Política

Presidente da República convida o sector privado da África do Sul a investir em STP

No discurso proferido no banquete oficial oferecido pelo seu homólogo sul africano Jacob Zuma, o Chefe de Estado são-tomense, convidou os empresários sul africanos a investir nas áreas da agricultura, turismo e na exploração do petróleo em STP.

Após ter descrito  o ambiente de negócios bastante favorável que São Tomé e Príncipe conseguiu criar nos últimos anos, e com o reconhecimento de instituições financeiras internacionais, o Presidente Pinto da Costa, desafiou o sector privado da África do Sul a agir no sentido de explorar oportunidades em São Tomé e Príncipe. «É neste quadro que gostaria de convidar os empresários sul-africanos a olhar para as oportunidades de negócios que São Tomé e Príncipe oferece actualmente, em áreas como a agricultura e pescas, o turismo e o petróleo, entre outras, na certeza de que as portas para o reforço da cooperação económica entre os dois países estão sempre abertas e que serão sempre bem-vindos como têm sido até aqui», declarou o Presidente Manuel Pinto da Cosra no banquete oficial oferecido pelo seu homólogo e amigo Jacob Zuma.

Mandela- Madiba, que está a lutar pela vida, mereceu atenção e votos especiais do Presidente da República e do povo são-tomense. « A este propósito, permitam-me aproveitar este momento para desejar em meu nome pessoal e do povo Santomense votos de um rápido restabelecimento ao Presidente Nelson Mandela cujo decisivo papel nunca é demais sublinhar», frisou Pinto da Costa.

Para perceber melhor o alcance da política externa de São Tomé e Príncipe, no aprofundamento das relações com a África do Sul, o leitor tem acesso na íntegra ao discurso oficial de Pinto da Costa, lido no banquete oficial, olhos nos olhos com o seu homólogo Jacob Zuma.

—— Discurso de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Manuel Pinto da Costa, por ocasião do banquete oficial oferecido em sua honra pelo seu homólogo Sul-Africano

29/08/2013

Permitam-me que comece por agradecer sensibilizado as palavras proferidas por Vossa Excelência, Presidente Zuma, bem como o seu convite para visitar de novo a África do Sul,  convite que quero desde já retribuir na esperança de, meu caro amigo, o poder receber em breve no meu país.

Gostaria também de manifestar o sentido reconhecimento pela forma calorosa, fraterna e amiga com que fui acolhido bem como a delegação que me acompanha e que ultrapassa, em muito, a mera formalidade inerente às normais relações estado a estado.

Esta visita que tenho a honra de efectuar é um sinal claro da sólida e profunda amizade entre dois povos, fundada e forjada, numa história e num passado comum de luta pela liberdade.

Recordo, a esse propósito, a solidariedade e colaboração que sempre existiu entre os movimentos de libertação dos dois países e que levaram São Tomé e Príncipe independente a optar claramente por recusar qualquer tipo de cooperação com o anterior regime Sul-africano.

Não poderia nesta ocasião deixar de  publicamente, em meu nome e do povo Santomense, homenagear a luta histórica do povo Sul Africano contra o Apartheid e o exemplar processo de transição que conduziu a África do Sul a ser nos dias de hoje, uma democracia pluralista, uma economia pujante e emergente e um país cada vez mais importante nas relações internacionais, quer sejam globalmente consideradas, quer a nível do nosso continente.

Volto, por isso, a reafirmar a posição que São Tomé e Príncipe tem defendido no âmbito da sua política externa no sentido de, no quadro de uma necessária reforma da Organização das Nações Unidas que dê resposta aos novos desafios que o mundo apresenta, apoiar a presença da África do Sul no seu conselho de segurança como membro permanente.

Senhor Presidente

Distintos Convidados

A cooperação existente entre dois países Africanos assente em alicerces sólidos de igualdade e fraternidade traduzem a ideia de uma África unida na sua identidade, fiel aos valores que estiveram na génese da luta pela sua libertação e na afirmação permanente e constante, de um espaço geográfico decisivo no futuro deste mundo globalizado.

O grau de excelência das relações actuais entre os dois países, traduzido no memorando de entendimento que assinámos, bem como a identidade de pontos de vista sobre as grandes questões internacionais da actualidade como a crise Síria são exemplos concretos de como se pode, e deve, casar a história com o presente, assim construindo um futuro mutuamente vantajoso para os dois povos e que ultrapassa a mera dimensão das relações bilaterais.

