ir atrás das maiores e mais rápidas ignorâncias que o senhor tira da Net sem qualquer criticismo.
      O senhor deve ter estudado em qualquer faculdade e, provavelmente, uma das coisas que aprendeu é a capacidade reflexiva e crítica inerente à resolução de problemas. Se o seu problema, momentaneamente, é défice de informação e esclarecimento sobre Línguas Nacionais e Cultura, está na hora de meter mãos à obra. Existe muito material bibliográfico espalhado um pouco por muitas bibliotecas. Não tenha receio. Ou informe-se junto de pessoas que sabem mais de História e Cultura Nacional. Não se acantone, com vergonha, na ignorância. Aprende-se até ao fim da vida.
      Alfredo

  4. voz do povo

    3 de Maio de 2011 at 20:01

    Este comentário não tem nada á ver com a notícia em epígrafe; Mas peço toda a vossa colaboração para solucionar o problema dos dois irmãos gémeos filhos de S.Tomé e Principe de modo à evacuá-los para exterior a fim de um tratamento especializados.Isso é um fato,não é um dito….

    A saude está acima de tudo!
    E não se limitam na decisão de amputar as pernas dos jovens.Que segundo os especialistas será a última hipotese

  5. São Tome

    4 de Maio de 2011 at 9:07

    Imaginem se Cabo Verde tivesse em cada uma das suas tantas ilhas, uma região Autónoma! Certamente estariam mais atrasados que nós.
    De acordo com o tal estatuto ( lei de 2010) que o Tóze cita ( e que os malandros dos deputados aprovaram para caçarem alguns votos no príncipe),TODA a receita que é produzida no Príncipe, fica no Príncipe! Nenhuma vem para São Tomé para as despesas gerais do Estado. Entretanto, as receitas que se cobra em São Tomé devem ser enviadas para alimentar os PRs e ministros da região (porque o povo não vê nada). Eu creio que o país só tem qualquer coisa como trinta milhões de dólares, com os quais se faz todas despesas do Estado. E imagiem que mais do que dois milhões deste valor vai para despesas de funcionamento do poder regional. Não falo do valor que é enviado para o investimento, porque este é útil. Onde está justiça? Porque que eu devo pagar os impostos para encher a barriga de outros? Se esse dois milhões anuais fossem encaminhados para construção de escolas e/ ou apetrecho de hospitais nas duas ilhas não seria melhor para o país?
    Portanto, quem paga a autonomia são os desgraçados em são tome que pagam os impostos (os contribuintes que vivem em São Tomé). Porquê tudo isso?! Por causa do maldito petróleo, que nem sai? Um dia será a população em são Tomé a revoltar-se contra os políticos que permitem essa pouca vergonha. Tal como em S.Tomé não precisamos de tanta gente nos órgãos de soberania, não precisamos de tantas câmaras, no Príncipe, não precisamos de todo esse aparato, de gente que pouco faz, e que que passa a vida a exigir.
    Disse!

    • Fernando Cabral Managem

      4 de Maio de 2011 at 11:56

      O senhor tem razão quando diz: “Porque que eu devo pagar os impostos para encher a barriga de outros?”
      Só que o senhor se esqueceu também de dizer porquê que tem de ser os recursos do Príncipe, sobretudo os pesqueiros, que o governo central negoceia com Taiwan e União Europeia, por exemplo, para encher a sua barriga e a barriga dos seus conterrâneos? Porquê que o senhor não fala nisso? Porquêm que tem que ser a sobreexploração dos recursos da minha terra a encher a sua barriga e a barriga de outros forros? Quem não sente não é filho de boa gente? Quer dizer, para uma coisa o senhor acha que não deve fazer sacrifícios e para outras o Príncipe os recursos do Príncipe já prestam e podem encher a sua barriguinha? É esta a sua concepção de justiça e distribuição de recursos para o país? É por isso que estámos nesta situação. A desigualdade social aumenta todos os dias e já queriam expulsar os habitantes bdo ilhéu das rolas do seu território.
      Quem está a pagar a sua barriguinha que está bem cheia é a sobreexploração dos recursos do Príncipe. A culpa não é sua porque o senhoer está instalado ai em S.Tomé com a sua barriguinha cheia vivendo à custa da exploração dos recursos alheios enquanto quem detém os referidos recursos passa fome.
      Fernando Managem

  6. Telma Trindade

    4 de Maio de 2011 at 9:15

    Olá bom dia a todos.

