Política

ONG de vários países lusófonos contesta a possibilidade da Guine Equatorial entrar na CPLP CPLP

Um movimento cívico agrupando Organizações Não Governamentais de vários países lusófonos lançou esta segunda-feira uma campanha contra a adesão da Guiné Equatorial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). É na próxima cimeira dos Chefes de Estados e de Governos na CPLP, marcada para 20 de Julho em Moçambique, onde os líderes políticos da comunidade lusófona vão decidir sobre a entrada ou não da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da CPLP.

Os governos dos países africanos de expressão portuguesa, apoiam a inclusão da Guiné Equatorial na CPLP. Mas a nível da sociedade civil, regista-se importante contradição, facto que realça a democracia na comunidade de língua portuguesa. Algumas ONGs baseadas em Portugal e que congregam cidadãos da CPLP, já lançaram campanha de sensibilização das massas com vista a promover a entrada da Guiné Equatorial na comunidade lusófona, enquanto que outras manifestam-se contra. Num comunicado enviado ao Téla Nón, um grupo de ONG de quase todos os países da CPLP, anuncia a criação de um movimento anti-Guiné Equatorial como membro da CPLP. O Movimento escreveu também uma carta aos Chefes de Estados da Comunidade.

Para ler o Comunicado das ONG e a respectiva carta enviada aos Chefes de Estados da CPLP, clique sobre os dois documentos abaixo:

Abel Veiga

1 – Comunicado_Guin-_Equatorial_CPLP

2 – Carta_GE_2012

20 Comments

20 Comments

  1. Sempre a subir

    12 de Junho de 2012 at 10:43

    Não da para entender as razões dessas ONGs, até parece que não têm mais que fazer. Isso (entrada de Guiné Equatorial) é política que beneficiaria a expansão da língua portuguesa. Francamente… Também, MGuemá nem sequer precisa disso. O espanhol é muito mais cosmopolita que português, ele deveria sim é correr atraz do Inglês como muito bem faz o Patrice Trovoada.

    • Diabo com Fogo no rabo

      13 de Junho de 2012 at 11:15

      Meus caros,
      não sejamos estúpidos.
      Sao Tome e Principe é o país da CPLP que ganhará mais com a entrada da Guiné Equatorial na CPLP. e isto faz inveja a muita gente.

      Bem haja!

  2. Sempre a subir

    12 de Junho de 2012 at 11:04

    Qual dos países que falam português com excepção ao Portugal não foi imposto? Quem falava português antes do colonialismo? Ao invés de isolar aquele país porque não engloba-lo na nossa comunidade e reabilita-lo? Por outro lado não há como branquear um processo de investigação em curso, ainda mais se tratando de EUA.
    Outra coisa Abel, o comunicado abre mas a carta em pdf (http://www.telanon.info/wp-content/uploads/2012/06/Carta_GE_2012.pdf) não, veja se não há por aí nenhum erro.

  3. VOZ DO POVO

    12 de Junho de 2012 at 11:17

    A entrada da Guné Equatorial na CPLP é muito importante para expanção da lingua portuguêsa.O que estas ONG deviam fezer é dar o mundo a conhencer o que é a CPLP? o que fazem? Guiné Bissau estava com problema o que é que a CPLP fez para ajudar G.B a sair desse problema? Nada é isso que a CPLP tem que precupar com ele na divulgação de CPLP e a expanção da lingua portuguêsa. Não é com a entrada de G.E na CPLP, quanto mais pais a fazer parte do membro da CPLP é melhor.

  4. Madalena

    12 de Junho de 2012 at 11:38

    Essas ONGs sabem o que querem verdadeiramente.
    Apoio

  5. Matazele

    12 de Junho de 2012 at 14:36

    Dimensão do mercado e acesso
    O mercado de São Tomé e Príncipe é, em si próprio, reduzido. Contudo, não
    muito longe existem mercados de grandes dimensões, ao longo da costa ocidental
    africana. Por outro lado, enquanto “país menos desenvolvido”, uma categoria
    das Nações Unidas que indica baixos rendimentos e menor desenvolvimento,
    São Tomé e Príncipe tem acesso a diversos mercados ricos estrangeiros, especialmente
    a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América, mediante o tratamento
    preferencial oferecido através da iniciativa da UE Tudo Menos Armas
    13
    (EBA-Everything But Arms) e, relativamente aos EUA, da Lei de Crescimento
    e Oportunidades para África (AGOA-African Growth and Opportunities Act) –
    ver Capítulo III.3, Mercados, tratados e questões relacionadas.
    Este acesso e a proximidade da África Ocidental teriam pouco significado se São
    Tomé e Príncipe fosse palco das tensões tumultuosas ou dos conflitos que caracterizam
    tantos países africanos. Mas é neste aspecto que São Tomé e Príncipe
    oferece aos potenciais investidores algo completamente diferente: não há conflitos
    sociais, divisões religiosas, nem criminalidade violenta. O Capítulo II, seguidamente
    apresentado, descreve áreas específicas de oportunidade de investimento.

