A Praia de Fernão Dias, acolheu hoje cânticos religiosos e orações, que chamam a atenção do país para a necessidade do perdão e amor. A tortura e o assassinato de centenas de são-tomenses em 1953, pelo regime colonial português, despertou a consciência nacional e do mundo para a independência do arquipélago.
Grupos currais das igrejas, católica, e evangélica entoaram cânticos que despertam a consciência humana para o perdão e amor ao próximo. Hinos religiosos que foram sentidos pelas ondas do mar, e espalhados pelo vento, na Praia de Fernão Dias.
Um lugar que em 1953 ficou ensanguentado por causa da ira, do ódio e falta de diálogo do colonizador para com o colonizado.
Um massacre que começou na cidade da Trindade, ceifou centenas de vidas, no tortuoso trabalho forçado nas obras públicas. O grito de desespero dos são-tomenses, sobretudo forros da cidade da Trindade e arredores, ecoou dentro e fora do país, e despoletou a luta política pela independência nacional.
Para o Presidente da República Manuel Pinto da Costa, 3 de Fevereiro de 1953, é um dia que continua a dar lições para o presente. Os desejos dos que tombaram durante o massacre, devem orientar o presente e o futuro do país. «Um São Tomé e Príncipe bom para todos. Um São Tomé e Príncipe, onde exista justiça para todos. Onde cada um respeita as ideias do outro e não se esteja num combate fratricida que só nos divide. Um São Tomé e Príncipe, que dê gosto de viver a toda gente», precisou o Chefe de Estado são-tomense.
Pinto da Costa, prometeu tudo fazer para o nascimento do São Tomé e Príncipe, idealizado pelos mártires de 1953. «E enquanto eu tiver força, agirei sempre no sentido que esse São Tomé e Príncipe, surja apesar de todas as dificuldades», assegurou.
Mas, 61 anos depois os sobreviventes do massacre, continuam a viver o martírio. O país independente que com sangue e suor ajudaram a edificar, só lhes dá uma pensão anual de 600 mil dobras, cerca de 24 euros por ano.
António Soares Tandu, um dos sobreviventes presentes nas celebrações em Fernão Dias, desabafou a sua frustração. «O Estado nos dá por ano 600 mil dobras. Como hoje é dia 3 de Fevereiro amanhã ou depois de amanhã vão nos dar 600 mil dobras. Isso é dinheiro?», interrogou.
Os sobreviventes são todos idosos. Vivem com as mazelas do massacre. Dores nos ossos e tendões, fruto do espancamento durante o trabalho forçado em Fernão Dias e noutras localidades onde decorriam as obras públicas lançadas pelo então governador Carlos Gorgulho.
O Governo de Gabriel Costa, com alguns meses de mandato pela frente, diz que vai melhorar a situação dos sobreviventes. «No ano passado fizemos um gesto e vamos continuar a fazer. A situação económica e financeira internacional tem peso na nossa economia. Está presente no espírito do Governo a melhoria das condições de vida não só dos sobreviventes do massacre como dos combatentes da liberdade da pátria. Temos que passar a prática», frisou o Primeiro-ministro Gabriel Costa.
Nas celebrações do 61º aniversário do massacre as igrejas cristãs que animaram o momento de reflexão e luto, realçaram que só “com Cristo”, São Tomé e Príncipe poderá dignificar os que tombaram, os sobreviventes e os seus descendentes.
Abel Veiga
Leoa Torres
3 de Fevereiro de 2014 at 21:46
Infelizmente as promessas feitas “aos velhos que parteciparam no massacre, e ao povo” deixa mt a desejar. Com Muita pena mas nao vejo Esperanca pr o nosso Sao Tome e Principe
Honório L.
3 de Fevereiro de 2014 at 22:10
Quem vai mudar S.Tomé e Príncipe é o MDFM/PL, o partido da esperança.