São Tomé e Príncipe é hoje uma democracia consolidada, apesar de jovem, e que tem sabido dar, nos momentos adequados, sinais claros da sua maturidade e do caminho que pretende percorrer no sentido de um maior aprofundamento do estado de direito, assente na afirmação livre da vontade soberana do seu povo e em valores como a liberdade, solidariedade e coesão social.

São Tomé e Príncipe é um país aberto ao exterior, com uma economia de mercado com potencialidades e mais-valias conhecidas para atrair investimento privado estrangeiro num espaço geostratégico de crescente importância como é o Golfo da Guiné.

As melhorias, graduais e seguras, reconhecidas internacionalmente, nomeadamente, e por exemplo, no que respeita ao ambiente de negócios, a par de um forte empenhamento político na criação condições seguras e cada vez mais atractivas para os investidores, constituem um sinal inequívoco de que o investimento privado é hoje em dia um instrumento fundamental na estratégia de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.

É neste quadro que gostaria de convidar os empresários sul-africanos a olhar para as oportunidades de negócios que São Tomé e Príncipe oferece actualmente, em áreas como a agricultura e pescas, o turismo e o petróleo, entre outras, na certeza de que as portas para o reforço da cooperação económica entre os dois países estão sempre abertas e que serão sempre bem-vindos como têm sido até aqui.

Sr. Presidente.

Ilustres convidados

É com enorme regozijo que tenho acompanhado os progressos notáveis que a África do Sul tem registado nos últimos anos.

O aprofundamento da democracia política e social. Os redobrados esforços no combate à pobreza e às desigualdades bem como a sua afirmação na região e no mundo levaram a que a África do Sul se tenha tornado, num poderoso factor de esperança num continente Africano que em pleno século XXI continua a ser palco de variados focos de instabilidade e onde se concentra grande parte da pobreza e da fome no mundo.

O processo de transição exemplar do aphartheid para a democracia e plena reconciliação nacional representam uma da mais belas e significativas páginas na história universal e do continente africano em particular.

A este propósito, permitam-me aproveitar este momento para desejar em meu nome pessoal e do povo Santomense votos de um rápido restabelecimento ao Presidente Nelson Mandela cujo decisivo papel nunca é demais sublinhar.

Estou certo que, neste caminho em que a África do Sul ganhou já o futuro, o reforço da cooperação entre os dois países será um instrumento decisivo para vencer desafios comuns como o combate à pobreza, um grande desígnio nacional que ultrapassa fronteiras e deve ser um factor, cada vez maior, de integração no continente Africano.

Estou firmemente convicto que esta visita oficial constituirá um marco no aprofundamento das relações entre São Tomé e Príncipe e a África do Sul abrindo novas perspectivas na cooperação bilateral que não deixarão de dar os seus frutos.

É com esse sentimento e essa forte convicção que peço a todos que se juntem a mim num brinde à saúde do Presidente Zuma, à prosperidade da África do Sul e à amizade entre os nossos povos.

.

28 Comments

28 Comments

  1. Pen Drive

    30 de Agosto de 2013 at 16:38

    Sinceramente!

  2. Anca

    30 de Agosto de 2013 at 17:50

    Os governantes cujos os espíritos, não defendem o seu solo e o seu idioma, entregam a sua alma ao estrangeiro, antes de ser absorvida por ele, tal e qual, o povo cujo o espírito, não defende o seu solo e o seu idioma nativo, entrega a sua alma ao estrangeiro, antes de ser dominado por ele.

  3. luisó

    30 de Agosto de 2013 at 18:03

    Desculpem-me, mas investir em quê?
    Tenham juízo o povo não tem dinheiro para comprar…

    • terra a mão

      3 de Setembro de 2013 at 7:36

      Com todo respeito que tenho pela opinião alheia,mas permita-me dizer-lhe que é com gentes com espírito e pensamento igual a vc é que tem o pais neste foço.Sera que por causa do dinheiro que o povo não tem é que não se pode incentivar investimento estrangeiro adiando assim o desenvolvimento do pais?Tens que saber que só com investimentos sobre tudo estrangeiro e que podemos relançar a economia, consequentemente desenvolver e dar melhor condições de vida e emprego aos santomense.
      Gostaria de aproveitar para alertar a todos nós (santomenses )que usamos este espaço para opinar,de forma a termos muito cuidado nas opiniões que damos,pois o mundo inteiro tem acesso a este espaço ,e é triste eles verem que próprio nós não gostamos do nosso pais e desmotivamos-los a investirem.Se vc acha que esta bem então não ponha em causa o bom trabalho do Presidente da republica e o governo em prol do desenvolvimento do Pais.Fui,um bem haja a todos os nossos compatriotas que tem espírito patrióticos.