  6. Argenezio Antonio Vaz

    12 de Junho de 2012 at 15:40

    Francamente, essas ONGs, são sim organizações “faz de conta”. Qual dos paises do dito CPLP, onde o direito humano é verdadeiramente respeitado? Que eu saiba, não existe. Senão vejamos:
    – As eleições são verdadeiramente livres nos nossos paises?
    – As riquesas dos nossos paises são utilizados, 100% para o bem da população?
    – E por fim, os direitos humanos no seu todo? Passa tudo a mil maravilhas.
    – A riquesa que esta nas mãos dos nossos dirigentes politicos , vieram de onde. Sairam dos nossos bolsos.
    Eu gostaria que essas organizações apontassem o que passa nos respectivos paises a luta das respectivas populações.
    Deixem que a GE entre, é mais um pais e a nossa população pode ganhar com isso. Estou nas tintas com os politicos, mas a população pode trabalhar e ganhar um pouco, particularmente de S.Tomé e Principe, que esta tão perto.
    Em STP nada se aproveita com o potencial de Angola, seria bom que podessemos trabalhar na GE ou Angola e seria um alivio para todos nos.
    Para aqueles que odeiam GE, deveriam ver o que passa nos nossos paises e fazer comparações.
    Guiné Equatorial sim, que venha a CPLP.
    Muitas dessas organizações trabalham em paises onde as pessoas estão sendo reduzidas a lixo, mas nada dizem. Eu acho que estão a procura de dinheiro e nada mais.

  7. Sara Cardoso

    12 de Junho de 2012 at 16:49

    Se a Angola, com o José Eduardo dos Santos à cabeça, faz parte da CPLP, a Guiné-bissau, com os seus militares faz parte da CPLP, porque não o Obiang e a sua ditadura? Não ia fazer muita diferença.

  8. pagagunu

    12 de Junho de 2012 at 21:50

    Democracia, democracia meus Senhores, é muito importante que os paises que fazem parte da CPLP sejam democraticos, os mesmos que hoje dizem não compreender no passado levantarão a bandeira da Democracia como razão impeditiva para a não adesão da guine Equatorial. O senhor Obiang é um ditador e não vai ser o Petroleo e os Milhões que o vão lavar. Mas como o Senhor Pinto agora é amiguinho do Obiang todos os lambe botas já acham muito bem a entrada da GE. vamos ser no minimo honestos.

  9. Kalu Mendes

    12 de Junho de 2012 at 22:15

    pq guiné nao fala português portanto fica de fora uma coisa é ser país amigo e outra é fazer parte

  10. lupuye

    13 de Junho de 2012 at 1:11

    Realmente estamos muito mal. Os paises que encorporam a CPLP so fazem parte do grupo porque tem algo em comum: falam o portugues. Os que ai estao e que precisam modificar como e o caso da Guine Bissau ou mesmo Angola, (e porque nao o STP onde a corrupcao e lamentavel) so fazem parte porque ja pertencem ao grupo. Porque e que temos que adicionar mais um so porque nos podera ajudar mais tarde? Sera que nos vai ajudar mesmo? Acho que os nossos dirigentes em encontros constantes com esses corruptos so podem e se corromperem. Aprendem como roubar (ja o sabem)e como se comportarem como ditadores. Precisamos e por pressao naqueles que creem que a riqueza do povo os pertence. Se o presidente da Guine Equatorial modificar a forma de tratar o seu povo, se aprender a dar ao povo o que lhe e devido e nao pensar que isso e do “seu pai” entao poderiamos estudar a situacao e aceita-los no nosso seio.Mas nesse momento, a meu ver, o pais nao reune condicoes para fazer parte da “nossa” organizacao. Ja temos problemas suficientes para aceitarmos mais um pais que nao respeita os direitos humanos.

  11. FIJALTAO

    13 de Junho de 2012 at 5:50

    Uma coisa é N’Gema e outra é o povo da Guiné Equatorial! Aliás, o próprio N’Guema prometeu mudar a sua política, o regime e estabeleçer no seu país um regime democrático! Na CPLP existe alguns países membros onde a democracia é fachada! Portanto estou em crer que toda essa contestação é uma forma de se fazerem ouvir para sacr algum dinheiro para sobrevivência dessas organizações oportunistas que há muito tempo não se faziam ouvir!

  12. Joao Carvalho

    13 de Junho de 2012 at 7:39

    GUINÉ EQUATORIAL NÃO FALA PORTUGUÊS

  13. Santosku

    13 de Junho de 2012 at 8:23

    Cada um tem a sua razão mas a verdade é que com a entrada de GE no CPLP é mas um espaço onde e sobretudo os santomenses trabalham e podem viajar sem dificuldades.
    Bem haja Ge no CPLP

  14. Zeme SOOO

    13 de Junho de 2012 at 9:32

    Viva democracia
    Viva Pinto da Costa
    Viva Osvaldo Vaz futuro Primeiro-Ministro
    Viva STP

  15. Matazele

    13 de Junho de 2012 at 12:57

    Guine Bissau, fala Ingles, Fala frances?
    É da CEDEAO!

