Política

Começou novo ciclo de pulverização das casas para travar o aumento do paludismo

O Presidente da República Manuel Pinto da Costa e o Primeiro-ministro Patrice Trovoada, estão envolvidos no sexto ciclo de pulverização, que pretende travar o aumento do paludismo no país. O Governo anunciou também a importação de mais de 100 mil mosquiteiros impregnados.

O aumento do paludismo que se regista no país, após o controlo da doença de 2004 à 2009, está a preocupar toda gente. Só no primeiro trimestre de 2012 os centros de saúde do país, registaram mais de 3 mil e 600 casos de paludismo, quando de 2004 à 2009, São Tomé e Príncipe registava anualmente menos de 3 mil casos de paludismo.

Uma doença que para além de ceifar vidas humanas, pode agudizar a situação de pobreza em São Tomé e Príncipe. O Presidente da República Manuel Pinto da Costa, que abriu a campanha de pulverização no distrito de Água Grande, também está preocupado. «Temos um combate grande contra a miséria no país. E vamos ter ainda o paludismo em cima de nós? Não. Estou aqui para pedir colaboração de toda gente, para definitivamente acabarmos com o paludismo no nosso país. Se não deixarmos os pulverizadores entrarem nas nossas casas vamos ter muitos problemas», afirmou Pinto da Costa, no bairro do Riboque.

Segundo a Direcção do Programa de Luta Contra a Doença, a campanha de pulverização realizada no ano 2010, abrangeu apenas 70% das casas. A resistência de alguns grupos populacionais em aceitar que as suas casas sejam pulverizadas, dá margem de manobra ao mosquito causador da doença.

Por isso é que o Presidente da República e o Primeiro-ministro Patrice Trovoada, entraram em campo para incentivar toda a população a colaborar no processo de pulverização. Patrice Trovoada que esteve no distrito de Mé-Zochi, anunciou que o seu governo importou mis de 100 mil mosquiteiros impregnados, que deverão ser utilizados pela maioria da população, como forma de evitar a picada dos mosquitos. «Todos nós temos que colaborar. Vamos aceitar a pulverização, vamos aceitar a introdução dos mosquiteiros. Desta vez o governo encomendou mais de 100 mil mosquiteiros. Desta vez o mosquiteiro não deve servir para a pesca», advertiu, o chefe do Governo. .

O Chefe de Estado, que falava no Riboque no momento em que a selecção nacional jogava na Serra – Leoa, destacou que «com o paludismo não se ganha nada. Paludismo enfraquece. Paludismo mata, mesmo. Os jovens devem ajudar os pulverizadores na pulverização das casas», sublinhou.

O Sexto ciclo de pulverização das casas, começou esta segunda feira e vai durar 3 meses. Os distritos de Mé-Zochi, Água Grandes e a região do Príncipe, estão incluídos na primeira fase. Lobata, Caué, Lembá e Cantagalo, serão pulverizados na segunda fase.

Abel Veiga

4 Comments

4 Comments

  1. bbb

    18 de Junho de 2012 at 9:24

    Falta o Sr Patrice Trovoada explicar ao povo porque é que não se cumpriu o programa de pulverização! Se a pulverização tivesse sido feita no tempo devido não deviamos voltar há vários casos de paludismo e o pior com registo de mortes. Sr PT, o Sr vai pagar por tudo isto, caso o Sr esteja a fazer de má fé. Sr Patrice Trovoada deixa o povo Santomense em paz. A onda da vitória acabou acomeça a pensar seriamente da derrota que está chegando com muita força.

  2. Mimi

    18 de Junho de 2012 at 14:31

    Já nao era sem tempo! Era preciso morrer gente, voltar-se outra vez à estaca zero para alguém se lembrar que teria que importar mosquiteiros impregnados e recomeçar a pulverizaçao? A quem atribuir responsabilidades por tamanho retrocesso no combate ao paludismo, quando a situaçao já estava controlada? Qual foi o custo desta irresponsabilidade?

  3. Anca

    19 de Junho de 2012 at 11:29

    Muito bem

    Este esforço, deve ser de todos os cidadãos, de toda a sociedade cívil organizada SãoTomense, de todos orgãos de soberania com responsabilidade, na gestão do país(território/população) de grupos económicos privados, dos parceiros de cooperação.

    O esforço de combate ao paludismo, deve configurar objectivo de todos, com unidade, disciplina e muito trabalho arduo, coordenado e organizado, para vencermos de vez esta epidemia.

    Há que acreditar e trabalhar-mos todos juntos, no sentido de erradicação do paludismo, no seio do país(território/população), pois que também contribui para que o índice da pobreza seja positivo, bem como, no índice da qualidade da saúde e educação da nossa população seja negativo.

    Penso que é uma boa notícia, um bom recomeço, um bom príncipio, muito há a fazer, mas deve ser responsabilidades de todos os orgãos do país, do Presidente da República, do Primeiro Ministro, dos Ministérios, Presidente e do Governo Regional do Príncipe, dos Partidos Políticos com e sem assento, na assembleia nacional, em suma da sociedade civil no seu todo, para trilhar-mos juntos o caminho do desenvolvimento sustentável, no progresso da nossa terra, que se quer sempre bem.

    Torna-se necessário uma visão ampla e ao mesmo tempo permenorizada, da realidade do paludismo, no todo pais(território/população), através da monitórização/acompanhamento.

    Torna-se necessário, políticas de acompanhamento, como por exemplo a exigência de manter limpo regiões locais(matas, campo fechados serrados “obôs”) eliminação, dos charcos, pantanos, pulverização jamais somente de casas, mas também dos campos dos charcos de água paradas, ou a sua eliminação, obrigação limpeza periodica dos espaços e campos das roças, tendo como consequência a multa pela falta de limpeza, limpezas periodicas das chargetas, criação de canais de escorência de água da chuva, tratamento dos animais domesticos soltos(cabras, porcos, cães,etc…) sensibilização e mobilização, das população, para esta realidade e dever civil, através de orgão de autarquias locais.

    Mas esta tarefa é de todos os cidadãos SãoTomenses.

    Faça-mos por eliminar o paludismo no país(território/população).

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  4. ANCA

    19 de Junho de 2012 at 11:49

    Políticas de combates a Epidemia do paludismo, devem ter como base, boas políticas de ordenamento do território, planos directores municipais, planos de pormenor, torna-se necessário pensar no ordenamento do país(território/população), para o seu desnvolvimento sustentável, bem como o progresso a nível social, cultural, urbano, desportivo, político, economico, financeiro.

    Partiquemos o bem

    Pois o bem

    Fiac-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    Bem Haja

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