    • luisó

      3 de Setembro de 2013 at 20:47

      Ok, é a sua opinião e eu respeito-a.
      Agora pergunto-lhe o seguinte:
      Se fosse estrangeiro e grande investidor diga-me onde é que ia aplicar o seu dinheiro e em quê em STP?
      Aguardo resposta franca e real.
      Obrigado.

  4. Barão de Água Izé

    30 de Agosto de 2013 at 22:42

    O Presidente Pinto da Costa, daria o choque que a Economia de STP precisa e que iria atrair muitos investidores estrangeiros (e Nacionais), se na África do Sul tivesse afirmado que o nosso país iria privatizar todas as empresas agrícolas, Roças, e outros imóveis rústicos e urbanos, através de concursos públicos internacionais. O Estado latifundiário e proprietário ocioso já demonstrou, através da politica e modelo económico desde a independência, que é o principal causador da pobreza na nossa Terra. Nova politica Económica que dê prioridade ao investimento privado, precisa-se!

  5. nilton carvalho

    31 de Agosto de 2013 at 21:06

    afinal quantos blocos de petroleo ainda restam no pais,se e que resta mais algum.,agora pedir para investir na exploracao de petroleo esta eu nao intend.quantos e que la estao mas o resultado so o deus sabe,cada dia que passa e so dar bandeiras atraz da outra,que vergonha.

  6. graca

    1 de Setembro de 2013 at 16:59

    sigam o exemplo de grande patriotico !
    “Nelson Mandela ….”
    salve a democracia…
    Deixe o pais para nova geracao….
    O destino de S.T.P. esta nas maos dos jovens !…
    A vida de todos santomenses depemde da boa governacao,das pessoas que amam esta patria sem demagogia ,sem sinesmo ,sem odio….
    … se apostarmos nas boas simentes teremos boas plantas por consiguinte bons frutos…

  7. observador

    1 de Setembro de 2013 at 19:59

    Sejamos mais patriotas, esses são os dirigentes que temos no momento e é com eles que devemo-nos contar, por isso acho que merecem todo o nosso apoio, basta de criticar por criticar…..final de conta, que se sentir melhor habilitado para governar o País, que se apresente nas urnas….

    • Pen Drive

      2 de Setembro de 2013 at 8:23

      Infelizmente esses são governtes que temos de momento!O senhor sabe mais do que ninguém que os nossos governentes actuais e todos os outros desde indepedência, não merecem qualquer apoio da nossa parte, por piores razãoes. Sabe ou não sabe?

  8. observador

    1 de Setembro de 2013 at 20:00

    Errata; quem se sentir

  9. 3 Macucu

    2 de Setembro de 2013 at 8:19

    Cuidado com esses tipos de comentarios si o pais està aprecisar de ajuda, é muito normal oPR dislocar para busca de uma soloçao ,mais si os mal intenciondos começam a fazer comentarios de brutos que ,eles ficam a saber que quando o STP estàra bom é bom para todo povo ,deixem de criticar as boas açoes

    • Besta

      2 de Setembro de 2013 at 10:10

      Amigo só agora que sabes, que temos que deixar o Pinto d Costa trabalhar? E os outros ? Este País ñ é vosso ok

  10. 3 Macucu

    2 de Setembro de 2013 at 8:21

    Cuidado com esses tipos de comentarios si o pais està aprecisar de ajuda, é muito normal oPR dislocar para busca de uma soloçao ,mais si os mal intencionados começam a fazer comentarios de brutos que ,eles ficam a saber que quando o STP estàra bom é bom para todo povo ,deixem de criticar as boas açoes

  11. malebobo

    2 de Setembro de 2013 at 9:06

    mesmo senhores, este pr, está mesmo cadu, investir em que área, não especifica

  12. Preguiçoso!

    2 de Setembro de 2013 at 9:10

    ÁFRICA DO SUL quis financiar a construção de um moderno aeroporto em STP na época do partido único, para possibilitar os seus aviões fazerem escala. este projecto foi abortado porque chocavam com os interesses de Angola. o projecto passou a ser feito em Cabo Verde.
    E hoje, meus amigos, a cooperação Angola-Cabo Verde é muito melhor do que Angola-STP. Angola só nos fornece BURROS.
    RSA apenas investirá em STP se o Hellinger der boas informações aos empresários Sul-africanos.