    Gostaria simplesmente de comentar a crítica da não passagem do cabo submarino pela ilha do Príncipe:

    Seria bom que as autoridades regionais se informassem antes de fazer este tipo de declarações sensacionalistas e incendiárias, economicamente é inviável passar um cabo com tanta capacidade por uma ilha que não têm capacidade de consumo, a solução técnica já foi demonstrada e provada pela CST, a população da região autónoma do Príncipe beneficiará da mesma largura de banda de Internet e capacidade de transmissão de dados que a de S. Tomé através do feixe hertziano. Para os futuros investidores que queiram ligar as suas unidades hoteleiras com cabo de fibra óptica, ao seu tempo encontrar-se-á a solução adequada. Eles que dêem provas de que são capazes de investir o que prometeram…

    Saudações,
    TT

    • Monte Cara

      4 de Maio de 2011 at 11:06

      Ola Telma.
      Muito obrigado pela informação.
      È mesmo triste que personalidades que assumem altos cargos de Estado façam comentários deste género sem se informar primeiramente. Se a Telma obteve essas informações, acho que ao Tozé seria ainda muito mais fácil. Até parece birras de crianças que so sabem gritar “Eu tb quero um brinquedo igual ao do meu irmão”

    • Macário

      4 de Maio de 2011 at 22:02

      Não é birra coisa nenhuma. Quem passa a vida a fazer birra é o seu patrão Patrice e Varela. Vocês estão mal habituados em relação ao Príncipe. Estavam habituados com gente mole. Agora acabou a brincadeira.
      Porque razão este projecto não poderia integrar o Príncipe?
      Além disso, não podendo integrar, por razões diversas, o mínimo que as pessoas com responsabilidades políticas deveriam fazer é criar condições de informação, transparência, entendimento, justiça entre todas as partes interessadas e, só depois, avançar com o projecto. Agora, o que é que fizeram? Acertaram tudo na calada, negociaram com entidades estrangeiras, como têm feito em relação ao pescado e petróleo, assinaram memorando de entendimento e, só agora, quando o problema foi levantado é que aparecem a chorar, como o senhor, a dizer que o Tozé deveria pedir explicações. Mas que explicação? Quer dizer, um responsável politico de uma região não é informado num assunto desta natureza, onde a região tem interesses legítimos, e depois, no fim de tudo estar negociado e fechado, o senhor vem propor que o Tozé deveria informar-se? Tenha paciência! Estámos aonde? É este o respeito que as pessoas do Príncipe merecem? Mesmo que o Príncipe não estivesse em condições de fazer parte do projecto, por razões técnicas ou de outra natureza, o mínimo que se exigiria a um responsável político íntegro e com sentido ético era informar o responsável político da ilha do Príncipe sobre o processo negocial, as contrapartidas técnicas e operacionais dai decorrentes, etc.
      Fez exactamente o contrário. Ai é que eu vejo irresponsabilidade, birra e má-fé.
      Fui
      Macário
      Fui
      Macário

    • Príncipe

      5 de Maio de 2011 at 9:43

      Menina Telma,
      Gostaria que a CST tornasse público tais estudos que inviabiliza instalação do cabo submarino de fibra óptica do continente a minha querida Ilha do Príncipe onde propõe como alternativa o sistema de transmissão por Feixe Hertiziano/Microwave Rádio ou até mesmo cabos convencionais (cobre etc…) de S. Tomé para o Príncipe. Esta solução técnica inicialmente poderia ser aceitável na ligação interna (na Ilha do Príncipe). Se tais estudos existir, era bom que demonstrassem o custo benefício comparando as duas tecnologias. Vê-se mesmo que anda-se a brincar em S. Tomé e continua-se a pensar pequeno este é o nosso mal. Desafio mais uma vez a CST publicar este tal estudo que estarei disponível como jovem do Príncipe a apresentar uma tese alternativa onde defendo fibra com todos os custos a ele associado. Disseste algures no texto que com esta solução o Príncipe beneficiaria da mesma largura de banda e capacidade de transmissão?! Se calhar não fizeram as contas e nem conhecem as características dos equipamentos necessários para manter a máxima amplitude do sinal com esta tenologia e que mesmo assim terá perdas imensas. E não cabe ao Governo Regional pedir tais estudos mas sim, o central refutar junto ao GR o porquê de não assinatura do tal acordo em detrimento do Príncipe e opção por outra tecnologia. Ou guardam informação com este intuito?! Penso que o Governo agiu em função da informação que dispõe e a única informação que supostamente dispõem é o acordo e não estudos. Felizmente o Príncipe de hoje não é e nem será o de ontem, porque possui imenso quadros e em diversas áreas que poderá apresentar estudos e alternativas válidas aos interesses do povo da Ilha. É besta o GR querer e aproveitar os recursos que tem no território nacional e na diáspora.