Viva Fradique Menezes
Honório
Aldrabão
4 de Fevereiro de 2014 at 10:22
Você deveria ter vergonha na cara. Enganastes o meu primo Portugal, foste julgado e condenado num Tribunal. Arruinaste a Associação dos Amigos do Príncipe em Portugal. Aldrabaste muita gente e segundo dizem fugiste para Inglaterra. Devias ter vergonha em falar do MDFM ou outro partido qualquer. Agora dizem cá no Príncipe que até a tua própria família, filho do senhor Rodrigo tu enganaste. Ele foi teu fiador para comprar casa e não pagas a casa a 2 anos e ele coitado vai ter de responder no tribunal por tua causa. Até a tua própria família estás a aldrabar.
Cá no Príncipe toda a gente já sabe quem tu és. Só podes enganar o MDFM e mas ninguém. Só Fradique de Menezes é que ainda acredita em ti. A tua própria família já te está a abandonar. Cuidado que as tuas portas estão a fechar.
Você Honório Lavres que passa a vida a mentir e dizer que és muito importante. Não és nada. És um aldrabão, mentiroso e ladrão. Eu estou a tua espera cá no Príncipe.
Agora queres aldrabar o MDFM.
clandestino
3 de Fevereiro de 2014 at 22:54
demoliram Memorial desalojaram as pessoas com promessa de um S tome melhor para todos até aqui estamos todos de acordo. mas tudo não passou de blablá. Ou alias promessa é o nosso forte mas também tenho a consciência que dinheiro não é nosso, por isso temos que ter cuidado quando anunciamos aquilo que os outros nos mandam anunciar, para não cairmos em descredito com o nosso povo .
António Menezes
5 de Fevereiro de 2014 at 6:59
O crime compensa. Quem mandou derrubar o memorial em Fernão Dias? Pois hoje virão e falarão que estão a fazer tudo para honrar os santomenses. Sabemos como honram os santomenses, com riquezas de origem duvidosa, assaltam o que é do povo e depois na data de 3 de Fev vêm fazer discursos.
Francamente , os nossos políticos, tenham vergonha na cara…o que estão a passar para a juventude?
Mria Madre Deus
4 de Fevereiro de 2014 at 8:10
Jorge Bom Jesus a falar do gesto, o primeiro Ministro também lembrou o gesto do governo e o Pinto a ver e ouvir.Mas em pergunto que gesto? 50000 dobras por mês a aqueles que lutaram para hoje outros terem casa na Alemanha, dinheiro nos bancos estrangeiros? Uma corja de aldrabons.
Santola01
4 de Fevereiro de 2014 at 12:12
Se hoje aqui estamos a comentar e comemorar com os vencedores p que hoje fossemos uma nação independente, devemos a estes SENHORES que deram as suas vidas, as suas saúdes e tudo que tinham por uma simples razão: acreditavam num STP livre e independente. Senhores governantes não faltem respeito a liberdade conseguida com derramento de muito sangue e perda de muitos filhos da Terra. Dê o que eles têm por direito e porque merecem sff!
Bem haja à todos!
conobia cumé izé
4 de Fevereiro de 2014 at 12:19
É preciso estudar as origens e os sentimentos profundos dos santomenses ! Sérá que Fernão DIAS é um lugar de fazer festas ? Um marco histórico, onde centenas de vidas foram ceifadas,(mortas e torturadas) pelo então, regime Colonial e imperial português, deve ou não ser lugar sagrado? Pode-se então transformar-se o cemitério no dia dos finados num lugar de festas? Francamente, os JUDAS de STP…Fui
vagi ngola
5 de Fevereiro de 2014 at 8:49
É triste quando um povo perde a sua identidade e mata a sua própria historia.Três de Fevereiro, só ficou 1!
marompe
5 de Fevereiro de 2014 at 9:43
gente! a nossa grande mãe, sábia e humilde, que lutou, enfrentou e descansou ” Alda do E.Santo.” num dos seus poemas ela chora pelo sangue derramado no mato, corpos lançado no mar etc, ela clama pela justiça. Sei que mesmo com sua tenra idade ela não deixou de sonhar com uma vida justa e melhor para todos? E eu, você, Nós que desfrutamos desse sangue derramado, o que estamos a fazer para compensar ou valorizar cada gota de sangue de meu avô e avó, do teu e do nosso? Eu, Você, Nós defato não temos valorizado mas sim herdamos dos nossos colonizadores! “ódio, inveja, nariz empinado, mau carácter” Gente, quém somos? defato Alda não conhecia os seus.