    • Armindo

      2 de Setembro de 2013 at 10:53

      O problema com angola náo é assim. Angola ja deu muito e náo souberam aproveitar. Para além de receberem e náo se vé nada feito, os nossos amigos ainda trazem as suas makas e intrigas desse que disse para os camaradas. Terça vem um come e bebe tudo de graça queima o outro,regressa na quinta, domingo vem outro, vouta a queimar outros tantos. Governo cai em cada dois anos, náo existem interlocutores validos. Os Dossier nunca sáo concluidos. Projectos náo existem em concreto, Todos so querem comer antes a comissáo. Quando pedem querem tudo de uma vez. Ja se perguntaram porque que Angolanos estáo a Comprar tudo pelo mundo incluindo caboverde e em stomé que nos gabamos ser parceiros estratégicos com laçoes de consaguinidade nada fazem!
      Eu pergunto quem é empresario em stome! Qual empresa é viavel em stomé.

    • Pen Drive

      2 de Setembro de 2013 at 11:39

      De facto, o seu artigo dá para reflectir! E porque não tirar ilações! Olha que em Cabo Verde não se fala publicamente de paises estratégicos! Inteligência!!!

  13. madalena

    2 de Setembro de 2013 at 10:32

    Recuperar o tempo perdido. Aguas passadas não movem o moinho.
    vamos la ver!!!
    Antes tarde do que nunca

  14. António Silva

    2 de Setembro de 2013 at 13:48

    O convite pode ser feito, no entanto há 38 anos que os dirigentes deste país andam a fazer convites aos empresários para investirem no nosso país.
    Antes de o fazerem deveriam pensar também, ou primeiramente, em arrumar a casa. Esta nossa casa parece-me que não está bem. Se não vejamos:
    1-Falta-nos ter um hospital em condições.
    2-Falta-nos resolver o problema da energia
    3-Temos uma rede rodoviária deficiente
    4-Falta-nos acabar com a morosidade das instituições; burocracia pesada; esquemas e mais esquemas e a corrupção reinante neste país.
    5-Falta-nos corrigir o saneamento público. Porque não podemos continuar a ver e ter pessoas a fazerem as suas necessidades como quer e em qualquer lado.
    Existem mais 2 pontos, mas para termos um país minimamente como deve ser, basta atacarem estes problemas e depois convidar.
    Convidamos, convidamos e depois temos estes problemas!? Não basta.
    Temos de arrumar a nossa casa porque ela está muito desarrumada e é difícil captar investidores assim.

  15. Carlos Jorge da Silva

    2 de Setembro de 2013 at 16:27

    Não devemos dar ouvidos aos invejosos talvez do ADI, chocados com a detenção do Patrice nos aeroportos da África do Sul. Doi

  16. Arlindo Pereira

    2 de Setembro de 2013 at 18:40

    Ex.Senhor Presidente,muito bm, deplomacia agressiva para atrair investimento direto estrangeiros.

  17. Manuel

    2 de Setembro de 2013 at 19:28

    Infelizmente nao temos empresarios em STP mas sin negociantes fazendo negociatas, na maioria sao politicos ou melhor braco armado de algum partido.
    os negociantes em STP nao investem, apenas dedicam ao comercio geral que nada contribui para gerar riqueza.
    Os nossos compatriotas tornaram mendigos quando alguem quer investir, querem parcerias sem fazer nada.

    • Armindo

      4 de Setembro de 2013 at 8:48

      Concordo. Ai esta uma das razóes que faz com que os angolanos náo largam.

  18. Eduardo

    2 de Setembro de 2013 at 21:59

    O que tenho a dizer em todo caso todo dirigente nomeado pelo povo tera que defender o seu projecto,o PR foi nomeado pelo povo, temos que deixa-lo fazer o seu trabalho, para bem estar do pais, a democracia exige transparencia sim, temos que criticar com interesse de amelhoramento do nosso pais.(NA QUECE TAN, CUMA KUA SA TELA NON).

  19. Eduardo

    2 de Setembro de 2013 at 22:16

    Pinto da Costa, foi presidente de ontem e é ainda de hoje ele conhece bem esse povo e sabe como fonciona, ele pode muito bem resolver problema que pretende o povo desse arquipelago.

    • Pen Drive

      3 de Setembro de 2013 at 11:12

      O problema!!! Aí é que está. Quem ontem não resolveu o problema não resolve hoje.Isto eu aposto para perder!Lembra-se que ontem, o individuo acumulava poderes presidenciais e governativas, e o povo continuou na miséria, hoje o povo continua na miséria. E mesmo assim contunua a ser aquele que bem conhece o povo! Só mesmo este povo!

  20. ajavidacu Decu

    5 de Setembro de 2013 at 12:09

    só coragem stp

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top