    • Fernando Managem

      5 de Maio de 2011 at 16:43

      Muito bem senhor Príncipe1 Grande intervenção. Adorei!!!
      Isto é uma forma de mostrar esta gente que a mentira, injustiça e falta de lealdade no tratamento de assuntos sérios que têm a ver com a dignidade e direito das pessoas não pode ser tratado desta forma, como se as outras pessoas fossem burras ou tivessem que se submter de bico calado às normas e decisões deles.
      Imagina que nem sequer se dignaram, pelo menos, durante o estudo, análise e tomada de decisão, de ir informando aos representantes da Região Autónoma do Príncipe, até, como forma de encontrar saídas alternativas, justa e equilibrada que não desrespeitasse e discrminasse o Príncipe. Analisaram o problema, tomaram a decisão e estão em vias de implementar o projecto sem passar o cavaco a ninguém. Que raio de país é este? Os representantes políticos de Cabo Verde não fariam esta maldade a nenhuma das suas ilhas. Mas também não vale a pena comparar. Comparar o senhor Rafael Branco ou Patrice Trovoada com o actual ou anterior primeiro-ministro de Cabo Verde é comparar dia com noite. Estes têm outra noção de Estado, da política e do respeito e dignidade no tratamento das pessoas da sua terra.
      Que sorte a nossa ter esta gente a nos governar. Mete nojo e receio ter de dizer que estas pessoas são representantes do meu povo. É triste! Muito triste! Até quando?
      Fernando Managem

  7. DEUS É PAI

    4 de Maio de 2011 at 13:21

    NO MEIO DE TANTA CONFUSÃO, QUERO SOMENTE DIZER QUE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO. TANTO A ILHA DO PRÍNCIPE COMO A DE SÃO TOMÉ PRECISAM DE PESSOAS HONESTAS, NÃO COM O ESPIRITO DE IGNORANCIA E ARROGANCIA, MAS SIM DE HUMILDADE. MUITOS PENSAM QUE SER HUMILDE É SER PATETA. EU PORÉM VOS DIGO QUE EM NOME DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE ESTÁ A SOLUÇÃO PARA TANTA COMPLICAÇÃO. ZELEMOS TODOS PARA O SUCESSO E DESENVOLVIMENTO DO NOSSO DOIS GRÃOS DE TERRA, PORQUE ELA JÁ TEM TUDO, SÓ FALTA FAZER UMA BOA GERENCIA DELA.

    • STP # STP

      5 de Maio de 2011 at 3:02

      Deus é Pai, o sr não sabe que não se pode fazer comentario com letra maúscula, quantas vezes o Abel terá que vos chamar atenção….como nos santomenses somos cabeça dura, credo , credo ….
      Abel, tens que começar a bloquiar esses comentario, o pessoal anda a fazer de proposito…

  8. Taa-Sossegado

    4 de Maio de 2011 at 15:34

    Uma coisa é certa; com ou sem o famoso cabo submarino; sem grua; o Príncipe vencerá!

    Ninguém, mas mesmo ninguém nos fará parar! Metam isso na cabeça.Nem que tenhamos que sacrificar as nossas próprias vida,a luta por uma verdadeira autonomia vai continuar!

    Basta de ser joguete!

    Fui!…………

    Viva o Príncipe

  9. Isidoro Porto

    5 de Maio de 2011 at 6:45

    A posiação geo-estratégica de São Tomé e Príncipe é tão importante que os políticos santomenses são influenciados por forças externas com migalhas para degladearem entre si. Enquanto gastam sinergias bloqueando uns aos outros, perdem energias e tempo que deveriam ser empregues na busca de soluções conjuntas para o desenvolvimento do país.

    Há inúmeros exemplos:
    1. Houve em tempos a ideia de se construir um porto para prestação de serviços aos navios petroleiros na ilha do Príncipe com o apoio com a Guine-Equatorial. Este projeto daria um grande impulso no desenvolvimento da a ilha do Príncipe. Creio, que este projecto já tinha fundos garantidos para a sua implementacao. Os igoistas e malfeitores opuseram-se ao referido projecto com alegações esfarrapadas (ecologia, tirania, etc ). Conseguiram bloquear o projecto. Meses depois entregaram a área de Neves na ilha de São Tomé a Sonangol para construir uma plataforma para abastecimdento de navios. Passados dois anos nem a primeira pedra nem NADA. NADA. Por parcos 30 milhoes de dolares. NADA.

    2. Havia ideia de se melhorar o aeroporto na ilha do Príncipe. Bloquearam-no e entregaram o projecto ao Holandês com promessas faraónicas. Até hoje o pouco que se fez não se compara com o prometido. O avião que liga São Tomé ao Príncipe é uma “gozação”. Simplesmente uma “gozação”.