  16. Fbi Soares

    13 de Junho de 2012 at 14:59

    Sem muitos comentarios, todos voces ja falaram por mim por isso, eu também contexto essa decisao das ONGs.

  17. M. Francisco

    14 de Junho de 2012 at 1:27

    M. Francisco14 de Junho de 2012 01:30
    Se a opinião pública não reagir com firmeza, dentro de algumas semanas os Presidentes dos países da CPLP perfilar-se-ão para cumprimentar com veneração e abraçar com entusiasmo a mais nova estrela do firmamento lusófono, Sua Excelência Teodoro Obiang Nguema, franqueando as portas da CPLP e emprestando prestígio e credibilidade a uma das mais retrógradas e opressivas ditaduras que ainda persistem no mundo. Prestígio e credibilidade esses que a CPLP perderá a dobrar.
    E a CPLP passará a ser diferente.
    A entrada da Guiné Equatorial trará para a CPLP o pior exemplo que o mundo de hoje testemunha de saque de um país por parte do seu próprio governo, composto, na sua maioria, por filhos, irmãos, cunhados e sobrinhos do ditador-presidente, que também controlam as Forças Armadas, a Segurança, a banca e as empresas públicas e privadas.
    As garantias de liberdade de imprensa, de opinião e de expressão, que vêm sendo gradualmente conquistadas e consolidadas nos países de língua portuguesa, ficarão em risco com a admissão na CPLP de um regime baseado na repressão dessas liberdades.
    E se a democracia nos Estados da CPLP é um processo em vias de afirmação e consolidação, a Guiné Equatorial encarna a sua a negação total com a concentração absoluta do poder nas mãos de um homem que se perpetua no poder há mais de três décadas e tranquilamente prepara-se para transferir esse poder para seu filho, reconhecido delinquente com mandados de captura internacional por práticas de corrupção, enriquecimento ilícito e lavagem de capital.
    A pena de morte ganhará direito de existência no seio da Comunidade. A CPLP deixará de poder apresentar-se com uma posição coerente nos esforços para se pôr termo a essa punição desumana e degradante, deixando de ser a única organização internacional cujos membros aboliram a pena capital: a última condenação à morte na Guiné Equatorial teve lugar há escassas semanas.
    Pelas razões apontadas atrás, o Grupo Ibero-Americano que reúne todos os países de língua espanhola e portuguesa, tem sistematicamente recusado aceitar a Guiné Equatorial como membro.
    A CPLP apronta-se para aceitar no seu seio um país que usa o espanhol em actos oficiais, onde se falam várias línguas nacionais mas onde o português é completamente ignorado apesar de o ditador-presidente ter feito adoptar às pressas e sem observar os requisitos legais do próprio país, uma decreto que o torna língua oficial mas que não foi seguido de qualquer medida de implementação.
    Em 2010, por pressão da opinião pública, os Chefes de Estado da CPLP recusaram o estatuto de membro à Guiné Equatorial, tendo estabelecido um conjunto de requisitos para que ela pudesse ingressar na comunidade.
    O ditador-presidente fingiu aceitar essas condições, mas, dois anos depois tudo está na mesma: os cidadãos do seu país continuam sujeitos à opressão e aos desmandos, privados de intervir na vida política do seu país e despojados das imensas riquezas produzidas no país que vão para os bolsos de Obiang e seus familiares.
    Nada pois, de substancial, mudou na situação deste país, de 2010 para os nossos dias, que justificasse uma mudança de posição da CPLP. Mas as diplomacias dos países da CPLP e o seu Secretariado, mantém o maior silêncio sobre o desprezo que a decisão dos Chefes de Estado mereceu de Teodoro Obiang. Pior do que isso, há indicações de que, cedendo a interesses mesquinhos, alguns governos estariam pressionando no sentido de admitir a Guiné Equatorial na CPLP sem mais delongas, estando em curso concertações sigilosas para acertar os pormenores das “justificações” a apresentar ao público. Entretanto, a imprensa é mantida à distância para não levantar ondas na opinião pública.
    É tempo de agir!
    Assim como aconteceu em 2010, a opinião pública e cidadã mobilizada pode fazer a diferença e impedir uma tomada de decisão lesiva aos interesses dos povos dos países de língua portuguesa e da Guiné Equatorial.
    Uma decisão que desvirtuaria de maneira irreparável a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa!

  18. João

    14 de Junho de 2012 at 5:14

    A Guiné Equatorial é um país hispanofono. Eu espero que seja recusada a sua entrada na CPLP.

    • dayanne

      20 de Junho de 2012 at 20:39

      seja benvinda Guiné-Equatorial.
      se dependesse de mim nenhum pais africano teria lingua oficial, isso leva certos a pensar que sao mais do que os outros.
      Africanos dêem-se as mãos invés de recusar a tua ao seu proprio irmao de raça e de historia. Quanto mais unidos estivermos mais proximo do desenvolvimento a Africa estara.

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