    3. Houve um projecto grupo Ex-Bufalo, apoiado pelos Sul-Africanos ligado. O mesmo foi simplesmente bloqueado.

    4. Houve o projecto com o apoio de Quenianos para controlo do espaço aéreo e prestação de serviços neste domínio. Os egoistas que deviam (re)negociar (em conjunto) as vantagens percentuais para São Tomé e Principe, decidiram simplesmente bloqueá-lo. Meses depois entregaram a nível de intenções a Sonangol, tendo sido concretizada há poucos dias (estou a referir ao aeroporto).

    5. Há aproximadanente 4-5 anos, houve o projecto para construção de uma barragem hidro elétrica no valor estimado em 30 milhões de dólares que aliviaria São Tomé e Príncipe de um fardo da Energia Térmica (não em 100% salient-se). Os igoistas que deviam exigir a (re)negociação dos benefícios a favor de São Tomé, preferiram bloquear o projeto. Meses depois, pagamos 10 milhões de dólares a Sonangol (dívida da ENCO), gastamos 15 milhões de dólares na construção de uma nova Central Térmica e hoje a EMAE deve a Sonangol/ENCO aproximadamente 15 a 18 milhões de dólares. Também pagamos 3 milhoes de dólares de multa pela renúncia unilateral do acordo com a empresa Sinergie. Feitas as contas neste interregmo gastamos só com a energia aproximadamente 43 milhões de dólares pelos gastos com os combustiveis para energia e perdemos uma barragem hidro elétrica de 30 milhões.

    6. Em vez de comprarmos barcos que pesquem nas nossas águas territorias ricas em pescado (tendo albergado mais de 70 navios da Comunidade Europeia, agora já são muito menos) decidimos comprar dois arrastões (AMADOR E 30 DE SETEMBRO) que só podiam pescar á léguas, nas águas da “Sonangol”, gastando mais combustíveis para a faina, mais impostos nas águas da “Sonangol”, o pescado demora mais tempo chegar ao país, com os custos dai inerentes, etc.

    7. Tivemos projecto de renovação da estrada que liga a São João dos Angolares ao Porto Alegre. O projecto já estava em execução, tendo ultrapassado Ribeira-Peixe. Um projecto com finaanciamento garantido. Os nossos “verdadeiros” políticos e governantes decidiram bloqueá-lo por alegações verdadeiramente nacionalistas: o financiador e imperador, ditador, o mais corrupto do mundo, etc, etc. Depois da MOÇÃO DE CENSURA fomos pedir 50 milhões de Euros a Portugal para executar a mesma obra. Hoje não sei em que pé está isto.

    8. Tivemos a empresa (TONDO , se não estou em erro) que negociava a instalação da concorrência no domínio das telecomunicações. O projecto foi bloqueado pelos nossos “verdadeiros” políticos e governantes, alegando a monopólio da CST institucionalizado no país.

    9. Não temos produtos nacionais que possam reduzir os gastos de divisas com importação, como por exemplo, salinas, indústria farmaceutica (as nossas florestas são ricas em folhas medicinais), fábrica de agua mineral e de mesa, de sumos, de sabão, de perfumes (Porto Alegre), etc. Preferimos apostar em baunilia e outras especiarias para abastecer outros mercados, que depois utilizamos o mesma divisa para importarmos o sal, o sabão, a água de mesa, etc, etc.

    10. Os exemplos são infindáveis.

    Não duvido que como resultado do igoismo dos nossos políticos e governantes em quererem ser protagonistas em tudo, este famoso projecto de estancia turística no Príncipe venha ser bloqueado pelas dificuldades (forjadas) que os investidores encontrarão para levar avante os seus intentos em prol de desenvolvimento economico e não só no Príncipe que em última análise será de SAO TOME E PRINCIPE num todo.

    Isto prova que os nossos “verdadeiros” políticos e governantes só conhecem duas fontes de cooperação: ANGOLA e PORTUGAL. Os restantes são para esquecer. E afundaram o nosso “TITANIC”.

    Quero deixar claro, aquí, agora e nesta tribuna, que não tenho nada contra Angola, Sonangol ou Portugal. Simplesmente não concordo com esta guerra “CIVIL/POLITICO/PARTIDARIA” entre irmãos políticos e governantes que na luta entre si pelo protagonismo em tudo, têm conduzido o país a esta profunda letargia.

    Torna-se indispensável criar um ambiente de competição entre os investidores, para se proporcionar maior valor acrescentado a essa posição geo-estratégica, tão cobiçada.

    Pela diversificação de parceirias de cooperação a luta continua. Parabéns ilha do Príncipe.

    Para os inteligentes e honestos – verdadeira AUTONOMIA SIM, pelo bem de São Tomé e Príncipe!!!!.

    05/05/11

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